domingo, 17 de agosto de 2014

Doingo.

Desperto. Desde as 4:33 da mnhã.
Café, e café e café: de montão, café.
O dia, desperta lentamente,
as horas passam devagar, mas existe
esta máquina do tempo, chamada
internet, que o tempo faz passar, muito
mas muito mais depressa que o normal...
remédios, pílulas nada edificantes, mais café e
pão- pão nosso, pão vosso,
de cada dia, cada manhã.
Despertar, exercitar, despertar, café.
café. e nicotina, se deveras este é
o último final de semana de tal droga, que
assim seja, muita nicotina, no café, combinação
fatal, atração fatal. Uma pena, de fato
que as garrafas agora vazias - e esquecidas
num armário, outrora cheias de Baileys,
tornava este mero café em algo a mais,
bem mais que nicotinoso café, bem mais, deveras.
porém, há tiramina, coisa maldita,
nos licores e afins, nada disso, pra mim,
nada disso, nada de queijo, nada de
bolores de queijo, outrora gorgonzolas
e bries, nada mais. Há que se despertar, tomar
café, fazer coisas, muitas coisa, aguardar a família,
agora inerte, a despertar lentamente
a luz do dia se faz dia, embora
melancólico...nublado.
dublado em protuguês,
para nós, filhos indiretos de tal povo,
além mar, além vida, além economia,
agora mui sofrida,
União fez-se Européia,
agora se desfaz naq manhã,
enquanto penso besteira, penso
maneira, de minhas cordas tocar
sem estes adormecidos vizinhos
incomodar, embora saiba que
o oposto não seria muito verdadeiro,
babacas o são, estão em todas parte4s,
cercando meus domínios, cercando
minha casa. Meus terrenos, não cagos,
preenchidos por todas as partes,
com a casa wue tanto lutamos...tanto amamos
tanto nos fazemos uso de seu silêncio
noturno, que não pretendo eu interromper,
pois eis que é domingo, e domngo és,
tal dia, último dia do final de semana
estendido, anormal, porém muito
por nós, mortais, querido,
agora será banido de nossa agenda
fatal e letal, diária de tal,
maneira que não haveremos mais tal descanso
em nosso futuro...tão cedo.
cedo...deveras cedo, 8 da manhã,
o dia persiste em sua melancólica semi-luz
,um sol há deveras tapado
por tais nuvens, que se fazem céu
nesta lenta, manhã de domingo.
lenta...domingo!
amanhã segunda é,
dia de retorno
ao inferno,
nosso inferno,
onde nos aguarda
a fonte, a mina
do vil metal, que a tudo
rege, neste mundo de preços
e subpreços, de coisas a comprar
e desejar, não há dinheiro que chegue
aos nosso pés, reles mortais
que não nasceram em dourado berço,
mas sim dentro de uma cesta, de vime
ou palha, ou mato, simplesmente mato
a nos cercar, nos rodear,
o destino de nossas vidas.
amanhace. sei que sim. sei que há,
um longo e calorento sol,
por detrás de lentas e abafadas nuvens,
a dominar os céus, nesta lenta
manhã de domingo.
domingo!...
eis que o final se aproxima,
façamos dele bom us
de nossos finais momentos,
despertos e alforriados,
de nossas lides, nossa funções,
na mina da vida, na mina
do tal metal, que a tudo rege,
tudo nos obriga, a minar
e minar, estrair da terra
nosso sustento, sem formas de
aumentos, sem formas de incremento,
temos de minar, de segunda
a sexta, das oito às cinco, minar
extrair, obter, o vil metal,
que a tudo rege, tudo manda,
neste nosso mundo, cheio de
ofertas! compre agora,
arrependa-se depois, por ter
comprado, o que não querias,
com o dinheiro que não tinhas,
e agora terás de minar em dobro,
se quiser pagar, se quiser
caminhar, livre e solto pelo mundo
mundo imundo, cheio de ofertas
cheio de procuras. O que procuras?
Procuro várias coisas, va´rios enchimentos,
para esta tal vida vazia preencher,
não de metal, mas de outra coisa,
não de metal. Faz-se necessária a
obtenção de tal coisa, passa o tempo,
passam as horas, passa o silêncio,
uivado de vento, em minhas vizinhaças,
passa  otempo, tique-taque, pois sim,
passa-se o momento, de exaustão e
confortamento, de aumento,
da felicidade que rege o nosso habitar,
nosso lar, nosso lugar, onde não há ninguém,
não agoram, não a esta hora,
ninguém.
não na rua,
não nos céus,
não há sol,
em nosso céu;
há nuvens, lentas
e pesadas,
privando-nos do sol,
do calor,
do alento,
bem diferente
deste vento
que uiva, e nos traz
ainda mais necessidade
de camadas buscar,
fria é a manhã,
neste domingo em
extinção, lenta e devagar,
que assim seja,
pois eis que meia noite
há de chegar
e nosso domingo
transformar,
em vil segunda,
hora de acordar
mais cedo que o despertar,
deveras despertar,
acordar, por meio
do relógio, do radar
do dia acontecer
antes de deveras
existir, em nossos
olhos, cansados olhos,
o dia começar, e
já terminar, uma vez que
morrer é viver,
e viver, morrer.
em plena segunda,
em plena seman
cheia de
dias úteis
a nos tornar
inúteis
anntes mesmo
de começarmos
a nos sentir,
de fato, vivos,
ainda que mortos,
morrendo,
cada dia seu minuto,
cada hora seu momento,
que pode-se bem
tornar,
o domingo,
dia último
de nossa vidas,
tornar.