quarta-feira, 30 de setembro de 2009

Tempus fugiti.

Tempo. Tempo, temporal. Ele passa, nós passamos, tudo passa, nada fica. E por ora, vamos passando, juntamente, todos juntos, erroneamente de mãos dadas com este sujeito, o Tempo. Não há nada de menos agradável que permanecer junto do Tempo, por muito tempo. Sempre acabamos ficando para trás, enquanto ele segue, sempre seguirá.

E o Tempo faz outras coisas engraçadas à gente, além da cruel ironia do Sarcastisticus Celestius, a quem o tempo não existe - o Tempo nos deixa cada vez com menos tempo, menos amigos, masi rugas, menos funcionalidade...

Mas o Tempo, ele nos traz algumas prendas, ainda que poucas. A madureza. A sabedoria. O saber. O ter. Ter? O quê? Tempo? Sabedoria? Madureza? O que é isto para pequenas pulgas que não passarão de meros milésimos de centésimos de milionésimos de segundos para o Tempo em si, para o mundo, para o universo?

Tempo. Mano velho o caralho. Velho, sim; decerto. Mas amizade com o Tempo não dura muito tempo Ele passa, nós passamos. Mas ele passará, nós ficaremos. Enterrados. Sepultados. Para sempre paralisados. E Ele, Ele continuará passando. Trazendo segundos, horas, momentos, semanas, meses, anos. E ao mesmo tempo que o Tempo traz, ele tira-nos. Tempo. Minutos. Segundos. Momentos. Horas e horas, anos e anos.

Passe, Tempo. Passe, que ninguém conseguirá segurar você. Ninguém conseguirá mudar o que é trazido, o que é tirado. Elas por elas, ele por Ele. Eu ficarei. Eu fico. Você ficará, vocês ficarão, nós ficaremos.

O Tempo, passará.

terça-feira, 29 de setembro de 2009

Horas e horas. A fio.

Ah, que manhã mais estranha. Não sei, não sei explicar por quê. Simplesmente é. Existem dias assim, dias em que você se depara, com você mesmo, sem nem ao menos esperar por isso, e você mesmo começa a se xingar, a se agredir. Por vezes passa do limite. Às vezes não.

Dias assim, não sei bem como agir, não sei bem como pensar. Por vezes me acho coberto de razão e parto para a agressão auto-infligida, mas porém qualquer um com um minímo de não-franguice sabe bem que isto não adianta de quase nada ou mesmo nada, nada.

Vejo outros ao meu redor travando lutas semelhantes, por vezes. Ao menos eu acho que são lutas de igual naipe. Um confronto entre você e você. Acho que acontece com outrem. Acho que já vi. E por vezes tais embates parecem-me ser tão cruéis, tão inglórios quanto os meus próprios. Tão ignóbeis quanto.

Vejo alguns amigos lutanbdo para tentarem ser mais...sérios, aparentemente. Mais quotidianos, mais tributáveis, mais familiares, mais atados a...algo que não consigo entender, não consigo conceber. Para se ser gente é necessário ter posses? Obras? Filhos? Apartamentos? Casas? Algum emprego público? Casar? CASAR?

Eu não sei, nunca soube, e admito que me atormenta também. Me entristece, por vezes. Mas é minbha própria luta, minha própria visão de uma realidade que só existe para mim, ao que parece. Eu já quis, às vezes ainda quero, tentar ser tudo isso. Quotidiano. Tributável. Casado. Com filhos. Com casa, posses, carros, dinheiro no banco.

O que fiz de mim não é nada disso. Me perturba, mas ao mesmo tempo a perturbação em si não é decorrente de não ser nada disso. É de ser-me, aparentemente, imposto por outrem, que eu tenha que assim o ser também. Que minha vida tenha que ser pasteurizada. Morta, natimorta. Casar. Ter filhos. Ter grilhões. Ter grilhões, ter os pés atado a alguma sorte de bloco de cimento. Para que a vida me arraste para o fundo deste lago que é ela própria. É muito importante isto. Aparentemente.

E que deus, algum deus nos abençoe e nos proteja. Por Mitra.

segunda-feira, 28 de setembro de 2009

Aqui Jazz.

Ah, mais uma segunda feira. Só de saber, hoje pela manhã, que haverão ainda este ano duas segundas feiras que serão dias úteis - a saber, serão feriados(dia útil pra mim é fim de semana e feriado) - eu já fiquei mais animado. Feriados serão sempre dias sagrados, finais de semana com três dias é algo realmente sacro. Em minha opinião agnóstica, isto é.

Pois. neste final de semana teve o evento internacional de Jazz em BH, o I Love Jazz, que contou com três tardes/noites de shows com bandas do gênero. Eu não sou muito fã de Jazz, confesso. Lembro-me mesmo da ojeriza que tomei por este gênero na época em que estava fazendo aulas de guitarra, e sendo o bom roqueiro de garagem que sou, fiz muita resistência, batia de frente toda hora com meu professor, que era amante deste gênero e ficava tentando me empurrar exercícios voltados para o aprendizado de Jazz. Não, não e não. Eu quero é rock porra! E por aí ia, noites afora.

Mas como eu mesmo descobri, alguns tipos de música - MÚ-SI-CA, eu digo, verdadeira música, e não fanques(o fanque carioca, que nunca, jamais será algo como um Funk de James Brow), sertanejos, forrós, axés e quejandos, estas coisas hediondas que jamais serão música prorpiamente dita. Não a meus ouvidos ao menos - alguns tipos de música são mais apreciavéis quando se tem contato com o espetáculo, com a produção ao vivo da música em si.

Só compareci ao festival por uma noite, devido à minha idade pessicólogica avançada e certas teimosias inerentes aos velhos de 32 anos, mas mesmo assim fiquei embasbacado com as performances ali testemunhadas. A banda que encerrou a noite de sábado foi um dos espetáculos mais prazeirosos que já assisti ao vivo. E, curioso, eu escutei aquelas músicas completamente retrôs, algumas datando mesmo dos anos 30, 40, 50 do século passado, e fiquei sinceramente irradiado por uma energia estranha. Me deu vontade de dançar. Ahahahahaha, isto é incrível, eu diria. Algo que me faz ter vontade de dançar, eu, este robô da dança, é realmente incrível.

Mas sinceramente, eu fiquei meio que transportado, em especial no encerramento da noite, com uma música que supostamente é épica em se tratando de Jazz - "Sing, sing, sing", de 1936(!) - em que todos os músicos fizeram seu solo. Foi realmente impressionante. E aparentemente, a platéia de Belo Horizonte não deixou a desejar, pois era notável o ar de staisfação dos músicos também, que sempre ainda faziam o bis, agradecidos pelo entusiasmo da galera.

E como disse minha irmão, ver coisas assim me faz lembrar de uma de minhas melhores noites da vida, daquelas que eu sempre me lembrarei com um farto sorriso e sensação de alegria ao contemplar sua remota memória, que foi a última vez em que eu e ela nos apresentamos ao vivo em um showzinho. Foi definitivamente memorável. E me fez sentir-me muito bem, muito vivo.

Quem sabe não existirão outras oportunidades? Eu gostaria muito.

Enfim, tornemos ao mundo real, a esta segunda-feira real e inútil(não é feriado; portanto é um dia inútil. C.Q.D.), e a esta contabilidade de dias drenados pelo capitalismo e pela necessidade de viver com algum dinheiro, vil metal que nos sustenta e que tanto faz falta.

sexta-feira, 25 de setembro de 2009

S.O.S.

-Por Deus! Alguém, alguém me ajude!
-Estou contactando as autoridades competentes. Aguarde um instante.
-Pois sim, eu espero.
(tiruriruriruriruriruri - Música "Pour Elise" no fundo)
-Sim?
-Não. Eu quero, eu necessito de ajuda!
-Ajuda, vou transferir para o setor competente.
(tiruriruriruriruriruri - Música "Pour Elise" no fundo)
-Está?
-O quê? Como assim?
-Ora pois, gajo. Acaso não sabes operar o telefone, pá?
-Não quero falar com Portugal. Me mande de volta para o Brasil!
-Ó raios. Pois sim.
(tiruriruriruriruriruri - Música "Pour Elise" no fundo)
-Setor da ajuda, pois não?
-Estou precisando de ajuda! finalmente saiu o telefone certo.
-Telefone certo? Aguarde, irei transferir.
-Não, não!
(tiruriruriruriruriruri - Música "Pour Elise" no fundo)
-Setor do Telefone certo! Posso lhe ajudar?
-Porra! Eu preciso é de ajuda!!
-Ah, certo. Vou transferir sua ligação.
-Não, NÃO NÃO!!
(tiruriruriruriruriruri - Música "Pour Elise" no fundo)
-Setor da ajuda, posso ajudar.
-Mas que merda de serviço.
-O Setor de reclamações não é aqui, senhor. Eu vou transf...
-NÃO OUSE! Eu preciso é de ajuda.
-Por quê não disse logo? Qual é o caso?
-Não sei.
-Como assim não sabe? Precisa de ajuda e não sabe qual é o caso??
-Como assim VOCÊ não sabe qual é o caso? Que absurdo. Que merda de serviço.
-Você não sabe por que ligou!
-E você não sabe qual é o caso e ainda está fazendo caso!
-Senhor, o senhor é um idiota.
-Você não sabe de nada! Nem ao menos sabe do caso!
-Não sei mesmo!
-Logo, quem é o idiota??
-Sua lógica é falha, senhor.
-Sua lógica é sua mãe, seu idiota.
-O quê? Que coisa mais sem sentido.
-Ah, quem se importa com sentido? O sentido da vida é...
-Agora entendi. Aguarde que irei transferir sua ligaç...
-NÃO! NÃO! 'Pour Elise' não!!!!
(tiruriruriruriruriruri - Música "Pour Elise" no fundo)
(tiruriruriruriruriruri - Música "Pour Elise" no fundo)
(tiruriruriruriruriruri - Música "Pour Elise" no fundo)
-Eu juro que estão me sacaneando nesta.
(tiruriruriruriruriruri - Música "Pour Elise" no fundo)
-Mas que porra!!
-Setor 42, o que posso fazer por você?
-Mas que caralho!
-Obrigado senhor, fico lisonjeado; mas eu sou casado.
-Não, não, não é nada disso.
-Sei. Então, o que posso fazer pelo senhor?
-Não sei quantas vezes irei repetir isto hoje: EU. PRECISO. DE. AJUDA.
-Ah, o setor 15. Irei transf...
-Vá tomar no cu!!!!
-Vá o senhor! Já disse que sou casado!
-Foda-se!
-Não, não dá. Não chega.
-Hein?
-Eu uma vez, tentei me fuder, mas não dá, pois...
-ARGH! Meus ouvidos! Pare com isso!
-Ah, parar com isso. Isto é simples. Basta apertar o STOP.
-Tipo assim?

(aperta o STOP. E a história de repente parou e

quinta-feira, 24 de setembro de 2009

Vidum. Canis familiaris est.

Estaria eu
suspenso por entre notas
supenso pelas cordas
suspenso

Suspendei minhas notas
para além das cordas
para além da conta
para além da vida,
alheia vida
alheia música
alheias notas.

De mim partiram tais notas,
de mim saltaram as cordas
de mim sairam coisas
que nunca haviam sido,
nunca haviam dito,
nunca haveriam de ser

De mim, não
de mim
Saia, saiam
notas e mais notas
linhas e linhas
sons e imagens
de mim.

À manhã soam
as notas
pela manhã afora,
dia adentro,
saiam notas,
saiam linhas
saiam sons
e imagens
sons e imagens
luz e sombra
manhã afora,
mundo adentro.

Noves fora,
noves dentro,
nuvens lá fora
sol aqui dentro

sem contar ao certo,
sem sair de perto
sem saber ao certo,
sem estar lá perto.

Saiam, saiam de mim
notas
linhas
vozes
façam sentido
façam valer
o que não sei
não soube
não sabem
de mim,
de vós
de nós.

Sons, sons ecoam
linhas se cruzam
vozes se falam
dentro
fora
aqui
ali

e
ainda assim
não sempre as ouvem,
não sempre as lêem
não sei se têm
algo além

além da voz,
além das linhas,
além da sombra
da luz
da vida.

Vida, triste vida
vida alegre vida
vida vivida
vida morrida
relida
refeita
desfeita
malfeita
maldita
bendita

De mim saem notas e linhas
de lá saem chumbo e galinhas
frangos a correr
frangos a matar
frangos a viver.

Vivo eu, também
queria eu viver
de minhas notas e linhas
porém as galinhas
parecem não saber
reconhecer
o que é arte
o que é sorte
o que é aquilo
que nem digo o nome.

Vivo, hei de viver
-até morrer
sem saber
fazer
valer
-até morrer
as notas e
linhas
as luzes e
sombras
-até morrer

faço o que faço
não sei por quê
vivo aqui
mas aqui não estou
aqui não estive
aqui nunca estive
não para mim,
não em mim,
não além
do que pareço ser.

sons e linhas
luz e sombra
vida e morte
se confundem
em mim
em minhas linhas
em minhas notas
em este mundo
além de mim
além daqui
além.

quarta-feira, 23 de setembro de 2009

Muderno.

O cara levantou-se, olhou ao redor, e disse, desconsolado, "Acordar por vezes é uma perfeita agressão." Levantou-se penosamente e dirigiu-se para o banheiro, a fim de fazer as devidas abluções matinais. Em seu camiho, tombaram mortas diversas bactérias, alguns vírus e mesmo alguns paramécios, que ali se encontravam devorando um alface.

No banheiro, a cara com que se olhou no espelho não a dele se parecia; quem seria aquele estranho no espelho? Sydney Sheldon? Não sabia, e nunca havia lido; tampouco se importava. A manhã apenas principiava-se e era necessário trabalhar, sem muito pestanejar. Lavou-se, secou-se, higienizou-se e partiu, dali para a cozinha. Havia que cear o pequeno-almoço da manhã que se iniciava, o pequeno-sanduíche de queijo com presunto e abobóras. Um pouco de salada iria bem também. Que tal um pouco de pernil? Leite de iaque? Não, um tanto indigesto. Talvez um pedaço de queijo de cabra. Gelatinas! Sorvete de ovo, de ovo. Coco com castanhas do paraná? Por que não.

Lauto havia sido seu manjar de imaginação, ainda que houvesse muitos grãos de café que ali estivessem a circular pela vazia lata, muito havia o que se fazer. Avante, para o estacionamento de limusines. Não, não se interessaria pelo modelo mais estendido, aquilo lembrava-lhe bem um rabecão, e não era ainda chegada a hora de tais fúnebres execuções. O dia não havia dado em chuvoso, e a previsão da imprevictabilidade anunciava um dia de sol, glorioso sol, para os bem-aventurados dotados de tetos e mais-valia; portanto, a lógica não poderia escusar-lhe de escolher o veículo mais adequado, o mais óbvio, uma verdadeira máquina, possante como uns dez carros emparelhados, dotada de mais cavalos que um haras da mesopotâmia, em seus dias mais ricos de espírito: a Mercedes, esta azul.

Saltou do autocarro praticamente em movimento. Gostava de emoções, de diversões, de fazer suas agruras aventuras, de sua vida um parque de diversões, ainda que o único divertimento de todos ao seu redor era embarafustar-se em vidas alheias, em mundos alheios, em locais alhures, mesmo que dali não saíssem. Através de fios e cabos, conexões e interligações, todas elas se encontravam, sem nem ao menos levantar um dedo além de seus aparatos de imposição perante as máquinas, negras máquinas, algumas ainda ostentando tons de creme, envelhecidos pela época antes da revolução da conectividade.

Ele se refuguiou em sua sala, mas não ligou o aparato negro a ele destinado. Não acionou os controles da máquina de calcular gigante. Não se conectou no mundo. Trancou a porta de sua sala, arrancou o fio do telefone. ALi estava, mas ninguém lhe encontraria, eis que atados às máquinas estavam todos, e às máquinas estavam atreladas o peso do mundo, toda a informação da humanidade.

Menos aquela. Aonde estava o cara, que não havia entrado em nosso mundo, em nossa vida de elétrons, cabos e conexões? Modems, fax-modems, Gooooooooogles e Micro$ofts, nada o encontraria caso ele se recusasse a ali entrar, a ali permanecer, a ali ficar. E ele não entrou. Por todo o dia, não entrou. Não o encontraram. Não conseguiam o encontrar. Todas as buscas eram infrutíferas, não importava se o "feeling lucky" estivesse ligado ou não.

Ninguém o encontrou naquele dia. Nem precisava do telefone ter se desfeito, pois ninguém nem mais sabia o que era comunicação além do VoIP, além do MSN, além do orkut, além do que quer que fosse.

Ali ele não estava. Em um livro, em um livro aerto havia entrado ele assim que ali chegara, e dali não pretendia sair. Ele mesmo não saberia dizer por quê havia tomado tal decisão. Talvez fosse por não pertencer àquele mundo, talvez fosse por não aceitar aquele mundo, talvez fosse por estar farto de estar perto de todos mesmo estando longe.

Não o acharam.

Dali saiu, horas antes do término, antes mesmo que o pregão fechasse as portas, isentas de pessoas, por ali elas não estarem. Em ruas desertas ele circulou, em busca de algo, mas não encontrou pessoas; todas elas, por mais miseráveis que fossem, ali não estavam. Em seus lares, enfrentavam dragões, conversavam sobre a vida alheia de habitantes de Timbuctu, aqueciam seus eróticos motores em representações virtuais de imagens que nunca existiram, de pessoas que nunca foram da maneira que ali estavam representadas. Nada mais importava, nada mais existia. Não de fato. Não ali, nem aqui.

A vida havia se tornado inválida. Havia se tornado incorreta, estranha, triangular, obtusa, pontiaguda. Não haviam mais pessoas, mas sim avatares. Não existiam nomes, mas nicks.

Em um mundo sem ninguém, ele havia se tornado um raro espécime, ao se dirigir para o conteúdo real, não maquiado, não inventado, não fotochoppado do mundo em si. Águas que realmente molhavam, gramas que realmente se moviam com o vento, aquela força invisível que passava pelo seu rosto.

Olhou para trás, mas sem remorso. Não se tornou um pilar de sal nem nada. Não havia mais força que pudesse com ele realizar tal proeza, tal milagre, tal mau-contada verdade.

Não o acharam. Não havia o que se achar. Não havia onde encontrar, uma vez que dali não mais sairiam, não mais tentariam sair.

Não o acharam.

E se procurassem, o que encontrariam?

Ele havia deixado de existir, a partir daquele momento.

terça-feira, 22 de setembro de 2009

Vamos sair? HA!

Eu me pergunto, será que me tornei um ser completamente misantropo ou estou no caminho disso? Será que agorofobia pode ser desenvolvida? Quero dizer, comecei a pensar nisso após a última sexta-feira. Em minha homenagem, alguns amigos me chamaram para "sair para um buteco qualquer", apenas para sentar, tomar umas e conversar.

Eu ainda gosto deste tipo de programa, pelo que pude inferir. Curti bem nossa estada num botequim, a saber, o Dalva, que é denominado "botequim musical", por ter apresentações de pequenas bandas. Na noite em questão rolou até um daqueles quartetos de voz tipicamente norte-americanos dos anos 30, e achei bem legal ouvir "Mr Sandman"(vide De Volta Para o Futuro.) Entretanto, quando a outra banda tocou, um conjunto de chorinho/samba, o volume ficou muito alto e só conseguíamos conversar gritando, coisa que execro neste tipo de programação para uma noite. Odeio ter que ficar gritando com outros; geralmente quando acontece isso, você sai rouco do local onde estava.

Daí me lembrei de outros amigos, que vivem me chamando para sair com eles, e sempre declino do convite quando me lembro destes pequenos detalhes sórdidos da interação social moderna. Eu aprecio bem sair para ficar mais ou menos do jeito que narrei anteriormente: para conversar tranquilo, sem ter de ficar em pé, sem ter que ficar gritando, sem ter que perder a audição num local fechado com música no último volume. Estou ficando velho mesmo, pelo que vejo.

Mas a verdade é que este tipo de programa barulhento nunca, jamais me agradou. Acho que é por isso que me tornei um rádio velho(não pega nada e só chia), por não me sujeitar a comparecer em esquemas como estes inferninhos, em que o importante é NÃO se comunicar verbalmente para se obter o que muitos acham absolutamente normal. Não sendo particularmente membro oficial da Grande Granja(ao menos eu não me considero propriamente um frango como o resto), creio que nunca irei entender ou gostar de tais práticas, por mais que eu leve alguns amigos meus à beira da impaciência comigo ao serem negados infinitamente em seus convites para que me retire de minha toca.

Infelizmente, não ser da Granja tem suas desvantagens, evidentemente. Ser um eterno solitário sem esperança nenhuma em algum milagre não é nada legal. Mas mesmo assim. Eu não consigo muito aceitar o fato de ter que me agredir apenas para tentar interagir com outros frangos. E existe muito pano para manga nessa discussão toda. Por estes dias, vi alguns videos no Youtuba(que graças aos galináceos servis de meu escrotório, aqui é bloqueado), que me puseram novamente a pensar na inútil, ridícula, vexaminosa tarefa de ser homem, de ter que se apresentar, fazer corte, tarefas absolutamente cretinas que levam cidadãos como eu à beira da loucura quando paro para pensar em tais coisas. Postaria aqui os links se pudesse acessar tal site, para exemplificar melhor. O cara em questão, um tal de Daniel Packard, exemplifica bem o que é estar diante desta inglória tarefa. Achei bem válido a maneira como ele exemplificou o problema.

Eu não quero nem pensar muito nisso. O grande problema nisso tudo é que não existe muito balanço, a meu ver: ou você se sujeita a estas terríveis práticas e atividades ou fica como eu - um eterno rancoroso com a vida e com as pessoas. Creio que já cheguei a um patamar mais alto. Eu sinto autêntico pânico por vezes, diante de situações que envolvam multidões. Já saí correndo, como se estivesse sendo caçado, de algumas inocentes reuniões com alguns amigos. Foi algo bem inexplicável: eu apenas senti pânico mortal e algo dentro de mim me impeliu a fugir, de fato fugir do local, sem nem ao menos avisar alguém sobre o que estava acontecendo.

Enfim, foda-se. Não sei bem se estaria perdendo grandes coisas. No final das contas mesmo, "toda criatura deste planeta morre sozinha", e é mais ou menos por aí. Pó ao pó.

Legal mesmo é comprar coisas novas e usar tequinologias avançadas para retalhar a zoociedade da Granja em cretinas ilustrações.

segunda-feira, 21 de setembro de 2009

Dezanove.

Tensionei meu corpo todo, esperando o ataque. Apertei o cano com toda força.

Ela só me "olhava" com aquele ponto de luz na testa e arfava. Mas não agia. Os segundos passavam lentamente, aumentando ainda mais minha tensão, minha antecipação.

E eu não estava com muita paciência. Foda-se.

CLANG!

Vamos pôr um pouco de pimenta neste caldo, um lado de minha cabeça pensou, enquanto o outro lado replicava imediatamente, puta merda, prepare-se para a merda que vai vir.

Foda-se, foda-se. Eu já estou fudido mesmo, disse para as vozes de minha cabeça.

A mulé do demo cambaleou com a porrada nas fuças, deu uns dois passos para trás e ali ficou alguns instantes. Porra. E eu achando que no mínimo iria ter uma reação mais raivosa da dita. Deve ser o elemento surpresa, pensei eu. Ela vai se virar daqui a pouco e...

E nada. Ela ficou ali, rosto virado, ofegante ainda, mas sem nem esboçar nenhuma reação. E os segundos escoavam lentamente, lentamente. Saco.

De repente, o ofegar dela se tornou mais imperceptível a ponto de sumir por completo. Foi aí que notei que além dos sons emitidos por nossas respirações, não havia mais nada. Silêncio absoluto.

Eu continuava tenso, esperando alguma sorte de reação qualquer, segurando meu fôlego. De fato, daria para se escutar o barulho de uma agulha caindo no chão, tal era o silêncio absoluto. Mas...

Um outro som fez-se audível após alguns segundos, entretanto.

Choro?

Aquela...coisa...estava chorando?

Sim, após mais alguns eternos instantes, o som era definitivamente classificável como "choro", pela definição auditiva humana clássica. E agora, até os movimentos convulsivos típicos do ato de chorar eram visíveis naquela coisa.

Confesso que fiquei desarmado por alguns instantes. Por mais que aquilo fosse algo bem distante, fisicamente falando ao menos, do modelo ideal de uma fêmea, longe mesmo de ser humana, ainda assim aquilo me perturbou. Destravei meus braços um pouco para olhar.

Ledo engano. Erro primário.

Houve um flash, um impacto, algo que não pude entender, mas que havia acontecido muito rapidamente. Fiquei confuso por alguns segundos, até sentir a dor. E sentir o melado descendo pelo meu pescoço. Notei também que não conseguia respirar quase nada.

O que havia acontecido é que a coisa havia feito aquele teatrinho para me enganar, e havia conseguido o que queria. Aproveitando-se de meu momentâneo lapso, ela havia me agarrado pelo pescoço com o braço menos podre, e me levantara do chão. Num reflexo natural, mas não menos fatal para mim, eu havia soltado o cano e agarrado com as duas mãos o braço que me suspendia no ar. Que beleza. Havia perdido minha única arma.

Ela havia me agarrado de jeito, entretanto. E com vontade. Eu conseguia sentir as unhas podres daquela criatura cravadas em minha carne....

As coisas iam ficando pretas, literalmente. Já começava a sentir a falta de ar me drenando as forças. Eu olhei com meus bugalhos para a cara dela, no mais profundo desespero que a situação me trazia. Ela estava se divertindo horrores. Senti mais uma dor quase insuportável se irradiando de meu pescoço para todo meu corpo. Algo que nunca havia sentido antes, uma dor sem parâmetros.

Era inútil. Eu havia perdido, eu sabia disso. Mais uma vez, você se ferrou. Nunca aprende mesmo, hein seu imbecil.

Desta vez, não foi minha voz de pensamento, mas outra. Outra voz, completamente e stranha para mim, mas...estranhamente familiar, ao mesmo tempo. Eu esperava que desta vez você não fosse cair no truque do choro. Pelo visto achei seu ponto fraco mesmo. Cretino.

Eu adoro ver como você se contorce. Senti mais uma agonia estranha, sem definição humana, enquanto a criatura dilacerava meus tendões, minha cartilagem da traquéia. Eu não conseguia desligar. Porquê eu não conseguia desligar? Por que eu não desmaiava ou morria de vez?

Mesmo sendo previsível com este seu ponto fraco, você é ainda de meus preferidos. Vamos tentar novamente ver se você aprende algum truque novo? Gostei muito do jeito que você tentou me distrair se valendo de minha vaidade naquela hora dentro do box. Você é promissor.

Minha vista, minha audição, tudo se deformava, tudo perdia o sentido, só havia uma dor icomensurável, algo desumano, de fato. Por entre todo aquele ruído distorcido que havia se tornado minha audição, eu pude ouvir o baque seco de um corpo sem cabeça caindo ao chão. Dor, dor, dor, como eu nunca havia sentido.

Pare com isso, eu já fiz pior com você outras vezes. Desta vez eu peguei até leve demais. Fresco.

Por quê eu não morria?

Você vai durar o quanto eu quiser que você dure. Ela inclinou minha cabeça sem corpo em direção ao chão, e vi, por entre a névoa vermelha de sangue e dor, meu corpo pelado, recoberto de sangue, sem cabeça, e o agora inútil cano tombado ao lado.

Vamos tentar de novo. Vou te mandar para um local mais agradável desta vez. E desta vez, você mesmo irá se torturar. Eu só vou assistir...É uma cabana linda no meio da neve, no meio do Canadá. Mais uma vez você será um escritor fracassado, cuja mulher o abandonou. Gostei muito da maneira que você reagiu a este cenário...

Senti um ventinho passando pela minha inútil cabeça, enquanto ela se preparava para um arremesso. Este seu momento de desespero é sempre maravilhoso, quando resolvo fazer de sua cabeça um ovo. Tenho que me lembrar disto depois...

Ovo? O quê?

Em um instante entendi o que ela quis dizer, quando, por um átimo de segundo, meus olhos enxergaram o papel de parede vermelho do corredor de mil portas se aproximando rapidamente.

O que acontece quando você arremessa um ovo na parede?

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Frio, frio.

Neve por todos os lados.

Ele caminhou até a janela. Evidentemente, não havia muito o que ser visto. Quase não era possível distinguir as formas dos pinheiros que circundavam a casa. A cabine. Frio, muito frio. Esfregou as mãos numa tentativa de restabelecer a circulação sanguínea ali. Por mais que tentasse, não conseguia afastar a dormência das pontas dos dedos. E tal dormência piorava ainda mais seu já abalado ânimo em escrever.

...


sexta-feira, 18 de setembro de 2009

Presentes, presentes!

Curioso. Normalmente datas como a de ontem costumam dar errado, me deixar para baixo, não sei nunca definir por quê. Acho que é realmente aquele lance de você olhar sua vida, fazer o balanço e verificar que existe muitas coisas erradas, ou que precisam mudar, ou que você não se sente bem a respeito, blah blah blah. Coisas de um noiado no sótão mesmo, por assim dizer.

Entretanto, ontem isto não aconteceu. Eu me senti muito bem por todo o dia, comi do bom e do melhor, recebi os devidos cumprimentos, uns reais, outros obrigatórios(leia-se rotina de escrotório), recebi alguns presentinhos e à noite apenas fiz o que queria fazer - brincar com meus próprios presentes. uma política que estou seguindo de uns anos para cá, depois que tornei a ser um ser mais economicamente viável que um jogador profissional do universo paralelo, é a de sempre me presentear quando posso. Ninguém melhor que nós mesmos para saber o que realmente gostamos, o que realmente desejamos. E este ano, mais uma vez, eu acertei na mosca com meus presentes de mim para mim. Estou cada vez mais apaixonado por eles.

Eu não digo isto desmerecendo as pessoas que se lembram destas datas e que algumas vezes nos presenteiam, de forma alguma. Valorizo muito estas pessoas e procuro sempre me lembrar delas também na ocasião de suas datas especiais também. Apenas digo que é por vezes muito difícil agradar, acertando na mosca, por assim dizer, em alguma prenda comemorativa para tais datas. Eu, que sou meio que psicopata em agradar às pessoas que me agradam, sempre procuro tomar nota de pequenas coisinhas mencionadas em casuais conversas, a respeito do que esta ou aquela pessoa gostaria de ganhar, para futura referência. Sou deste jeito, não me perguntem por quê. Sempre tento agradar a todos, e muitas vezes me frustro ao constatar que isto nem sempre(nunca) é possível, em sua forma mais plena. Ainda aprendo a dosar isto, ou mesmo corrigir isto em mim, pois isto realmente é uma empresa falida. Algo sobre gregos e troianos né.

Mas enfim. Eu sempre acho legal presentear, não sei bem por que. E acho mais legal ainda quando acerto e a pessoa realmente gosta da bobaginha por mim ofertada. Eu acertei nos presentes aut-ofertados a mim mesmo para mim mesmo por mim próprio escolhidos, mas isto é fácil né. O interessante é que ontem minha irmã acertou na mosca com seu presente. Eu fiquei namorando a coisa por horas e horas, e hoje mesmo, antes de vir para cá, fiquei admirando o bichinho, que ainda não entendi de forma alguma como foi produzido. Ela ficou imensamente satisfeita de ter acertado, e vejo que a coisa "runs in families".

Enfim, é bom presentear. Eu gosto. É uma das poucas horas que você consegue identificar o lado mais "gente boa" de Buriol, o Marcos. É aquele lado que fica escondido lá nbo fundo, atrás de toda a rabugentice e proclamações constantes de ódio aos frangos que tanto abundam neste planeta, digo Granja. Infelizmente, algo que não aprendi certamente a controlar é a exigência do retorno: se eu te agradei, gostaria que você também me agradasse. Isto é errado. Bastante. É outra coisa que ainda aprendo a deixar para lá em minha vida. E, engraçado, por mais que possa parecer ilógico ou até escroto de minha parte ter esta tal "exigência" em minha configuração padrão, parece mesmo ter alguma diretriz oculta dentro de mim que não permite desligar tal coisa. Vai entender.

Afinal, quem entende algo? Quem consegue sempre se interpretar e se conhecer direito? Como diria Fernando, o Pessoa, "desconhecer-se é uma arte.", ou algo assim. Não me lembro de todas as palavras.

Enfim, prossigamos e curtamos a vida e nossos presentes. E que venha o fim de semana.


quinta-feira, 17 de setembro de 2009

Velharias.

1977. Neste ano, glorioso ano, para alguns aficionados da boa música ao menos, surgia um movimento musical que veio mudar tudo que existia até então. Bem representado por Joey, Johnny, Tommy e Dee Dee Ramone, o punk rock começou a fazer história. Eu, que sou amante de boas músicas, agradeço muito a estes senhores, por ter influenciado positivamente a esfera musical. A música não mais precisava ser necessariamente ultra-complexa para ser boa. Eu, sendo o músico amador de meia tigela que sou, faço valer muito deste recurso quando toco. E sim, música simples pode ser muito, mas muito boa, eu sempre acreditei nisso.

Gosto quando aplicam este conceito, e por muitas vezes tentei aplicá-lo em minha vida, nas coisas que faço, além de tocar sem saber tocar "de verdade". Mas em 1977, mais especificamente dez dias após a data comemorativa da independência de um certo país no qual resido, nasceu um paradoxo muito complexo para ser definido pelo modo simples de vida. Uma pessoa que nunca aceitou direito o mundo e suas imperfeições. Alguém que por tanto chorar recebeu as primeiras porradas da vida cedo. Alguém que procuraria, durante toda sua vida não ser igual, ser diferente, sendo escorraçado pela vida usual e mundana de todos os frangos ao seu redor desde sempre.

Um cara que desde cedo se ateve a detalhes, detalhes, sempre detalhes. Que desde cedo foi diagnosticado com vista curta, precisando de óculos, grossos como lupas, mesmo que agissem em contrário das lupas em si. Um cara que custava a ter amigos, mas estes, quando aprovados por sua rigidíssima seleção, eram tratados como irmãos, são tratados como irmão, ainda que muitas vezes nem todos o merecessem ou mereçam, tal é o tamanho da sordidez humana.

Desde cedo este cara aprendeu a ser desconfiado, a ser defensivo, a tentar ficar na sua, apesar de muitas vezes ser forçado a ter raivas. Quanta raiva! Quanta raiva existe neste cara, até hoje, sem que nem ele mesmo saiba por que motivo, pois eis que a Grande Granja não muda, não mudará.

Desde cedo este cara se inclinou para os papéis, para os lápis, herança esta de um dos lados de mais próximo parentesco, aprendendo que dicotomias existem em quaisquer locais, mesmo em casa. 50% de aprovação e 50% de execração. Aliás, esta dicotomia sempre existiu, sempre existirá na cabeça deste cara: o fato de existirem duas metades altamente antâgonicas convivendo em um espaço tão claustrofóbico como um crânio. As brigas que ali acontecem são como as brigas dos representantes "reais" desta dicotomia: igualmente violentas, igualmente contrárias, fortemente antagônicas.

Desde cedo este cara soube o que queria e determinou-se inflexível diante à vida na obtenção de tal ideal. O de usar tais habilidades que lhe foram ofertadas por um dos lados da família para com elas ganhar a vida. Muito para desprezo do outro lado, evidentemente. Mas não foi este lado que lhe causou mais dissabor: foi a incapacidade de poder fazer tal coisa, chegada a idade de, de fato, a vida ter de ser ganha por recursos próprios. Para isto, as afinidades deste cara pouco serviram, e o fato de ser um perfeito perfeccionista não auxiliou em nada o processo de rejeição. A culpa sempre é dele, não importa o que aconteça, ele é que não teve competência para fazer limonada de seus limões. Por anos e anos assim pensou, embarcando em falidas empresas, na tentativa vã de se obter outros modos de ganhar a vida.

Amargura. O que mais acumulou em sua vida foi amargura, infelizmente. Nunca aceitou sua derrota, nunca aceitou o fato que, sendo humano, é imperfeito e comete tantos erros quanto todos os frangos ao seu redor. Seguiu sozinho por muitos anos, ou quase sozinho, deixando loucos seus poucos amigos, aqueles seres seletos que o toleram e por ele são tolerados. Ano após ano, dia após dia, estava ficando cada vez mais louco. Cada vez mais descrente com as coisas e com a vida, mas que teimava em existir, por algum motivo, por mais covarde que seja, por mais conformista que fosse. Nunca enxergou a saída, se é que ela existisse. E assim foi.

Este cara esteve muitas vezes no mais profundo desespero, mesmo que ninguém entedesse nada, qual o motivo real de tal pânico. Nemn ele mesmo entendeu ao certo, pelo menos assim ele pensou, por anos e anos e anos. Se imergiu em drogas, vomitando-as em seguida; mergulhoe em um mundo irreal, de lá saindo ainda mais misantropo, e desde então ficou cada vez mais à deriva.

Agora, uma coisa que inexplicavelmente lhe pareceu ser realmente verdadeiro em sua vida é que, de alguma obscura forma, algo existia, existiu e existe dentro deste cara que o mantivesse na luta, por mais inglória que fosse. Ele sempre continuou tentando, ruminando, cogitando, trabalhando, para que algo acontecesse. Para que a vida acontecesse. Para que não se tornasse apenas mais um medíocre frango na Grande Granja. Descobriu que os melhores presentes que se ganham na vida são aqueles que você mesmo se dá, aqueles que você mesmo se oferta com o intuito de tentar, de acender o fogo interno, a grande paixão de sua vida. Seu alfa e seu ômega. O princípio e o fim.

Este cara, está fazendo oficialmente sua trigésima segunda volta em torno do Sol, e recentemente redescobriu em si algo que julgava ter assassinado em seus devaneios de ira auto-infligida ou não, causada por si mesmo ou pelo convívio com os outros cacarejantes seres desta Granja. Este cara se deu alguns brinquedos muito válidos neste ano, e ralou muito para obter tais prendas, trabalhando em um local que além de não ter nada a ver com suas infames paixões, é um beco sem saída do ponto de vista profissional.

Este cara, por incrível que pareça, ainda está atrás do que sempre soube que quis, por mais inglória que seja a batalha. Por mais desvalorizado que seja seu ofício. Por mais insensato que possa parecer ainda nutrir esperanças em seu sonho dourado de infância.

Este cara é teimoso. Irá morrer em sua luta. Em seu duro estoicismo.

Este cara, se deu recentemente um aparato altamente muderno para a confecção de imagens digitais, em esta era de tecnologias, e esteve até tarde ontem tentando fazer algo que prestasse para marcar tal data, digna de ser designada o dia inbternacional do teimoso. Do vaso ruim. Este cara, evidentemente não gostou do que ali produziu, mas está tentando mudar, se conceder um pouco de imperfectabilidade. Sabe que, se insistir, poderá fazer eventualmente algo que ali preste. Irá morder seu orgulho inútil e se sujeitar ao ridículo mais vezes.

Este cara se acha ser algo assim, deste jeito.




Este cara presume que daqui a um ano, estará usando melhor tal aparato digital, que ainda nem sabe quanto irá ter que pagar. No momento, o que este cara quer é algo que já foi escrito nesta semana que se passou. Este cara espera, sinceramente, se lembrar ou de fato aprender como diabos se trata um desenho de cabelo!

Por uma vida menos ordinária, aqui deixo eu registrado que a briga irá continuar, mesmo que as pessoas realmente dignas de menção por este que vos escreve, sacudam a cabeça negativamente. Sei que não são todas. Sei que existem aqueles que por mim irão torcer. E muito agradeço. Espero, que, de fato, até o ano que vem, eu esteja já com outra visão de vida. Ou ao menos sabendo usar minha Intuos 4 direito. Ela é tãoooooo legal, acreditem em mim. Ontem eu só parei de tentar fazer este rabisco ficar mais aceitável porque eu tinha que me levantar para vir ter a este emprego aqui.

Quem sabe se alguma coisa legal não acontece até lá. Bem, no mínimo estarei tocando melhor meu baixo(que eu estou amando de paixão) e usando melhor minha Intuos. Parabéns pelo excelente produto, senhores da Wacom internacional.

E tenham todos um bom dia. Inclusive o senhor, Sr. Buriol.

Tão velho quanto o panquerroque e quase tão caduco quanto!

Hey, ho, let's go!

Don't you know about the bird,
Well everybody knows that bird's a word!


quarta-feira, 16 de setembro de 2009

Ad hoc.

Caso eu siga em esta direcção, irei encontrar algumas coisas, não sei bem ao certo o quê. Creio que da última vez que fizeram algo semelhante, foi criado o átomo de hélio, em toda sua nobreza, em sua habilidade de não se combinar com mais nada. Conjuro que isto não seja aquilo, em este momento, tudo que ansiamos é termos com os burros n'água, em este momento o que ansiamos é termos alguma espécie da ânsia, seja lá qual for oobjetivo disto.

Enquanto cogitava tais lucubrações, adentrei-me no exílio daqueles que não existem neste mundo, mas que aqui teimam em residir. e achei ali toda a decência dantes perdida, toda a experiência de uma vida adquirida e adcorada, sendo que esta última designação me foi customizadamamente produzida por alguma circunvolução até então desconhecida nesta massa encefálica, plena de cefaléias e isenta de reformas, ortográficas de cu é rola, por assim dizer. Neologismos são isentos de impostos, mesmo que de renda extra sobrevivam.

Mais adiante, no patíbulo de minhas contradições, encontrei-me com quem não existe e travei uma conversa comigo mesmo, lenta e demoradamente aprendi que não, não existe consenso no interior deste ser, desta pessoa que teima em existir, dia após dia, segundo a segundo se espalhando por essência e em essência por toda uma existência. Procurei me iludir, mas eu mesmo me olhei e me disse, "enganarás a todos; não a mim" e parti em busca do tempo perdido, sendo que este já havia sido encontrado, muitos anos antes, por um francês.

Enquanto dali me deslocava para um rio caudaloso, repleto de torrentes de estranhos locais, estranhas vivências me assolavam a mente já agreste, já desprovida de razão. Estranhos hábitos, estranhos locais, de fato. De menos, estive também a existir dantes de meu tempo: o que ali fiz até então não houve, nem antes nem agora, nem aqui nem ali. Entrementes, me disseram que nada adiantaria, que nada mudaria, enquanto não fossem estigmatizadas certas parametrizações, certos consensos locais, certa errada.

A paz, esta desconhecida, bateu à porta, mas não abri. Estranho e arrenego tais invasões, tais estremecimentos: de resto, estive eu à deriva, em busca do que havia feito, do que eu havia perdido em tentar achar o que não se acha, mas que sempre se sabe. E disse àquele estranho no espelho, 'este não é você, este não sou eu' e fui. Parti, para o outro lado, o outro sentido, a outra existência. Que jamais houve, que jamais esteve. Que nunca aceitou nem se conformou, mesmo sabendo ser natimorto na origem, abortado desde a primeira semana, a primeira mitose.

Caçam em mim o que não sou. Sou o que não fui. Fui o que não me conceberam, o que não estive a imaginar, o que nunca idelizaram em mim, em nim, em fim. E foi. E fui. Sem ser. Sem ir. Sem ser, sem saber.

O que aconteceu é que não aconteceu. O que mudou é que não mudou, o que não gerou, que não se tornou nem ficou, nem se foi. Se assim é, assim será. O fim, ele ali está, ele ali estev, a me olhar, a me considerar, a me enganar em pleno meio, em pleno início.

Sabem de mim o que não sei de mim, e sei de mim o que não foram a eles destinado a saber. Em ser, em estar, em permanecer. Em todas derivações, em todas tangentes, em todas saídas que estavam fechadas, em todas as tentativas idealizadas e inexistentes. Em todo momento, recriam-me em mim o que não existe nem existiu.

Não existe. Ou não.

terça-feira, 15 de setembro de 2009

Por uma vida menos ordinária, parte três.

Evidentemente, saltar de um carro em movimento não foi de meus movimentos mais brilhantes. O meu clã é assim: quando estamos irados, não pensamos direito. Isto significa, ao menos no meu caso, que não penso direito 90% do tempo, mas isto não vem ao caso. Eu só queria que tudo aquilo acabasse. Por mais que eu desejasse trocar de cérebro, eu bem sabia que isto era impossível, e num lampejo de idiotice, havia resolvido acabar com tudo. Eu só me lembro de ter visto o asfalto se aproximando rapidamente, e um impacto seco. Luzes, estranhas luzes. Sons distorcidos. Dor, muita dor...e mais nada.

Por um corredor escuro, eu vi outra luz momentos mais tarde. Uma voz irônica me dizendo, "Eu me divirto demais com você. É o horário nobre da população de Belo Horizonte, ao menos para mim. Você acha que irei perder esta diversão? De jeito nenhum. Pode voltar para o eterno inferno terrestre, assim vos ordeno, assim será." E eu só pensando: "Cacete, nem morrer eu posso."

Acordei num estranho quarto, todo embranquecido de ocasos e abandono. Algo do gênero de um hospital mesmo. Mas...após alguns minutos, minha vista focou mais adequadamente e percebi que não estava em nenhum hospital. Estava sentado numa sala que nunca havia visto antes, com cadeiras forradas de azul. Fiquei alguns minutos tentando entender o que estava acontecendo, quando ouvi um ruído de uma porta se abrindo.

Me voltei em direção ao som e fui surpreendido com algo de fato inesperado. A pessoa que entrava na sala era ninguém menos que o próprio cara que havia eu partido em busca de, no princípio daquele fatídico dia. Fernandus, o Mascarenhas. Trazia nas mãos uma sacola com duas garrafas pet, uma caixa e um pacote, cujos rótulos não consegui ler direito, mas que se provaram ser uma garrafa de Sprite, outra de Guarapan, uma caixa cheia de Mirabel e um pacote gigante de Ruffles.

Ele ria muito. "Cara, quanto você bebeu ontem? Te achei jogado na sarjeta em frente ao prédio." Eu, que não havia bebido nada, muito pelo contrário, só pude ficar atônito. O que diabos havia acontecido, eu não entendia nada. Mas mesmo assim, eu falei e falei, sem nem ao menos respirar direito. Contei todo meu infortúnio, tudo que havia acontecido, a busca por ele e seu conhecimento sobre a pedrinha, minha travessia em direção ao templo da engenharia de trnsformers, ou transformadores, sei lá, et coetera et al. Ele só ria de minha patética história.

"Velho, a tal da pedrinha continua em falta, mas eu tenho uma proposta para você que talvez venha a ajudar a melhorar seu humor, de uma maneira menos idiota que esta merda que vocÊ acabou de me dizer." Eu, que não tinha mais forças para tentar fazer sentido algum em nada que havia acontecido e que estava acontecendo, engoli minha réplica mau-humorada e me pus a escutar.

"Você está dentro do QG do escritório que irá dominar o universo. Ao menos o universo virtual."

E me explicou tudo sobre o WNGB, uma promessa de fato promissora para pessoas como eu - nerds incorrigíveis. Não sei bem como fui parar ali naquele lugar após o meu acidente, mas não poderia ter aparecido em um local mais adequado. Enquanto ele continuava a me explicar as coisas, os outros integrantes foram surgindo. Conheci todos eles e me diverti muito com tudo que foi dito ali.

Agora, omais importante aconteceu, de uma forma que eu até hoje não entendi direito. Me deram um lápis e disseram: "Bem vindo ao time. Pode começar a trabalhar. Desenhe." Eu hesitei inicialmente, mas meu Hitler interno me obrigou a produzir, e consegui desenrolar algo. E as coisas foram acontecendo, as idéias foram surgindo. Meu esquecido personagem principal criou nova vida, novas tiras começaram a pipocar inexplicavelmente em minha cabeça, e as coisas foram acontecendo.

Não resolvi minha vida, ao menos não até o momento, mas consegui algo que sempre almejei desde que me entendo por gente, não-frango - deixei-a menos ordinária, menos mundana, menos da "granja" gigante que é a humanidade e seus frangos. Deles me vinguei, inumeras vezes, em meus rabiscos toscos, porém engraçados. Deles ridicularizei até o limite de meu cérebro. E exemplos não faltaram; bastava dar uma volta na rua para me deparar com inúmeros exemplos a serem ilustrados.

E me senti bem. Me senti fazendo o que deveria sempre ter feito, mas que não havia conseguido fazer por mim mesmo, em meu exílio, meu refúgio da granja terrestre.

Por uma vida menos ordinária, eu zoei a humanidade, causando risadas em seus integrantes que nem ao menos percebiam que eu lhes escorraçava de forma gráfica e divertida.

Por uma vida menos ordinária, descobri meu diferencial, minha vingança, minha crítica ferrenha a todos os frangos que tanto ululam por este planeta.

Por uma vida menos ordinária, liguei o foda-se. E frango de cu é rola. Eu lhes desprezo e consigo matá-los, esfolá-los e com isso me divertir, de quebra acalmando este vulcão de neuras que sempre em mim existiu.

E por enquanto me bastou.

segunda-feira, 14 de setembro de 2009

FEDAPUTAS.

A primeira pergunta, a que não quer calar. Por que existe gente safada nesse mundo? Pobres que sejam, lhes falta oportunidade? Não caio nessa balela. Sei de muito pilantra por aí, muito vagabundo que prefere roubar que trabalhar. Ou que faz da mendigagem seu trabalho.

O primeiro caso é sem comentários. E existe. Não me venham relinchar(como diz o Max) e tentar me convencer que isso não é verdade. Sim, existe. E são todos execravéis. Por mim, esse povo tinha que ir pra cadeia e ser capado na entrada. Sem desculpas, sem anestesia. Essa merda tem que ser eliminada da face da terra, essa raça de filhos da puta. E AMBOS os sexos, pois existem mulheres que também vivem disso. Pra que deixar esse povinho propagar seus gens?? Me acusarão de nazista, me acusarão de desumano e o caralho. Podem relinchar e zurrar à vontade. Não abro mão desta medida. A indústria da miséria existe. Povo dessa laia não deve deixar descendentes.

Explico melhor meu surto. Neste final de semana minha irmã foi assaltada, quando retornava de seu EMPREGO, onde ela estava fazendo hora extra. Aí me chega este vagabundo, este filho duma puta, e a aborda, roubando-lhe o celular, o cartão de ônibus e o seu MP3. Mas o pior, felizmente não aconteceu. Este sibarita fez mênção que ela era muito bonita, num local cheio de lotes vagos. Para ele arrastar ela para um deles e a violentar, não custava muito. Felizmente não aconteceu. Mesmo assim, ela ficou abalada o suficiente para gerar uma crise nervosa, e com razão. O que estes safados, estes vagabundos nos roubam também é a nossa segurança. Se eu estivesse lá, eu teria socado a cabeça desse fedaputa no meio fio até que o cérebro dele fizesse uma obra de arte, uma intervenção urbana, por assim dizer.

E depois vem uns hipócritas defender este tipo de gente. É porque não foi com eles. Como diria o Sargento Getúlio, "pimento no cu dos outros é refresco". Pois sim. Queria pegar estes retardados e jogar numa cela repleta desta corja, destes salafrários. Queria ver o que iria acontecer, se a opinião deles iria continuar a mesma, se eles fossem "iniciados" nas prefêrencias destres animais. ANIMAIS. Pra mim é bicho. Parem de zurrar. Eu sei que tenho razão.

Eu mesmo repensei algumas coisas, minha segurança também foi abalada. Por que em geral o que acontece é isto. A gente fica todo confiante na vida, na nossa segurança, até que aconteça uma merda destas. A gente tem coisas que supostamente são feitas para nosso lazer e conforto, como os MP3, mas não pode usar fora de casa, pois senão irá vir um destes bichos nos perturbar. Que merda isso, sabe. Por mim todos eles pode m morrer mesmo. Tá faltando rigidez, punição severa mesmo para este povinho, para estes animais. Queria ver se iriam assaltar alguém se essa porra de justiça funcionasse. Como o próprio fedputa disse pra minha irmã, "cadeia não segura ninguém". E o pior, ele está certo.

Os outros vagabundos, em minha opinião são os mendigos profissionais. Aqueles que vivem da mendigagem, têm uma ruma de filhos que pôem no sinal para mendigar também, e ficam nessa pra sempre. Já tive exemplos de gente que recusou a dar esmola prum mendigo profissional, mas ofereceu-lhes trabalho. Evidentemente, o elemento recusou. É muito melhor para ele NÃO trabalhar, claro.

É por isso que NÃO dou esmola. De forma alguma. "Mas a vida é dura, blah blah blah". Já disse! Parem de zurrar! A vida é dura SIM, para TODOS. Não só para eles. Não me venham com este papo. Cara que não quer trabalhar é parasita. Deve ser eliminado.

E estou ficando cada vez mais revoltado escrevendo isto aqui. Chega.

Só volto a afirmar. Esse povo deve ser eliminado.

sexta-feira, 11 de setembro de 2009

Coisas que não entendo, volume I

-Por quê mulheres hoje em dia usam aqueles óculos de sol horrendos que cobrem 80% de suas caras? É alguma tática para esconderem suas feiúras ou é um golpe de algum estilista viado para deixaras mulheres menos atraentes?

-Por quê existem HOMENS que usam semelhantes óculos??

-Por quê as mulheres hoje em dia estão usando aquele treco, como é o nome...blush, creio eu, de maneira cada vez mais exagerada em suas caras?? Parece mesmo que estão com hipotermia, ou bebêdas ou que tomaram altos tapas na cara.

-Por quê a gente tem que envelhecer?

-Por quê 100% dos IDIOTAS que estudam na FUMAC, digo FUMEC, apanham sempre o mesmo busão que eu pego, sendo que existem sempre 34673487673489 outras possibilidades de linhas de ônibus(que passam sempre vazias pelo meu busão absolutamente lotado), inclusive muito mais baratas que o 4103??

-Por quê ônibus são iguais coração de mãe? O espaço físico dentro dessas porras NÃO é infinito.

-Por quê pessoas utilizam suas buzinas no trânsito parado como se fosse algo que fará os carros à sua frente desaparecerem?

-Por quê cachorros latem? E por quê eu não posso atirar granadas de mão neles? Nem precisaria mirar muito para aliviar o problema para a vizinhança.

-Por quê existem pessoas(ou vermes) que te dão facadas nas costas apenas para "fazer o filme" com chefes? Proponho a enunciação de uma lei que permita a seus colegas defenestrar tais criaturas dos prédios, sem ter que necessariamente passar pelos trâmites da "justiça" normal.

-Por quê todo chefe faz economia porca em detrimento a seus funcionários?? Não, eles NÃO irão trabalhar mais satisfeitos desta maneira.

-Por quê pessoas que realmente possuem dinheiro a rodo são os que menos usufruem de seus numerários??

-Por quê alguém tem a cara dura de dizer que fanque("funk" carioca) é música????

-Por quê pessoas escutam músicas sertanejas???

-Por quê pessoas assistem a novelas???

-Por quê pessoas assistem a "reality" shows??? Em especial o Big Bosta Brasil?

-Por quê pessoas que não ganham nem 100 reais por mês vendem até a mãe para possuir um iPhone ou celulares igualmente caros??? Isto REALMENTE é prioridade para vocês????

-Por quê até hoje estes cientistas TRONCHOS não inventaram o tele-transporte?????

-Por quê não é legalizado o tiro ao alvo de telemarketers???

-Por quê mulheres(ou ao menos 90% delas) simplesmente não conseguem se divertir com videogames? NÃO adianta. O playstation sempre tem razão, senhoritas.

-Por quê mulheres acham que a gente possui a faculdade da telepatia? Se vocês dizem que não há nada de errado, a gente acredita e continua a jogar videogame. NÃO iremos adivinhar que vocês estão aborrecidas muito menos entender por quê vocês não podem simplesmente jogar conosco e se divertir também. Vide a dúvida acima.

-Por quê em BH a porra da prefeitura prefere realizar remendos toscos nos passeios e canteiros(realmente porcos!!) ao invés de investir esta grana para solucionar pontos problemáticos do tráfego, feito o cruzamento da Afonso Pena com Contorno e Contorno com Amazonas????

-Por quê existe DETRAN????

-Por quê existe BHTRANStorno???

-Por quê pessoas até hoje se casam e ainda obrigam pobres colegas a ter que comparecer em tais eventos imbecis???? Se quer tentar se integrar a uma instituição falida, tudo bem, mas NÃO me faça ter que ir numa porra dessas, caralho!!!

-Como é bom xingar.

E por hoje chega. Mais dúvidas irão aparecer por aqui no decorrer dos dias. A humanidade é repleta de semelhantes "enigmas".

quinta-feira, 10 de setembro de 2009

Dog day afternoon.

And here I am once again. I'm pratically out of ideas today, due to a rather dog'ish day yesterday, which seemed to be an universal dog day. Everyone I've talked to had had a terrible day yesterday - family issues, crappy job issues, and so on.

It's kind of funny actually, how sometimes it seems that we're all on the same boat together, even being miles apart, personalities apart, etcoetera. Days like those get to reinforce my theory that we're all just playthings for a so-called "superior entity", that has a lot of fun watching us all struggle through our days, our banal battles.

Sometimes I do feel like a plaything, a toy for a god. It seems a bit too calculated, all those banal issues at our hands. Feels like someone is testing our strength, or more likely, just putting us through all these "trials" on purpose, to just have some fun.

And yes - it might be funny as hell to watch one's reaction to all these small issues. Yesterday, after having a rather miserable day here at this dead end job, I was so pissed, that might have been much fun to the Celestic Sarcastic to watch - a real prime time show.

I got to walk through cars and people, and I had all this anger and frustration inside of me. I wished everyone around me just dropped dead, just like that. I had a pretty rough time dodging them all, they've seem to be specially clumsy, just to add a little flavor to the show of the Bitter Hermit in the Attic.

I heard sirens and yelled, "It's a goddamned li! These fuckers have no fucking emergency at all, they're just cutting through traffic!" I got to my bus stop, crowded with FUMEC students, and I've grumbled loud enough for everyone to hear: " I don't know why these so-called students of such a mediocre college are here." I got on the extra-crowded bus, filled with these imbeciles, and grumbled once again, "Why there are so many stupid assholes in this fuckin' world?" and " Fuckin' students of a failed college! Y'all dumb as hell!"

And so on.

I guess it might have been pretty fun to watch a white trash guy like me ranting on about minor things like that. Irrelevant problems become heavy burdens, and it gets right on my frailed nerves. I can only imagine how laughable it was.

Like one of my buddies say, "That is why I DO believe in a god."

And that was just my dog day. I reckon, being a god, being omnipotent, that should give access to prime time shows like mine, all watchable at the same time. It should be a kick to watch us all suffering from such useless ordeals.

It must be nice to be a deity, indeed.

quarta-feira, 9 de setembro de 2009

WNGB.

Neste final de semana, no sábado, fui agraciado com um momento inesperado. Quer dizer, não foi bem o momento em si que foi inesperado, mas a minha maneira de reagir perante o inesperado que foi algo...bem, surpreendente, ao menos para mim mesmo.

Explicando a coisa do começo, um de meus amigos mais recentes de minha vida, de nome Fernando, que me foi apresentado no momento da minha vida em que estava eu imerso em outra vida muito menos real que esta - a saber, os incontáveis dias que fiquei imerso no submundo virtual denominado World of Warcraft - decidiu levar a cabo um antigo projeto que tinha com alguns outros amigos seus e criar um site de miscelâneas divertidas. Já citei o site aqui anteriormente, mas creio que tumbleweed(aqueles matinhos rodantes que aparecem em faroestes) não necessariamente clicam em links, então não sei ao certo se alguém viu alguma coisa.

Enfim, Fernando me apareceu na semana de cão passada e me ofertou um cargo no site, o de desenhista(mais um, na verdade, eis que já existem dois integrantes que desenham) e chargista, a fim de divulgar ao menos o Sr. Bode, personagem meu que ele é fã incondicional, aparentemente. Pois bem, aceitei logo de cara, não apenas por estar ansioso por alguma espécie de mudança em minha vida, mas por estar de fato à deriva na minha situação corrente em relação a este jogo de azar que é a vida.

Ele me disse que a equipe do site, cuja imensa maioria eu nem ainda conhecia, realizava reuniões aos sábados, para produzirem material para o site, falar bobagem, beber Guarapan(sim! eu adoro refrigerante de maçã) e etisséteras. Juntei minhas coisas, deixando de lado meus materiais de desenho em si. Em minha ingenuidade, esperava que a coisa fosse ser apenas isso, uma reunião, blah blah blah, meia hora depois estaria de volta em casa.

Conheci alguns dos integrantes da equipe, o Lipe(que já havia conhecido superficialmente no WoW), o Mateus e o Bruno. Estes últimos eu ainda não conhecia. Fomos para o QG do site, rindo muito no caminho, pois a galera é de fato muito divertida. Paramos no caminho para adquirirmos o "café da manhã dos campeões" - Cheddar McMelts - sempre falando bobagem sobre bobagem.

Lá chegando, nos organizamos brevemente e mostrei meus rabiscos para o povo, já muito apreensivo por estar mostrando meus rabiscos para pessoas que eu não conheço, mas felizmente, a galera achou tudo muito legal. Certo, certo. Então estava tudo resolvido - eu iria ir pra casa e tentar produzir uma tira por semana para o site. Tudo certo.

Nem tanto. Me deram um lápis e disseram somente "pode começar a produzir."

Momentaneamente, meu chão deixou de existir. Uma das situações que mais me travam na vida é isto - desenhar na frente de outras pessoas, sendo que ao menos duas delas também desenhavam. Meu cérebro já começou a entrar em pânico - sim, sou um ansioso deste naipe - mas mesmo assim, a parte racional dele agiu mais rápido e me disse, "Não falhe agora. Pare com isso. Pare!"

Inicialmente, fiquei perdidaço, começando a tentar fazer alguma coisa e não saindo nada, tamanha era minha insegurança. Enquanto isso, a dicotomia cerebral continuava a brigar, e nada saía no papel. Não sei bem como - afinal de contas geralmente ele sempre perde - meu lado racional e mandão, raivoso e agressivo por natureza, tomou o controle: "Chega desta MERDA. Apenas faça o que você sempre fez, seu imbecil!" e eu fui continuando a rabiscar, apesar dos pesares.

De repente, só ouço a galera em massa presente me parabenizando, achando legal e quejandos. E eu fiquei cada vez menos apreensivo.

Pode parecer algo bem risível eu proceder desta forma, mas afirmo que é um de meus piores pesadelos no dia a dia enquanto "desenhista" para mim. Anos atrás, quando resolvi tentar de vez me assumir como desenhista profissional, abandonando este mesmo emprego em que me encontro agora, e entrando para a faculdade de...Argh-artes, eu já havia passado "roias" semelhantes, ao ser forçado por meus compatriotas desenhistas a trabalhar num evento como caricaturista. Foi uma das piores noites de toda minha vida. Não consegui fazer NADA direito, e descobri no meio da coisa que sou um péssimo caricaturista. Creio mesmo não ter "maldade" o suficiente em mim para sacanear a cara das pessoas. Foi terrível. Saí de lá com ainda menos confiança no meu taco, persistindo por anos.

Mas desta vez, não. Não sei bem como meu lado racional mandou em mim, mas eu sei que produzi dois desenhos para o site, dei dicas para o Bruno, que provavelmente irá fazer um vestibular em breve que irá precisar de fazer a malfadada prova de aptidão desenhística, ri a não mais poder e fiquei de boa, com uma boa impressão sobre o futuro ali.

O Sr. Bode estreiou no site por estes dias, e presumo que outras tiras e desenhos virão.

Enquanto isso, algumas idéias já apareceram para novas tiras, coisa que não acontecia há meses.

Eu, sendo um pessimista nato, sempre recebo boas novas e bons eventos recentes sempre com desconfiança. Mas tenho um pressentimento de esperança ali, algo que igualmente não tinha há anos. Nem que seja para desovar esta necessidade fremene de desenhar que sempre existiu em mim, por mais que meu lado racional tenha sempre tentado matá-la. Acho que finalmente ele resolveu desistir e está tentando empenhar seu racionalismo e sua agressividade para me impelir a ao menos agir quando oportunidades como esta aparecem. Acho que ele entendeu que terá de conceder um espaço para estas atividades acontecerem, ou eu irei morrei...juntamente com ele, por fazer parte de minha cabeça cheia de merda.

Difícil de entender? Aparentemente não sou o único que passa ou passou por estes "apertos". Em minhas incursões internetais em busca de tirinhas decentes online, me deparei com esta obra prima de um cartunista que descobri recentemente na net, e sua tira Sheldon.

Exagerado? Aparentemente, não sou o único que pensa assim, por mais que meu lado racional sempre me xingue de "viadinho" quando estas coisas acontecem.

Recomendo a leitura da tira citada desde o ínicio. Este cara, David Kellet, é um exemplo de cartunista da web - sólido desenho, excelente humor e produtividade impressionante. Um dia destes, irei falar sobre este maravilhoso universo que são as tirinhas e graphic novels online.

Agora, entretanto, os contabilistas me olham torto por estar escrevendo tanto e não trabalhando nada. Pudera. Não há nada prar mim fazer, não caço problemas a mais numa empresa em que a chance de crescer é aparentemente negativa, e onde a prática desenhística é terminantemente proibida - a não ser que você queira que uma "traíra" qualquer vá ao diretor e fale que ao invés de trabalhar eu fico aqui rabiscando. Aprendi BEM minha lição neste antro.

Mesmo assim, eu leio um bilhão de tirinhas online enquanto aguardo o lento escoar das dez horas que sou obrigado a passar aqui diariamente. É proibido desenhar, certo. Ninguém me falou nada sobre ler tirinhas, então...FODAM-SE.

Enfim, já estou reclamando da vida. Cale-se, viadinho.

Até a vista então, caros e mudos tumbleweeds meus, preferidos o são.

terça-feira, 8 de setembro de 2009

Sessão Cineplex de Cinema Em Casa, # 2.


Ah, o feriado esteve bom, muito bom. Aconteceram diversas coisas legais no final de semana, mesmo coisas inusitadas, que realmente eu não esperava que fosse me acontecer nem que eu fosse capaz de desenrolar. Mas isto são outros assuntos, eis que na coluna d'hoje iremos abordar mais uma ilustre reunião que acontece de tempos em tempos em meu meio de amigos. Tratando-se, evidentemente, de mais uma sessão Cineplex, onde reunimo-nos para sabaorearmos maravilhas do cinema obscuro, filmes conhecidos no mundo inteiro, segundo as críticas escritas na parte posterior das embalagens dos Dêividis alugados na Locadora Popular e/ou nos filmes baixados nas internétis mundo afora.

De fato. Desta vez, assistimos as seguintes pérolas em DVD:

-Rotweiller
-A Caverna Maldita
-Pânico na Floresta
-Bem Vindo à Selva

E mais dois títulos em AVI, diretamente na tela dos computadores da Equipe Tróia:

-Machine Girl
-The Toxic Avenger II

Infelizmente, desta vez, o conteúdo dos filmes não me agradou tanto assim, pois assistimos a filmes que são de fato trash, mas alguns deles beiravam o chato ou até conseguiam ser de fato chatos, como Bem Vindo à Selva, filme estrelado pela Pedra dos Herculóides(The Rock), e quase tão atuante como um objeto inanimado, de fato. É tão ruim e tão chato que nem chegamos mesmo a terminar de ver o filme, completamente desprovido dos momentos por nós tanto ansiados(cenas rídicula com sangue de groselha jorrando e quejandos).

Desta vez, propus à diretoria instituirmos um trófeu para escolhermos os vencedores e perdedores do evento. Não chegamos propriamente a um consenso, mas pretendo pôr a coisa em prática nos próximos eventos eventuais.

O grande vencedor desta vez, foi unanimante "Machine Girl", um filme japonês absolutamente bizarro e muito engraçado: uma colegial que tem seu irmão "molestado"(bullied) por integrantes dum clã da Yakuza, ou uma divisão Hanzo Hattori(sim, o plágio de Kill Bill não passou despercebido) da coisa. Os "buliies" são tão extremistas e sádicos que matam este cara, impelindo sua irmã colegial de sainha(fetiche nacional do japão e de leitores de mangá, ao que parece) a partir em busca de vingança, se deparando com pais psicopatas que incitam seus filhos a procederem correctamente, fritando a mão desta mocinha em óleo fervente, torturando-a com instrumentos cortandes diversos até que ela perca a mão, apenas para depois ser ajudada pela irmã de um dos amigos de seu falecido irmão, igualmente massacrado pela gangue fatal.

Evidentemente, tal mulher constrói um braço mecânico para esta amputada, que é apenas uma metralhadora de seis canos que não giram. Arma extremamente eficaz, a ponto de "descascar" seus oponentes, os ninjas da Adidas, com seus abrigos vermelhos. Outros fatores engraçados incluem um braço sobressalente de moto-serra, o sutiã triturador de peitos alheios, e uma "guilhotina" na corrente, que arranca qualquer cabeça, braço, etc, que esteja em seu caminho. Outros deltalhes incluem a colônia de corais que se forma no braço da mocinha quando fritam o braço dela, os sprays de sangue de groselha dignos de uma cópia de Kill Bill(20000+ litros de sangue por pessoa), estrelas ninja cortantes que picotam um dos mocinhos do filme, entre outros. São tantos detalhes legais dignos de mênção mas não me lembro de tudo. Este sim vale muito a pena conferir.

A cena da noite foi do filmezinho bem ruim denominado "Rotweiller", provido de uma das histórias mais sem pé nem cabeça que já vi, beirando mesmo à chatice tenttando fazer pose de filme sério. Mas a cena da galinha é impagável. A cena da galinha salva o filme todo, por mais curta que seja.

Toxic Avenger II decepcionou também ao ter se tornado em uma continuação de um filme extremamente divertido em apenas uma comédia pastelão de humor negro. Tipo um Trapalhões do mal. Sim, o filme tem bons momentos, mas nem chega perto de seu original.

"A Caverna Maldita" é apenas um daqueles filmes de suspense super prvisível, com tiradas muito óbvias para a solução encontrada pelos integrantes do enredo. Detalhe crucial são os besouros gigantes alvejados por armas laser, com um barulho de disparo digno de um Atari. E as esmerladas que possuem luz própria, apesar de serem apenas um monte de "pedras" de prástico, parecendo mesmo garrafas pet de 2 litros derretidas. Aparentemente, a luz destas esmeraldas devia ser o alimento dos imensos besouros de computação gráfica de ultima geração...para efeitos gerados por um Commodore 64.

"Pânico na Floresta" é uma releuitura de um episódio velho de Arquivo X, com uma família de gente deformada pela endogamia. É um filme bem chatinho também. Acho que a única coisa dele que salva é a presença de duas músicas de Queens of the Stone Age em sua trilha sonora. Fora isto, quase não tem a menor graça.

Apesar da seleção de filmes desta vez não ter sido das minhas preferidas, o evento foi muito bom, como de costume. A companhia de amigos é sempre bem vinda, a comilança foi aprazível, estava tudo muito bom.

Houve um outro acontecimento chave no final de semana, mas pretendo escrever melhor sobre isto amanhã, pois foi algo bem bacana o que aconteceu, muito mesmo. A ver.

sexta-feira, 4 de setembro de 2009

Quando tudo mais falhar...

O besteirol pode salvar vidas.


(Um escritório. Entra o Engravatado #1, trajando um fraque e bermudas cáqui.)

ENGRAVATADO #1
Estive a circular pelo mundo. Eu vos trago água de Barbados.

ENGRAVATADO #2
Quem, porventura é este senhor que tão ridiculamente se traja, dona Emengarda?

DONA EMENGARDA
Meu nome é Ermentrudes, seu babaca.

ENGRAVATADO #1
Faz sentido.

ENGRAVATADO #2
Não, não faz. Pois bem. Quem é o senhor, e o que deseja?

ENGRAVATADO #1
Já disse. Eu vos trago água de Barbados.

DONA EMENGARDA
Você trouxe a água em que fez barba?

ENGRAVATADO #1
Não. água de BARBADOS. É o país mais oriental do Caribe. Mas que povo mais iletrado.

DONA EMENGARDA
Vá se catar. Uma gravata nunca fez gênero comigo. E meu nome é Ermentrudes!

(Entra em cena o Cientista)

CIENTISTA
Eu vos trago...

DONA EMENGARDA
Mais um que traz água em que fez a barba? Que porra é essa?

ENGRAVATADO #1
É água de BARBADOS, sua ignorante duma figa.

CIENTISTA
Não, nada disso. Eu vos trago este balão de hélio.

ENGRAVATADO #2
E pra que queremos isto? Hoje está repleto de gente trazendo inúteis coisas para esta repartição.

CIENTISTA
Ora, que desprezo. Eu sou um cientista! Tome!

(FSSSSSSSHHHHH)

ENGRAVATADO #1
Você acertou dona Emengarda em cheio, senhor Cientista.

DONA EMENGARDA
MEU NOME É ERMENTRUDES, CARALHO! Avisem isto para este idiota que está digitando também.

ENGRAVATADO #2
Ahahahahahaha! Ouçam só a voz dela! Ahahahahah! Arggggggghhhhh...

(O Engravatado #2 subitamente tem um derrame cerebral causado pelo hélio inalado e tomba morto ao chão.)

ENGRAVATADO #1
O quê? Quem inalou hélio foi a dona Emeng...

DONA EMENGARDA
MEU NOME É ERMENTRUDES PORRA!

ENGRAVATADO #1
Não, acho que seu nome estaria mais para Eni, não sei bem porque.

CIENTISTA
Curioso. O efeito do hélio já deveria ter passado a esta altura.

ENGRAVATADO #1
Não importa. O que importa é que eu desconfio seriamente que estamos todos sendo vítimas de uma brincadeira de mau gosto dum blogueiro que está sempre de mau humor e que nas horas de caosna vida, apela para o caos escrito.

DONA EMENG-

O MEU NOME É ERMENTRUDES PORRA! Essa merda de hélio não vai passar não?

CIENTISTA
Aqui, aspire isto.

(FSHHHHHH)

DONA EMEN...ERMENTRUDES
Até que enfim esse merda resolveu escrever direito. Céus, o que aconteceu com minha voz? Que porra foi essa que eu inalei?

CIENTISTA

ENGRAVATADO #2
Ahahahah! Sua voz agora parece com a do Pavarotti.

(BLAM! O Engravatado #1 é abatido a tiros por Dona Emeng-)

DONA ERMENTRUDES
Já chega dessa merda! Eu vou encher este retardado de porrada!
(sai correndo enfurecida do recinto)

CIENTISTA
Creio que isto não há de acabar bem. Ah, a humanidade.

(Sai do recinto abanando a cabeça. Enquanto isto, Dona Emeng...o quê? O que fazes aqui? Você não existe! É apenas uma personagem de meu--

TUM! POU! SOC!

Tome isto seu fé-daputa.


--meu fígado! Meu baço! Me ajudem, por f--

RASSSSSGGGG

Meus papéis! Minha vida! Meus escritos! Se você me matar, iremos todos deixar de existir e

FIM.


quinta-feira, 3 de setembro de 2009

Semana do CÃO.

Ontem foi mais um dia da famigerada semana do CÃO, patrocinada por outrem e por mim mesmo, evidentemente.



Ao menos consegui me "expressar artisticamente" sobre isto:




'Nuff said.