sexta-feira, 18 de setembro de 2009

Presentes, presentes!

Curioso. Normalmente datas como a de ontem costumam dar errado, me deixar para baixo, não sei nunca definir por quê. Acho que é realmente aquele lance de você olhar sua vida, fazer o balanço e verificar que existe muitas coisas erradas, ou que precisam mudar, ou que você não se sente bem a respeito, blah blah blah. Coisas de um noiado no sótão mesmo, por assim dizer.

Entretanto, ontem isto não aconteceu. Eu me senti muito bem por todo o dia, comi do bom e do melhor, recebi os devidos cumprimentos, uns reais, outros obrigatórios(leia-se rotina de escrotório), recebi alguns presentinhos e à noite apenas fiz o que queria fazer - brincar com meus próprios presentes. uma política que estou seguindo de uns anos para cá, depois que tornei a ser um ser mais economicamente viável que um jogador profissional do universo paralelo, é a de sempre me presentear quando posso. Ninguém melhor que nós mesmos para saber o que realmente gostamos, o que realmente desejamos. E este ano, mais uma vez, eu acertei na mosca com meus presentes de mim para mim. Estou cada vez mais apaixonado por eles.

Eu não digo isto desmerecendo as pessoas que se lembram destas datas e que algumas vezes nos presenteiam, de forma alguma. Valorizo muito estas pessoas e procuro sempre me lembrar delas também na ocasião de suas datas especiais também. Apenas digo que é por vezes muito difícil agradar, acertando na mosca, por assim dizer, em alguma prenda comemorativa para tais datas. Eu, que sou meio que psicopata em agradar às pessoas que me agradam, sempre procuro tomar nota de pequenas coisinhas mencionadas em casuais conversas, a respeito do que esta ou aquela pessoa gostaria de ganhar, para futura referência. Sou deste jeito, não me perguntem por quê. Sempre tento agradar a todos, e muitas vezes me frustro ao constatar que isto nem sempre(nunca) é possível, em sua forma mais plena. Ainda aprendo a dosar isto, ou mesmo corrigir isto em mim, pois isto realmente é uma empresa falida. Algo sobre gregos e troianos né.

Mas enfim. Eu sempre acho legal presentear, não sei bem por que. E acho mais legal ainda quando acerto e a pessoa realmente gosta da bobaginha por mim ofertada. Eu acertei nos presentes aut-ofertados a mim mesmo para mim mesmo por mim próprio escolhidos, mas isto é fácil né. O interessante é que ontem minha irmã acertou na mosca com seu presente. Eu fiquei namorando a coisa por horas e horas, e hoje mesmo, antes de vir para cá, fiquei admirando o bichinho, que ainda não entendi de forma alguma como foi produzido. Ela ficou imensamente satisfeita de ter acertado, e vejo que a coisa "runs in families".

Enfim, é bom presentear. Eu gosto. É uma das poucas horas que você consegue identificar o lado mais "gente boa" de Buriol, o Marcos. É aquele lado que fica escondido lá nbo fundo, atrás de toda a rabugentice e proclamações constantes de ódio aos frangos que tanto abundam neste planeta, digo Granja. Infelizmente, algo que não aprendi certamente a controlar é a exigência do retorno: se eu te agradei, gostaria que você também me agradasse. Isto é errado. Bastante. É outra coisa que ainda aprendo a deixar para lá em minha vida. E, engraçado, por mais que possa parecer ilógico ou até escroto de minha parte ter esta tal "exigência" em minha configuração padrão, parece mesmo ter alguma diretriz oculta dentro de mim que não permite desligar tal coisa. Vai entender.

Afinal, quem entende algo? Quem consegue sempre se interpretar e se conhecer direito? Como diria Fernando, o Pessoa, "desconhecer-se é uma arte.", ou algo assim. Não me lembro de todas as palavras.

Enfim, prossigamos e curtamos a vida e nossos presentes. E que venha o fim de semana.