sexta-feira, 31 de julho de 2009

Dúvida.

Onde você estava dez anos atrás?

Onde está agora?


É realmente aqui que você esperava estar? Era aqui que você queria chegar?

Perguntas dignas de terem sido tiradas de uma entrevista de emprego ou coisa assim, não? Hoje de manhã após breve conversa com minha mãe, elas foram impelidas a ficarem martelando em minha cabeça. Estas coisas acontecem, creio eu.

Bem, vejamos. Dez anos atrás...1999.

É, de fato. Eu estava no maelström final da biologia...uma época em que eu sabia que as coisas iam de mal a pior ali, e que o curso estaria fadado ao fracasso. Foi no ano seguinte que primeiramente ingressei nesta corporação "familiar" que é meu ganha-pão atual. Fiquei aqui até 2004, quando saí para conquistar o mundo...conquistando um vestibular para belas artes. Que abandonei em 2006, para entrar em um mundo virtual até o final de 2007, onde novamente voltei para esta empresa e onde estou até hoje.

Acho que de fato, não era aqui que queria chegar.

Coisas da vida. Falo de meu exemplo para incitar o pensamento alheio sobre este tema. Não sei se é um tema agradavél, ainda mais para uma sexta feira, mas...de vez em quando eu paro para pensar nestas coisas e fico meio que perplexo diante da vida em si.

Creio que meu caso não é exclusivo. Vi muito isto acontecer na faculdade de biologia...alguns de meus melhores companheiros ali não chegaram sequer a terminar o curso, ao notarem que realmente não era aquilo que queriam. E isto acontece em muitos cursos. Eu vi gente próxima a mim abandonar um curso na metade, ficar um ano de hiato tentando fazer vestibular para outra coisa, para no final...fazer um vestibular para o mesmo curso que tinha abandonado e recomeçar de fato, do zero. Outras pessoas desapareceram da biologia sem sequer começar.

É estranho como a vida transforma nossos ideais, nossas expectativas ao longo do tempo. Tudo bem, quando somos crianças, desprovidas da maldade necessária para a vida adulta, tudo parece sonho, e tudo parece que vai dar certo. E nossos "sonhos profissionais" nesta época são bem diferentes do que realmente nos vemos forçados a escolher no derradeiro momento de se entrar para uma faculdade, anos mais tarde.

Eu fiz 3 vestibulares na vida. O primeiro, para medicina, onde tomei um ferro fenomenal. Fiquei pertinho de ser chamado para excedente, com minha colocação de -2500(ou seja, para ser chamado, era necessário apenas encher alguns Boeings de aprovados e excedentes antes de mim e misteriosamente derrubar todos. Nada mais fácil, não?). No ano seguinte, fiz um cursinho extensivo, onde pensei e pensei, e não sei bem porque pensei que biologia pudesse ser mais interessante. E surpresa!, neste ano, eu passei em...quarto lugar na classificação geral da biologia. Dava pra passar em medicina. Ha, ha, ha. Ironias da vida.

Fico imaginando...eu que reclamo tanto da vida, que reclamo tanto de tudo, o que teria acontecisdo se tivesse feito medicina? O que aconteceria se tivesse entrado no curso?

É daquelas famosas perguntas sem resposta, típicas de minha pessoa.

Mas de fato, imagino se eu teria dado certo naquele âmbito da medicina. Doutor Marcos Burian. Ha! Sei lá viu. Um coisa eu tenho certeza...eu teria reclamado e esperneado do mesmo jeito, ou enlouquecido ao ter que lidar com um dos aspectos mais frágeis da vida, que é a vida em si. Eu creio que em 1999 eu estaria já viciado em algum tipo de droga qualquer, de mais fácil acesso para estudantes de medicina, e que em 31 de julho de 2009, o doutor Burian estaria ou morto de overdose de codeína ou um outro opiáceo qualquer.

Mas não adianta supor. Nunca saberei. Talvez eu tivesse dado certo e estivesse hoje com grana, com carro, casa, casado, com filhos...

...e estaria morto do mesmo jeito. Acho que no final das contas quem sempre vence é a morte mesmo. Merda de se ter consciência de ser finito. Merda de se ter que ganhar a vida com afinidades que não servem para nada. Mas foda-se, Buriol. É, tá certo.

No final, o que descobrimos é que a vida não pode ser planejada. Não dá para se adivinhar o que vai acontecer em seguida. E não dá para imaginar de fato o que uma escolha irá representar em nossas vidas. Não sei se estou sozinho em meu solilóquio diário...se este pensamento, estas linhas mal-traçadas irão atingir alguém de forma a gerar resultados positivos. Creio que não, pois pensar parece que causa depressão. Ainda mais se alguém tiver uma tendência a pensar e escrever merda em plena manhã de sexta feirta. Cale-se, maldito! Cale-se, cale-se! Deixa eu ver o futebol, eu ver a novela, eu jogar meu joguinho, beber minha cerveja, ler meu livro, navegar na internet, assistir horas e horas de vídeos estúpidos na internet, e...durar, durar, reproduzir, ranger, mofar...morrer.

Sei lá. Vai mal a coisa aqui dentro da cachola no momento. Alguém tem um pouco de codeína por aí?

Enfim, mal pelas linhas e linhas de nada de bom. É a vida, aminha vida. Minha missão, a de ser o chato da festa, o grande "encontrador de defeitos". É como eu disse ontem, eu daria muito certo num ramo como esse: me mostre qualquer coisa, QUALQUER COISA, e eu apontarei as falhas, os erros, os defeitos. Existe de fato alguma carreira deste naipe? Ha-ha. Qual seria a pegadinha? Fazer alguma faculdade horrenda, feito administração?

Sim, sim. Resigno-me a me calar. Até segunda, crionças. Perdoem este eterno pessimista...

quinta-feira, 30 de julho de 2009

Tempo e comida.

Sono, sono. Às vezes, parece que as manhãs têm todo um peso em especial. E não importa o tanto que você tenha dormido. Todas as manhãs em que saio da cama antes das 7 eu fico catatônico por alguns instantes enquanto tento sair da cama. E bem sei que devo fazê-lo o mais rapidamente possível, pois se voltar a dormir, com certeza acordaria desesperado com uma hora de atraso. E sair correndo pela manhã não é uma boa opção para quem não deseja um dia problemático em excesso.

Creio que o horário de serviço neste país devesse mudar, de fato. Não falo nem das seis horas de jornada de trabalho que estão alardeando em televisões e panfletos jornalísticos por aí, mas sim de um horário menos chato para se acordar. Por que de fato, antes das nove ninguém funciona muito bem. Tá certo, conhecendo a índole tropical deste país, logo logo diriam que as nove é muito cedo, tinha que ser às dez, depois puxariam para onze e por aí vai. Mas de fato, se o horário oficial de serviço comecasse Às nove, creio que aproveitaria melhor minha manhã.

Mas eu digo isto pensando em valores internacionais também, eu que vivo a ler e reler muito material norte-americano na internet, acabo assimilando algumas coisas da culturadeles. E pelo que sei, eles têm jornada de nove às cinco. Bem diferente daqui, mas tembém temos que levar em conta as diferenças culturais neste caso.

Ficamos horrorizados quando discutimos o suntuoso café da manhã deles, mas o esquema lá é bem diferente pelo que vejo. É como se eles invertessem algumas coisas, a começar pelas refeições. Aqui, comemos relativamente pouco pela manhã e nos empaturramos no almoço. Ora, depois de comer uma refeição como um almoço farto, geralmente ficamos com sono, prostrados. Daí é mais conveniente ter um horário de almoço maior para digerirmos melhor. O horário de almoço deles é que consagrou o fast-food per se. Realmente têm de ser rápidos. E creio que comer isopor não dá tanto sono quanto encher a pança de feijoada. Ou, fazendo referência a um fast-food tipicamente brasileiro...se eu encher a pança de pão com linguiça, creio que eu só desejarei dormir e dormir à tarde.

Eu não sei como reagiria a um almoço pela manhã e um lanchinho no almoço. Muita comida de manhã faz-me mal, ainda mais coisas gordurosas. Mas talvez seja mais questão de hábito também, não sei dizer. É difícil supor coisas separadas por questões culturais.

Mas sinceramente, eu preferira ter menos que DUAS inúteis horas de almoço. Eu preferia ter apenas uma, que fosse, e sair daqui uma hora mais cedo. Ou começar uma hora mais tarde com uma hora a menos de almoço. Mas, como somos todos apenas peças de reposição para os senhores donos de nós, os senhores donos de escravos assalariados que somos e que o partido comunista realizará...epa, o que diabos é isso? Cale-se, insone Buriol.

Na verdade, eu queria só cumprir horas, não ter que atender o esquema burocrático de ter que registrar horário, cumprir carga horária sem necessariamente executar serviço por si. Mas creio eu que este tipo de política só acontece em empresas culturamente diferentes por assim dizer. Talvez em outro estado(frase citada por um ilustra anônimo para citar nosso estado e nossa cidade: "só tem ROCEIRO nessa MERDA!"), em outro país, as coisas não funcionem assim.

Mas estes epnsamentosdissolvem-se na teia de nossos afazeres diários, nesta cidade, neste estado, neste país. E não adianta ficarmos na imaginação. Muitas vezes achamos que a tal "vida fora deste país" seja uma maravilha, mas ao chegar nossa vez de realmente vivenciar a coisa, surpreendemo-nos com o quão errados estávamos. E temos saudade da nossa bosta de cidade, naquela merda de estado naquela josta de país.

Não sei. Nunca saí de nossas fronteiras, então só sei o que me contam da vida lá fora. E de fato, o que contam pode ser mentira ou exagero. Eu não sei. Eu até pretendia sair do país em alguma altura da vida, mas ainda estou muito, mas muito longe de realizar tal coisa. Há que ser economicamente mais viável para se ter com estrangeiros, ao que me parece.

E não escrevi nada que presta hoje. Bem vindo à esta manhã de quinta feira. E até amanhã.

quarta-feira, 29 de julho de 2009

Memórias.

Há algumas semanas, quando estava visitando amigos em meu retiro espiritual próximo a BH, mais sabidamente conhecido como Retiro das Pedras, aconteceu-me algo doloroso em minha curta estada ali. Na última noite, estava dirigindo-me paraq minha cama no escuro, quando o detector de móveis em situações de ausência e/ou quase ausência de luz, a saber, a canela da perna, detectou a quina da cama na escuridão. Tendo localizado tal móvel com tal aparato extremamente acurado e sensível, senti uma coisa dentro de mim, um impacto doloroso, uma sensação de extrema angústia que me levou a tombar ao chão, sentindo o custo de se valer de tal aparato para localizar os móveis, muitas vezes não tão móveis assim. Fiquei ali alguns instantes, sem poder nem respirar direito.

Sim. Bater a merda da canela numa cama dói, e muito. E como o impacto foi em uma de minhas pernas devidamente bordada a tintas e agulhas, apressei-me em verificar se tal impacto havia causado algum estrago na obra de arte. Sim, eu havia escoriado a região, mas não houveram danos consideráveis ali além da "ralada" em si. Evidentemente, houve a formação daqueles abscessos tão bunitossss que ocorrem quando metemos o coco ou alguma parte do corpo contra um objeto sólido e insensível, ao contrário de nossos frágeis corpos.

Neste fim de semana passado, estava limpando meu habitar quando novamente usei sem querer o aparato para detectar não uma cama, mas os degraus de uma escada reclinada à parede dali. Quase precisamente em cima da anterior injúria. Desta vez eu escorreguei por entre os degraus, e verifiquei que além de ter atingido a "ralada" anterior, eu havia ralado outras áreas também, com efeito igualmente doloroso.

Estou andando meio que mancando devido à estes pequenos acidentes de percurso, e por mais estranho que possa parecer, tal coisa me fez pensar muito em tempos remotos, tempos passados, tempos infantes, onde chegar em casa sem estar todo ou ao menos um pouco escalavrado era motivo de indagações maternas a respeito de que milagre seria aquele. Sim, tive o privilégio de ter passado os primeiros sete anos de minha vida crescendo em uma cidade pequena, onde sempre corria de cima pra baixo com uma corja de meninos da minha idade, fazendo merda atrás de merda, carinhosamente chamando aquilo de "arte". Fui diagnosticado de ser "artista" desde cedo.

Mas enfim, após tantos e tantos anos, após meu corpo ter se convertido naquela coisa que mulheres chamam de adultos e que nós homens sabemos ser apenas uma versão alongada de nossos corpos de meninos - uma vez que continuamos meninos para toda avida, ao menos por opiniões femininas(OK, muitas vezes, nós mesmos admitimos que nunca amadurecemos) - a ocorrência anual de escoriações na pele diminui consideravelmente uma vez que somos obrigados a não mais fazer exatamente todas as merdas que fazíamos quando moleques. E tal sensação, a sensação de carregar um ferimento, sentir ele formar aquela casca por cima, sentir a pele repuxando em volta(dolorosamente) e etc, me fez tornar a minha memória para os anos da infância em si.

É estranho isto, pois nestas horas vemos como associamos sensações físicas às sensações emotivas e memoriais em si. Na hora que comecei a prestar atenção na ferida e na sua sensação inicialmente dolorida para depois evoluir para aquele cascão extremamente "coçante", eu fui transportado mentalmente para aqueles dias, onde sensações dolorosas como aquela eram como se fossem uma espécie de sinal, marcando que algo havia acontecido, e que se você tinha ralado mas estava andando, tudo estava bem. E a "ralação" era exibida posteriormente como trófeu, marca de que eu havia sim, feito uma merda. Mas tinha sobrevivido! Estava triunbfante em meu elemento, por assim dizer.

Já repararam nisto? Falo disto não apenas de sensações dolorosas em si, mas mesmo um cheiro, uma voz, um som - qualquer coisa que seja - pode te transportar anos e anos para o passado. São verdadeiras máquinas dfo tempo sensoriais. Algumas vezes, quando comemos algo, lembramos de como aquilo era bom quando éramos crianças e passamos alguns saudáveis momentos alforriados de nossa triste existência desprovida da diversão de sermos crianças.

Certo, certo, seu Buriol pessimista, não é bem assim. Eu sei. Falo isso porque querendo ou não, quando éramos crianças era muito mais fácil nos divertirmos a valer com coisas rídiculas. Por exemplo, em um dia chato de chuva, você jogava um lençol por cima do sofá da sala; rearranjando um pouco as almofadas você tinha a sua disposição uma autêntica CAVERNA, cheia de monstros e aventuras. E podia ficar ali a semana inteira se quissesse, ou caso seus pais deixassem ou fossem surdos.

Eheheh, decerto, estamos nostálgicos hoje. Sim, mas um pouco de nostalgia faz-nos bem por vezes. O importante é não viver ali naquele passado remoto, por mais tentador que seja. E adaptar nossa imaginação para fazermos bom uso dela para livrar-nos de momentos chatos de nossa adultice, que por mais que espereneiem, é SIM muito menos divertida que a infância. Ao menos se tratando de diversões que não nos custem o escambo de nosso fruto de nosso trabalho por outras coisas, outros itens que as "lojas de brinquedos para adultos" têm a nos ofertar, tristes crianças eternas.

Ao menos os que se parecem comigo, ou que tiveram uma divertida infância, saberão do que estou falando, ou padecem de péssima memória, ehehehe. Sinal dos tempos, sinal da idade.

terça-feira, 28 de julho de 2009

Incertezas.

Em tempos conturbados, por vezes é-me difícil ter idéias mais amenas para se ter o que escrever. Estamos atravessando uma fase meio estranha; melhor dizendo, eu estou atravessando. Não sei bem quanto à vida de outrem, apenas posso supor coisas. Mas sei que de meu lado as coisas andam meio que...aos tropeços, não sei bem definir. E em tempos assim, algumas pessoas de veias mais esotéricas, de crenças menos terrenas, menos materialistas por assim dizer, diriam que é uma fase de transição, onde decisões devem ser tomadas e rumos modificados.

Não sei de nada. Muitas vezes mesmo, creio que estou mesmo errado 100% do tempo, por mais que esperneie e faça birra. O que tenho por certeza, é muitas vezes contestado e crivado de balas, escorraçado, esquartejado, linchado - pela vida e pelas pessoas, que em muitas vezes, saem de seus próprios caminhos, de suas próprias vidas assim que porventura escutem algo de incorreto ou que soe impróprio aos seus ouvidos e se apressam em vir ter comigo, a fim de derrubar minhas fracas teorias.

Sim, irrita-me isto, assim como me irritam muitas coisas. Sei que não sou uma pessoa fácil de se lidar, tendo sido agraciada com tratos negativos que vêm sido transmitidos atráves das gerações pouco cuidadosas e muito fornicadoras que me precederam. E para pessoas assim, nada pior que verificar esta certeza: de que não existem certezas, propriamente ditas, na vida.

Pelo menos assim me parece hoje. Tem dias que de fato, prostro-me em atitude de desânimo e com trejeitos que beiram o teatral de tão patético. E por mais que digam que é questão de atitude, ou um sinal que algo precisa mudar, sei que no final das contas não é bem assim. Por que me parece mesmo que no final das contas, ninguém está com a razão. Ao menos, não 100% do tempo. É algo inconcebível, inexequível.

E por mais que algumas palavras soem asperamente verdadeiras em meus ouvidos, diante de minha dita razão, analisando-se tais dizeres mais cuidadosamente, verifico contradições em todas e quaisquer verdades absolutas que me dizem. Cito de exemplo recente palavras a mim dirigidas por estes dias, citando amizades...dizer que é preciso mudar de atitude é uma coisa; dizer logo em seguida que abandonastes os companheiros por que eles não estavam sendo sociais o suficiente para atender os anseios particulares, é algo que me soa ofensivo, agravante.

Não estarei certo, como é de praxe, mas assim me parece. Assim me soou, quando escutei, quando li...não sei. Parece relegar as pessoas ditas amigas a meros acessórios. Não me parece ser algo digno, elogiável, apreciável.

Enfim, dizem muitas coisas, dizem muitas merdas. Escrevo muitas coisas, escrevo muitas merdas, por assim dizer. Por vezes, me parece mesmo que o único traço que todos os seres humanos têm em comum é a tendência vil de querer que sua palavra seja lei, que suas ordem sejam expressas, que sua vontade impere sobre os outros. Evidentemente, não podemos exercer tal soberania em todos os âmbitos que desejamos, então escolhemos alguma área em que podemos imperar e demarcamos nossa autoridade, com direito a veementes discussões e demonstrações de agressividade quando somos confrontados.

E todas as vezes que paro para pensar em tais coisas, me bate mais e mais desânimo perante estes fatos da vida. Pois aparentemente são mais que fatos, são quase axiomas, leis imutáveis que deverão ser para todo o sempre seguidas à risca.

Enfim, quem tem razão? Provavelmente ninguém, ainda que nunca, nunca seja provado o tal ponto de vista irrefutável que emana de nossos seres, de nossos egos, de nossas vidinhas.

Quem tem razão? Quem terá razão?

Mais apropriadamente, quem se importa?

segunda-feira, 27 de julho de 2009

Ouroboros.

Cá estamos, menos um finds, mais uma semana. E sendo de praxe como sempre tem sido, hoje seria mais um dia de fazer um retrospecto das atividades do receso semanal que a nós todos é ofertado, dignado por leis e anos e anos de luta entre classes e blah-blah-blah. Pois sim, o fim de semana é de fato uma data muito especial para todos nós que trabalhamos. Afinal, sempre é bom poder ficar em casa, se levantar preguiçosamente quado bem entedermos, quando bem desejarmos. E atender a atividades que não necessariamente podemos fazer em dias normais da semana, com nossas sub-rotinas trabalhistas e, digamos responsáveis.

Pois bem, este fim de semana planejava eu ter com meus compatriotas de banda, fazer algum barulho e ainda comparecer a uma festa de aniversário de um amigo meu, evento este muito famoso devido à presença de caldos típicos destes dias de invernos que só a mãe dele sabe fazer. Em 2006 ou 2007, um destes dois anos, compareci a uma festa de igual teor em suas casa e desde então vinha sempre sonhando com tais caldos. Caldos de feijão e mandioca nesta época sõa extremamente bem-vindos, ainda mais se tratando das iguarias feitas por tal pessoa. E ela faz um caldo de batata, uma coisa que nunca havia experimentado antes, mas que aprovei com louvores. Sim, desde aquele ano remoto eu sonho com a possibilidade de voltar a provar tais coisas, mas não tive muito sucesso em minhas campanhas em prol da volta da festa de aniversário do Felipe, o Tai de Tunddras, regadas a caldos mutiplamente suntuosos.

Entreteanto, neste ano, minhas preces foram atendidas e fui convidado para mais uma festa de tal categoria, com tais comilanças à disposição. Então, estava tudo bem, tudo correndo bem. Teríamos o ensaio de barulhos diversos e posteriormente iríamos deslocar-nos para aquele fim de mundo, a fim de encontrar-mo-nos com nossos compatriotas, degustar de bons caldos e gozar de boa conversa até onde fosse a noite.

Entretanto, sempre afirmei que a vida tem destas coisas, estas surpresas, estes imprevistos que a tanto parece divertir a alguma audiência oculta em nossas vidas. Parece que para efeito tragicômico, estas surpresas têm de acontecer conosco. Não sei bem por quê, mas como já disse anteriormente, desconfio muito. E então, vi-me desprovido de tudo que havia planejado até então. Tive que reformular todos meus planos e deitar por terra tudo que havia planejado até então. E sob amargas circunstâncias, para se dizer bem o mínimo.

Estamos todos sujeitos a tais desventuras, infelizmente, pois nada é muito previsível nesta vida. E devo admitir, que de alguma forma eu esperava o inesperado que me aconteceu na data em questão, muito graças à meu eterno pessimismo. Sim, eu esperava a visita inesperada por ser pessimista. Tipo aquele pensamento casual que temos por vez ou outra: "Só falta essa pessoa por cá aparecer bem neste fim de semana". Nestas horas, parece-me que para reforçar o efeito sitcom celestial da vida, o "comedic timing" resolve aparecer com força. Explico este lance, sendo aquele momento típico de filmes tipo pastelão ou mesmo histórias em quadrinhos: acontece uma merda com os protagonistas, e um deles, tentando bancar o otimista diz casualmente, "Ao menos, o que mais poderia acontecer? Não pode ficar pior."

Sim, pode. Sempre pode.

Cito aqui outra derivadada lei que rege o universo, a saber, a lei de Murphy: "Nada é tão ruim que não possa piorar." Sim, bem verdade. Tenham em mente sempre este preceito.

Enfim, estou soando amargo por ter sido agraciado com algo que a muitos poderia ser enxergado como uma benção. Mas não foi muito o caso, como podem ver. E me espanto muito da forma como a vida anda em ciclos. É muito circular a lógica da vida. Parece que nada muda mesmo, que parece que está tudo indo pra outra direção...mas acabamos sempre voltando ao início, ao princípio, ao começo de tudo.

É como se eu tivesse voltado a 1993. Um ano que ficou marcado em minha vida, positivamente em alguns aspectos...e extremamente, muito, mas mesmo muito, muito, negativo em outros aspectos, estes mais do âmbito pessoal e familiar.

E não quero isto, nunca quis. Mas, como não mandamos em nada quando estamos diante de tais circunstâncias...Aguentemos até onde tivermos forças. E vamos ver no que vai dar.

sexta-feira, 24 de julho de 2009

Em busca de...

Faz tempos que não escrevo nenhum nonsense aqui. Tristes tempos.

(Em uma rua qualquer, o Transeunte encontra o Pedestre.)

-O senhor tem as horas?
-Sim, tenho. São...
-Ah-HA!! Eu sabia! Devolva-me as horas! Agora!
-O quê?
-Cachorro! Finalmente descobri quem me roubou tantas horas!

(Tum! Pou! Soc!)

-Céus, o Adam West deve estar por perto. Mas, como ia dizendo...
-Não vos tirei nada, cidadão! Circulando!
-Não, de forma alguma. Exijo que me devolvam as horas.
-Desta forma, será melhor decidir tal disputa em um duelo.

(CLANG!!!)

-Maldito! Como pôs uma ferradura dentro de sua luva??
-É um truque que aprendi no Vaticano.
-Sim, pois sim! Pistolas ao amanhecer então?
-Não, não. Eu prefiro o banjo.
-Banjo? Eu sou mais uma cítara.
-Então está resolvido. Cítaras à tardinha, bem como a liberdade, ainda que tortinha.
-Já é de tarde. Constam em meu relógio...
-Ah-HA! Eu sabia que você estava com as horas, energúmeno!
-Não, não. Espere. Há uma quermesse bem defronte. Vamos apanhar nossas armas. Isto não é uma forma de cavalheiros resolverem uma disputa.
-Sim, pois sim.

(Um longo minuto depois)

-Cá está minha arma por escolha.
-Isto é um melão, não uma cítara.
-Eu sei.

(SCHGLOP!!) [Onomatopéia de um melão sendo enfiado na cabeça por outrem]

-Escolhi bem minha arma, vejo eu.

(O Transeunte apanha o relógio do Pedestre e sai correndo)

-Agora tenho as horas!! Agora tenho as horas!

(O Pedestre, aturdido, retira o melão da cabeça e parte em seu encalço)

-O tempo a você não pertence, biltre!
-Eu tenho as horas! Eu tenho as horas!
-Volte aqui!

(Entra em cena o Guarda, que olha para aquilo tudo com maus olhos)

-O que está acontecendo aqui?
-Este maldito Transeunte roubou-me o relógio!
-Não, você me roubou primeiro! Tirou-me as horas, privou-me de meu tempo, de meu passar o tempo, passatempo, passa boi, passa boiada. E no rancho fundo...
-Cale-se, Transeunte. Eu sou o Guarda e administrarei isto.
-Você é o Guarda??
-Sim.

(O Transeunte passa a mão na bunda do Guarda e sai correndo, novamente. O Guarda e o Pedestre saem atrás)

-Liberdade é passar a mão na bunda do Guarda! Liberdade! Liberdade!
-Seu pulha, não sem antes me pagar um jantar e um cinema! Nunca antes!
-Meu relógio! Devolva meu relógio!!

(Mais adiante, os três patetas[TM] dão de cara com a Turba de Velhinhas Papa-Hóstia de São Carola[TM], doravante denominado TVPHSC[TM](R))

-Homens! Homens! Meninas, oremos!

(O Transeunte dá meia-volta, horrorizado. O Guarda, o Pedestre e a TVPHSC(TM)(R) vão atrás)

-Eu sou muito jovem para morrer! Acabo de recuperar meu tempo perdido, não é assim que eu quero ir!
-Volte aqui, seu sacripanta! Irei te encerrar em uma suja cela por não saber como cuidar de uma dama, digo Guarda!
-Meu relógio!
-Homens! Homens!

(Mais adiante, a patética procissão encontra com o Papa(R), que tinha ido fazer seu jogging matinal de tardinha)

-O que passar por aqui, irmãos?

(de repente, devido ao excesso de personagens repentino diante de mim, a formatação mudou completamente!!!)

TRANSEUNTE
Céus! O imperador Palpatine! A coisa só piora.

PAPA(R)
Deixe seu ódio tomar conta de você e venha para o lado negro!

GUARDA
É o PAPA(R)! Corram por suas vidas!

(O Guarda faz sua ascensão aos céus, repentinamente. Todos olham para cima, embasbacados)

PEDESTRE
Isto não me traz nenhum conforto. Quero meu relógio de volta!

TRANSEUNTE
Nunca! Sou a reencarnação de Marcel, o Proust, e preciso do tempo para escrever minha obra-prima: Em busca do Tempo Perdido II: o retorno.

PAPA(R)
O futuro a Deus pertence.

(saca seu sabre de luz com luz vermelha)

TVPHSC(TM)(R)
Olha lá irmãs! O Papa(R) é pop!

PAPA(R)
Eu odeio Pedreiros do Taiti.

PEDESTRE
Não é Engenheiros do...

(VSSHSHSHZIOUM!! O Papa(R) degola a cabeça do Pedestre, e sai correndo atrás da massa da TVPHSC(TM)(R).)

PAPA(R)
Venham, Irmãs, e eu vos libertarei!

TVPHSC(TM)(R)
GAAAHHH!! Nós só queríamos homens, não um imperador alienígena!

(Saem eles todos correndo e se esquecem do Transeunte, doravante Marcel Proust II[TM])

MARCEL PROUST II(TM)
Agora sim, posso sair Em Busca do Tempo Perdido.

(Pausa dramática. Súbito esclarecimento mental)

MARCEL PROUST II(TM)
Se bem que eu já o encontrei, eis que está em minhas mãos, aqui mesmo.

(Olha o relógio desconsoladamente)

MARCEL PROUST II(TM)
Agora que recuperei o tempo perdido, que mais me resta fazer? Minha vida perdeu o sentido!

(Marcel Proust II[TM] tira do bolso um revólver e estoura os miolos com estrondo, tombando irremediavelmente morto ao chão. Entra em cena o Sentido)

SENTIDO
Alguém me chamou?

(Fecham-se os panos. Fim.)







quinta-feira, 23 de julho de 2009

Médicos, medicina, medina...e outras "inas".

Perdi a hora disto aqui hoje, novamente por motivos médicos. Novamente, fui ter com estes caras que se vestem de branco e abundam em repartições hospitalares diversas. Sim, o lance do ombro, ainda. Não é preciso ser muito brilhante ou perspicaz para se perceber que um tratamento não deu certo. Fiz as tais das 20 sessões de fisioterapia restantes, somando um total de 35 desde que este pedaço de mim começou a ter voz, e não vi nenhum resultado. A coisa continuava a demonstrar que existia, mas não necessariamente se manifestava em dores...

Na terça feira voltei no médico, que ouviu meu relato de como não havia adiantado nada ficar esticando elásticos super-desenvolvidos e etcoeteras do gênero. Ao que ele me recomendou ir em um outro médico, uma vez que os métodos tradicionais haviam falhado. E mencionou a temida palavra, "cirurgia". Ao que tremi, naturalmente. Cirurgias nunca são agradáveis, ainda mais por sobre a peça de arte que sempre carrego comigo e que mais aprecio em minha galeria. Ao comentar o caso com o Fernando, ele me recomendou ir em um médico que havia tratado o ombro problemático de seu pai e que era bom de serviço. Pois sim, vamos lá.

Hoje fui no tal médico antes de vir para cá. Cumprimentos, perguntas e exames. Puxa daqui, puxa dali, força pra cá, força pra lá. Incomoda? Sente dor? Não? Vejamos a ressônancia magnética. Sem contraste? Sim, vejamos.

Aparentemente, estou livre de fisioterapias, remédios, e...cirurgias.

Não sei bem o que aconteceu comigo no final das contas, mas creio que realmente é um sinal dos tempos. Problema de junta, de fato. Junta tudo e deite fora, ao lixo. Obrigado, senhores lusitanos e amigos engraçadinhos. Pois bem, meu problema aparentemente decorre de uma lesão no "menisco" da articulação entre a clavícula e o ombro...não na articulação do ombro em si. Algo aparentemente normal para quem realiza atividades físicas do tipo das que eu fazia, muito normal em carregadores, estivadores e afins. Como não sou carregador nem estivador, é muito difícil que tal coisa evolua para pior.

Bão, muito bão. Lógico, eu perdi tempo e dinheiro fazendo 35 inúteis sessões de fisioterapia, mas ao menos agora me disseram o que eu queria ouvir: não há perigo de evoluir para pior. Ao menos foi o que me disseram.

Sou acusado, inclusive por mim mesmo, deser um pessimista hediondo. E sou, eu sei que sou. Sempre temo o pior, sempre espero por ele. Sim é ruim e chato, especialmente para as pessoas que comigo convivem. Eu sei do que falo. Quando estou de boa, de bom humor, é de fato muito ruim ter que tolerar uma pessoa de mau humor e pessimista. Irrita. Mas, usando uma lógica mais jocosa porém não de todo irreal, eu diria que ao menos por vezes sou surpreendido com agradáveis surpresas, especialmente quando falho em minhas prófeticas profecias pessimistas. Como se diz, "Otimistas nunca têm surpresas agradáveis."

Creio que esta surpresa, depois do nauseabundo futuro previsto pelo outro médico, foi de fato agradável. E espero que este médico esteja de fato certo. Pois estou ficando doido de inatividade física. Desejo muito tornar a ela. Ao que procederei a partir da semana que vem, pois perdi muito ou toda minha resistência física e de meu pique de obedecer a minha rotina diária destas.

E caso tal médico esteja errado e eu me fôda(fuda? foda? como se conjuga o verbo fuder? Na cama? Ah, ha, ha, ha.), eu irei atrás dele e arrancarei seu braço e encherei ele de porrada com o mesmo. Céus, preciso assistir ao Toxic Avenger e Deadly Prey para ter mais idéias de mortes engraçadas...Espero que esteja errado.

quarta-feira, 22 de julho de 2009

Roque, banda!

Encontro-me à frente deste monitor, deste computador, neste escritório, neste prédio, neste local e...estou meio que dormindo, creio eu. Por mais que algumas vezes mudanças de cenários sejam bem-vindas, por vezes, a gente estranha dormir fora de casa. Talvez seja como meu prórpio anfitrião(Hugo, o ex-doutor) me diz de tempos em tempos, agruras da idade que está vindo, todo dia está vindo. Mas ela que se dane também, quero mais é me divertir enquanto posso.

Pois, ontem saí do trampo mas fui ter com meu amigo em sua casa, onde verifiquei mais uma vez as maravilhas dos jogos eletrônicos modernos em ação. Tudo começou há alguns meses, quando Antônio, o gengiva, resolveu mais uma vez surpreender-nos comprando um Xbox 360. Como todo nerd que se preza, fui conferir de perto o tão afamado console, que já vinha arrancado uma profusão de elogios de Anônio, que dizia ser a melhor invenção de todos os tempos. Não o console em sim, mas outro brinquedinho que ele adquiriu juntamente com o console. Falo do kit completo do jogo Rock Band.

Eu, que já havia ouvido falar do jogo Guitar Hero, não pus muita fé. Sendo um guitarrista amador porém entusiasmado que sou, não via muito sentido em apertar botõezinhos numa guitarra de plástico enquanto um esquema feito Tetris ficava baixando na tela. O que uma outra versão deste jogo traria de diferença?

Quando Antônio me mostrou a coisa ele já deixou claro: a bateria. A bateria seria toda a diferença, o sinônimo de diversão garantida na terra. Eu, que já me aventurei em todas as funções em uma banda de verdade, mesmo a de vocalista(em um ensaio, e não mais que por uns 3 minutos seguidos. Sei que minha voz é um fracasso quando a escuto, eheheh), posso afirmar que os bateristas são seres de outro planeta. Mal tenho coordenação o suficiente em meus dois braços para tocar um instrumento de cordas, é pedir demais para mim tocar um negócio que você precisa coordenar TODAS as extremidades de seu corpo. Some-se a isso bateristas que cantam e apresentarei-lhes um autêntico alienígena.

Mas no caso de um jogo, a coisa muda de figura, pois é uma versão simplificada do instrumento, e devo admitir...os caras por trás deste projeto denominado Rock Band fizeram um senhor jogo divertido. Eu, que sou um péssimo baterista, me diverti bem batendo baquetas naquelas peles eletrônicas, mas ainda assim preferia mais ver os outros jogando do que jogar em si. O Hugo, que apanhou o console emprestado enquanto Antônio se aventura em terras européias, já está viciado no jogo em si. Ontem não me pareceu ser um bom dia para tocar, ao menos para mim, ao menos a bateria em si também.

Mas o grande diferencial da coisa não é somente a presença da bateria no jogo. Hugo me sugeriu pegar a guitarra de plástico e tentar um pouco de baixo. Faria mais sentido para mim, pois o que não entendo na função guitarra em si é como traduzir a melodia da guitarra para meros botõezinhos. E outro detalhe fundamental que só descobri ontem, apesar de toda sua obviedade, é o fato de você de fato ter que "tocar" a guitarra usando as duas mãos em sincronia, bem no esquema de um instrumento real, como se estivesse batendo em uma corda com uma palheta. Achava eu que era só ficar apertando os tais botõezinhos à medida que as "notas" desciam pela tela.

E me diverti, mesmo muito ontem com esta coisinha, ainda mais podendo-se tocar junto com seus companheiros. Imaginei aqui um requiem para aquela josta da humanidade, o malfadado karaokê. Descanse em paz, invenção dos infernos. Esta sim é uma diversão para animar qualquer festa, com muito mais diversão para quem participa e muito menos sofrimento para quem está de fora. Evidentemente, não vi a função de voz em funcionamento ainda, só a bateria e a guitarra. Imagino que um cantor desafinado será sofrimento para qualquer audiência.

Mesmo assim, eu "toquei" e "toquei" até cansar ontem. E sim, faço uma retratação pública perante meu preconceito anterior a este jogo. Com duas pessoas jogando foi extremamente divertido; imagino que em uma festa, este fator possa ser multiplicado muitas vezes. Recomendo. Matem os karaokês e enterrem. Viva la revolución de el Xbox!

Uma outra nota é que considerei o jogo um exercício muito válido para aspirantes a músicos, não só para jogadores casuais. Pelo menos a parte da bateria e do baixo, dão uma noção muito boa sobre ritmos e tempos, e pode ser uma forma bem mais divertida de praticar estes dois atributos essenciais para qualquer tipo de atividade sonora que se preze. E não osmente isto, conforme discuti com o Hugo, é uma excelente forma de divulgar boas músicas para esta garotada que está à mercê de um mercado fonológico bastante sofrível nestes últimos anos. Faço votos que muitos garotos descubram a boa música e fiquem com vontade de praticar suas habilidades do videogame em um instrumento de verdade. Imagino que talvez o simples convívio com este jogo possa desenvolver todo um interesse pela musicalidade em si nesta geração.

Quem sabe né.

O único senão da noite em si foi realmente o fato que não dormi bem. É estranho isto, e posso atéafirmar que não é de fato "velhice", por assim dizer, mas algo que me lembra um quadrinho que li na internet outro dia, falando a respeito de como travesseiros ão itens pessoais e intransferíveis. De fato, não somente o travesseiro em si, mas todo seu aparato dormitório, por assim dizer, faz diferença imensa na hora de dormir. Se você é acostumado com um colchão com dureza média, irá achar um colchão de molas uma merda. Sua cabeça não irá aceitar o travesseiro estilo "folha" se você estã acostumado a recostar sua cabeça em uma montanha de espuma. Sei lá. Me parece que muitas pessoas não têm problema algum quanto a isto, encostam e dormem em qualquer lugar por aí.

Entretanto, eu não sou assim. Dormi, mas dormi mal. Mas não arrependo de ter feito tal excursão. Estou realmente precisando de coisas como esta em minha vida.

E já estão dando muitas horas que estou aqui escrevendo abobrinhas em geral. Há que tornar ao mundo real e mais chato, não é?

Enfim, jogue mais Rock Band, mate mais karaokês e seja mais satisfeito, ou no mínimo mais bobo alegra. Faz bem para os rins, como diria o Hugo.

terça-feira, 21 de julho de 2009

Dez. Oito.

Chegue mais perto, mais perto, mais perto. Daqui de onde estou, não posso te ver, meu bem. Aproxime-se mais e mais.

Meu cano, minha arma, aguarda ansiosamente sua presença. Escorendo muito desta baba preta que parece-me ser sangue de demônio. Coisa assim, bem singela. Ha, ha, ha.

Devo estar me sentindo mal mesmo, não sei. Se bem que algumas vezes na vida já vi coisa semelhante: quando a merda é muito grande, a gente acha que não está acontecendo, que é uma brincadeira, algo assim. Paramos de agir racionalmente e desandamos a fazer merda. Por que eu havia parado?...

Eu estava ofegante demais para continuar...aquele maldito corredor de mil portas não acabava nunca...E eu ainda nem sabia do que estava correndo, ou ao menos POR QUE estava correndo. O que estava acontecendo? O que aquela...coisa...queria de mim? O que esta merda de casa dos infernos queria? Qual era a mensagem, qual era o motivo?

Ouvi o ronco da mulher-satã chegando mais perto. Apertei o cano em minha mão. Acho que não faria muita diferença saber ou não o que estava acontecendo. Talvez eu fosse apenas um idiota com muito azar, conforme a vida já tinha teimado em demonstrar-me.

Levantei a cabeça, suspirando. Que bela forma de morrer. Pelado, com uma quantidade de álcool no sangue muito superior à recomendada pelos detentores das boas maneiras em sociedade...Imaginei que, se meu corpo fosse tragado para o inferno - que para mim era onde aquele corredor maldito fosse desemborcar - não teria muito problema. Simplesmente relatariam que um idiota havia se embebedado em serviço e sumido no mundo, deixando para trás apenas uma mala com roupra suja e escritos horríveis em uma máquina de escrever portátil. Nada mais, nada menos.

Mais um rangido infernal, mais passos. Havia agora a claridade laranja denunciando que minha tão bem-amada se aproximava. Eu ainda não havia decidido se apenas iria aceitar ser retalhado pela monstrenga ou se iria tentar me defender até o último instante. Não sei nem se teria forças para isso. enti o peso do cano em minhas mãos...parecia muito mais pesado do que realmente era.

Me apertei contra a porta, erguendo o cano e esperando. O arfar demoníaco estava bem perto agora. Olhei emn direção à escuridão à minha frente e vi aquele ponto de luz se aproximando, não me deixando ver quem, afinal de contas estava emitindo aquela luz. Algo me baratinava: eu havia furado os dois olhos da dita, e a luz vermelha que havia aparecido no banheiro parecia que vinha dos olhos dela...

Quando a coisa emergiu da escuridão, alguns metros à minha frente, eu entendi melhor. Entender não é bem a palavra, mas...

Ainda era a mesma joça de monstra, apenas com uma novidade: seus olhos ditos normais, típicos de uma pessoa por assim dizer, continuavam lindamente perfurados. Mas havia um terceiro ponto em sua testa que era de onde a tal da luz laranja emanava. Imaginei que seria algo como o tal do terceiro olho.

Que zen, pensei eu. Deve ser daí que budistas tiraram este papo furado todo de terceiro olho e atingir o tal do nirvana. Ha, ha, ha.

Zen, muito zen, de fato. Ainda mais quando a cara de tal criatura se retesou toda e ela ergueu a mão que ainda prestava - o outro braço, por mim mesmo quebrado, pendia igualmente lindo a seu lado. Eu havia feito um senhor estrago naquela coisa, e ao mesmo tempo que me enaltecia um pouco, congratulando-me de ter feito tanto estrago tendo em mão apenas um cano de chuveiro, eu me perguntava o quão irritada ela estaria. Quão ansiosa por beber de meu sangue ela estaria.

Bem, a hora de descobrir era aquela. Senti minha adrenalina voltando à ativa, imaginando aunto mais eu teria em estoque.

Eu descobriria em breve, imaginei.

segunda-feira, 20 de julho de 2009

Segundal, seconal.

Existem dias, de fato, mais pesados que outros. Pelo menos, assim me parece, em dias como este prelúdio da semana que agora se inicia. E dias como este simplesmente parecem-me repreentar um intervalo entre dias corridos, sem muitas coisas de fato a fazer ou a serem realizadas.

Sim; o fim de semana deveria ter sido muito mais do que foi, ao menos em planos prevamente estabelecidos. Mas creio eu que por vezes, excesso de confiança nas coisas é brindada com não-acontecimentos, em uma bizarra lógica do universo. Nunca entendi tal lógica, mas parece-me que quando fazemos planos baseados em coisas que já tomamos por garantidas, às vezes significa dar de cara com o não-acontecimento das mesmas. Como se estivéssemos a tratar o porvir com arrogância desmedida, algo assim. Creio eu que de fato ocorreu algo assim no meu planejamento semanal para o fim de semana que acabou de se encerrar, e creio que mais uma vez foi por minha única e exclusiva culpacidade, se é que tal coisa ocorreu ou se tal palavra de fato realmente consta por aí em algum dicionário.

Se por minha culpa de fato o foi, eu lamento, mas ao mesmo tempo fico satisfeito ao constatar que por vezes, mesmo quando algumas coisas dão errado, outras inesperalidades acontecem para tornar-nos mais um tanto menos descrentes em relação às coisas em si mesmo.

E começando a semana em dizeires crípticos não irá-me levar a lugar algum além da iminente coceira indefinida no coco. Pois bem, uma visita que iria acontecer no fim de semana não houve, mas em seu lugar houve outra visita, esta muito mais inesperada, de amigos que há muito não ali apareciam. Bem-vindos o foram, bem vindos o sejam. Pois eu sei que por mais que não seja exatamente caloroso em meu dia a dia, aprecio bem visitas de pessoas a quem tenho algum apreço, ainda mais em um fim de semana que já prometia passar em branco quanto à presença de terceiros à minha casa.

Não houve barulho fraternal, mas houve sorvete. Sorvete sempre é motivo para entusiasmo. Conversas há muito esquecidas, fatos há muito vivenciados, mas ainda assim bons de serem rememorados. Café, muito café, para sempre café, acompanhado de amigos e sorvetes. Não muito mais posso pedir para um final de tarde agradável, ainda mais se tratando de um fim de semana que já havia sido regado por mesquinhezas de menor porte, bobagens que todos cometemos e que sempre estamos sujeitos a receber, quando menos esperamos.

Assim é a vida. Esperemos que em esta semana os autores de delitos relacionados ao convívio, à amizade em si possam relevar estas pequenas bobagens e conciliar-se em rituais de sons e pancadas ao pé do tambor.

sexta-feira, 17 de julho de 2009

Crise de identidade.

Ontem, passei o dia sem identidade. E posso afirmar ser uma coisa meio triste, meio inútil de se pensar: eu, que sempre zelei por manter minha identidade, mantive-a a salvo por tantos e tantos anos, bem ontem, na data de ontem, justamente ontem, eu fiquei sem identidade.

Tristes tempos estes, sim, de fato. Ficar sem sua identidade significa por muitas vezes casar-se às multidões, em uma breve porém atemporal luta por manter sua integridade, sua identidade, seu unicicismo único e referencial para toda uma vida. Por vezes, me desesperei, tentando obter alguma resposta, algum sinal, alguma ajuda.

Juntar-me à cavalada, aos gnus de plantão que tanto pisoteiam a cidade em uníssono abaixar de cabeças e rumninar de pastos era-me inconcebível. Ainda mais eu, que por tantos e tantos anos afirmei ter uma identidade própria, uma afirmação pessoal, uma voz, uma versão única e exclusiva. Pois, após tantos e tantos anos de luta e desespero, sem amparo, sem alento sem atropelo, fui tomado pelo pânico e pela razão irracional de estar sem razão.

E ali estava, sem ser eu, sem ser ninguém. Sem identidade, quem você pensa que é. Para águas além-mar, seria apenas um John Doe qualquer, um meliante, uma sombra do que havia sido enquanto classificado, registrado, catalogado. Sim, o registro, o registro, a tudo sabe, a tudo indica. Mais vale um pânico na multidão que estar sozinho? Não bem o sei.

Não sabendo de nada, não sendo nada, poderia ser tudo. Poderia ser de novo, novo! Perder-se em desconhecido por mais que seja desesperador, poderia ter suas vantagens? Perder suas desavenças, seus preconceitos, sua vida? Sua identidade? O que seria sua identidade. O que seria ser você, quando você de si não tem apreço, mesmo quase nenhum?

Entretanto, bem todos o sabem - haveremos sempre de temer o que não bem dominamos, o que não conhecemos. Por que, não bem o sei, não bem o sabemos; não haveremos de saber, pois dali pra frente, nada sabemos, nada conhecemos. Quem seria você, se não fosse você? Quem seria eu se não fosse eu? Alguém saberia dizer?

Ali, ela estava, ali ela jazia, ela se encontrava, por todo o dia de ingognicidade. Veracidade sob papel, foto sob documento, artigo sobre palavra, concreto sob abstrato. Quem é você, além do que estaria impresso ali? Quem seria você sem seus números ali registrados, impressos, confirmados, regulamentados, isentos, proventos, noves fora, zeros dentro?

Não mais esqueça sua carteira, não mais fique sem identidade, não mais seja além do que algum dia já foi e nada será. Não mais seja um Zé Ninguém anônimo, des-registrado, des-classificado. Ali estava eu, minha face, meus números. Minha identidade, por fim.

Tome nota: por um dia pude ser tudo mas não fui nada além do que não era registrado por todos, por todos regulamentados, por todos esperado.

Por um dia, fiquei sem identidade.

Por um dia, fiquei sem ser o que sou.

Por um dia, nada - e mais nada - aconteceu.

Como sempre, como dantes, como sei que é.

Não mais esqueça sua identidade. Você sempre será o que é, o que se espera que seja, o que está por lei regulamentado registrado confederado riscado esperado taxado tachado.

O que esperar além do que não é, não se pode dizer, não se pode afirmar. Medo, sempre teremos medo, de ser quem não somos, quem não éramos.

Identidade - um mero papel, um mero registro...ou toda uma vida? Quem sabe? Quem me dirá que sabe? Quem não sabe, talvez saiba, de fato. Mas eu não sei.

Ali estou, registrado, classificado.

E assim é.

quinta-feira, 16 de julho de 2009

Futebolo.

Ah, grandes invenções da humanidade, não nascem ao acaso. Neste dia em especial, eu agradeço sinceramente ao cara que inventou uma certa espuma plástica, que ao ser apertada enquanto à temperatura ambiente, se comprime, e conforme a temperatura aumenta, ela se expande novamente. Um cara da 3M pegou desta espuma e confeccionou pequenos artefactos denominados plugs, que podem ser inseridos nos canais auditivos externos de uma pessoa que não quer saber de futebol e pode assim ignorar toda a barulhada reinante em seu bairro, que descobri ontem ser formado em sua grande maioria por atleticanos doentes, que ao verificar o infortúnio de seus eternos rivais azuis, passaram a estourar todo o estoque há tanto tempo guardado de foguetes e explosivos não-letais comemorativos, a fim de provocar a ira já reinante de todos os cruzeirenses locais.

Pois, assim o foi: ontem à noite, eu fui dormir relativamente cedo, não me importanto em absoluto com o resultado do jogo em questão. Estava já grato de ter conseguido chegar em casa, pois o trânsito, desde as 2 da tarde, já estava sendo massacrado pela reinante massa de azuis que já rumavam ao Mineirão, para aguardar a tal da josta do jogo, que só iria ter início quase oito horas depois. De fato, o caos imperou na cidade, e quando vi todos aqueles carros brandindo bandeiras, buzinando a não mais poder e clamando a plenos pulmões o nome de seu time do coração, eu soube que daria merda. A linha de ônibus que apanho para ir para casa parecia não existir quando daqui do escrotório saí para tentar ir para casa. Pois, tal linha tem princípio em imediações do Mineirão em si. A Afonso Pena em direção à rodoviária e posteriormente à Pampulha, estava completamente parada, e a pista que subia em direção ao meu bairro estava completamente vazia. Os infames 4103s que tinha que apanhar, de fato, estavam quase todos travados na Pampulha.

E enquanto aguardava a chegada de qualquer um destes caixotões azuis, tinha que aturar os idiotas a passar e berrar o nome azul. Enfim, consegui chegar em casa muito tempo depois, quando finalmente apareceu algum ônibus proveniente daquela zona de guerra que deveria esta a Pampulha. Nem cheguei a ver o jogo, fiquei uma hora brincando com Cremilda, que ontem estava particularmente sonora e agradável de se tocar. Lá pelas nove e meia da noite, parei a barulhada pensando justamente em evitar encheção de saco dos infames vizinhos, que provavelmente desejariam silêncio em uma hora tão tensa quanto aquela. Fiquei na minha quietinho enquanto fuçava no computador. Lá pelas dez horas, eu já estava dormindo.

Em um dado momento, fui despertado com o estrondo de foguetes, muitos foguetes. Acordei meio tonto de sono e me perguntei quem teria levado a melhor no embate. Ao que escutei um dos vizinhos, que mora a uma distância relativamente grande da minha casa urrando o seguinte: "EU, EU, EU, O CRUZEIRO SE FUDEU!!!!"

Aí, sabendo o que tinha acontecido, constatei também que meus vizinhos são em sua imensa maioria atleticanos e que TODOS tinham se suprido dos tais explosivos comemorativos. Eu só pus em meus ouvidos a maravilhosa invenção da 3M, e tornei a dormir. Não poderia me importar menos.

Sim, em um dado momento de minha vida, com o intuito de tentar me "tornar mais sociável", eu resolvi que seria atleticano, mas em verdade, nunca cheguei mesmo a me importar com o futebol em si. Nunca tive grandes problemas com isto, pois de um lado ou de outro, dá tudo no mesmo: o Brasil é o país do futebol, e não importa o que aconteça, irá continuar a ser. E disputas entre clubes, tantos clubes, irá sempre existir. Não estou nem aí para nada disto. Sei que no final das contas, eu acho mesmo é que sem o futebol este país iria deixar de existir. Como já afirmei tantas vezes, eu realmente creio que isto faz parte da política "pão e circo" reinante por aqui. Tire o futebol, a Globo e as igrejas do Brasil e veja o que iria acontecer.

O horror, o horror. Sim, acho que a insurreição popular só tomaria forma se acontecesse uma "catástrofe" destas. Não vejo muita outra perspectiva para uma mudança aqui. Enfim, é só a opinião minha, deste nerd absolutamente insignificante em esportes e quejandos. E é de fato engraçado o quanto as pessoas que realmente se importam com esta coisa se esquecem de princípios básicos de outras rivalidades, como a dos brasileiros e argentinos.

De fato chega a ser até hilário: ontem, TODOS os atleticanos se tornaram ARGENTINOS. Como eu havia comentado horas antes do desfecho de tal disputa, de uma forma ou de outra haveria algazarra na cidade. Se o Cruzeiro houvesse ganhado, foguetes estariam estourando até agora e continuariam rebentando até o final da semana. E se perdesse, os atelticanos encheriam o saco deles até não mais poder.

Agora, todo brasilerio costuma ODIAR os argentinos, mesmo por natureza: somos bairristas e de fato não gostamos deles e vice-versa. Eu mesmo, não tenho paciência nenhuma com argentinos em geral. E ontem, todos os preto-e-brancos estava se afirmando argentinos desde nascença.
É de fato uma comédia humana. A lógica parece de fato ser uma eterna vítima de tais eventualidades, e em particular dos seres humanos em si.

Enfim, eu só posso mesmo é observar e tentar extrair alguma diversão, ao menos mental, disto tudo. Rio e rio, e sou humano, sou brasileiro, e não gosto de argentinos até que me provem o contrário. Eheheheheh. Ah, a humanidade. Que piada devemos ser para algum ser celeste que porventura esteja nos assistindo...

quarta-feira, 15 de julho de 2009

Algo de novo sob o sol!

Ahahahahahha. Ahahahhahah.

Hoje sinto que terei vários momentos de crise de riso. Tudo por conta de ontem, ontem. Foi-me revelado um fato que mudou minha concepção da vida, do universo e tudo mais. 42 é o caralho: as pessoas, as pessoas. Elas nunca, NUNCA deixam de me espantar. Curioso é isto também: um fato que ocorreu há uns meses atrás e me foi revelado ontem, causou-me uma epifania. Bem, não chega a tanto para dizer a verdade, mas mesmo assim, posso afirmar que de fato foi bombástico. E que estou crises involuntárias de riso desde que me foi ofertado uma cadeira para assistir a este espetáculo.

Não irei aqui divulgar nenhuma fofoca, pois nunca foi meu intuito criar aqui uma sucursal de publicações feito Caras, Contigo, e quejandos igualmente horrendos. Mas eu nunca deixarei de pensar, e de tentar tecer teorias e observações sobre as coisas que me acontecem e/ou acontecem ao meu redor. E se espantar por vezes, é bom. Uma vida sem espantos é sinônimo de tédio, de marasmo, sei lá. Lógico que espantos negativos, tragédias, desastres não me apetecem, e creio que não agradam ninguém, a não ser que exista algum masoquista entre nós. Seja bem-vindo se assim o for: depois de ontem, não me espanto muito com quase nada mais.

Engraçado é que que estando eu rindo convulsivamente, estou a me perguntar se sou uma pessoa sórdida, ou mesmo hipócrita por estar me divertindo às custas de outrem, mas creio que não. Algo que me ocorreu é que estas coisas não deixarão de acontecer nunca, por mais que algum purista paladino da justiça e/ou qualquer outro título igualmente pretensioso se esperneie por aí. É o famoso murro em ponta de faca. E pessoas, sendo elas amigas ou não, são pessoas, e irão sempre se divertir às custas dos outros. É algo que Darwin deveria ter incluído em seu livro. O Homo sapiens é fedaputa por natureza, mas não necessariamente tendendo para o mal.

Ahahahahahahha, ahahahahah HAHAHAHAHAHA!!!

Ah, hoje eu irei de fato recorrer às inexplicáveis crise de riso. Mas como eu já disse, bem vindas sejam as mudanças, elas fazem-me olhar a vida com olhos menos abúlicos. Faz-me realmente ter um pouco mais de esperança que de fato, de uma hora para outra as coisas podem mudar, e não necessariamente para pior, como sempre digo. E rir, ainda é o melhor remédio: ontem, após o encontro e seus informes nababescos, eu me flagrei rindo a não mais poder, e tendo esta sensação que as coisas podem, de fato mudar. E que seja para melhor, faço votos que seja para melhor.

O que seria da vida sem os amigos? Nem quero pensar, não hoje. Novamente, vejo a necessidade de manter contato com as pessoas que nos divertem e nos dão esperança em coisas inusitadas como as mudanças do naipe que tive conhecimento ontem. Coisas que pensei que só acontecessem em filmes acontecem também na vida real, olhe só.

Creio que é um bom sinal.

Hahahah ahahahhahah HHAHAHAHAHAHAHAHAH!!!

Ah, eu ainda morro disso. Enfim, vamos nos divertir. Curtamos o momento de descontração e abracemos a mudança entre nós. Congratulações e votos de bom proveito para todos os envolvidos na história em si. Espero não estar sendo indiscreto aqui. Mas ontem foi declarado o momento isento de certas sensações negativas. Tive mesmo uma inesperada experiência de minha parte, ao gastar bons reais em uma cerveja importada que vi no supermercado. E afrimo que foi das melhores cervejas que já tomei na vida, eu realmente gostei. Como podem ver, até eu que normalmente execro esta beberagem, posso mudar de opinião.

Mudanças, mudanças. Que sejam todas para melhor, ou ao menos sua imensa maioria, pois sim.

Bom dia a todos, eheheheh. Ahahahahahahha!!!

terça-feira, 14 de julho de 2009

Musga para os zuvido!

Música e barulho, existe uma tênue diferença entre estas duas coisas. Tênue,? irão me perguntar. Por mais estranho que possa parecer, afirmo que sim, penso que esta diferença, por vezes é muito, mas muito sutil, de fato. Música em si, nada mais é que um arranjo de barulhos ordenados, para que façam sentido. Em termos rústicos, ao menos, creio que possamos definir música desta maneira. Evidentemente, puristas da música e/ou estudantes e/ou seres que habitam a faculdade de música da UFMG irão querer me arrancar o couro se isto lerem. Como bem sei que a grande maioria dos habitantes daquele local são bem chatos, e que puristas de qualquer coisa são grandes chatos, estou pouco me fudendo para eles.

Lembro-me que no primeiro período de minha longínqua faculdade de biologia, fomos forçados a conduzir um estudo dirigido sobre o tema de acústica. A matéria em si denominava-se Elementos de Física, e como TODAS as matérias cursadas por mim no prédio rosa maldito, também denominado ICEX, foi uma grande inutilidade. Não entrarei em muitos detalhes, mas basta saber que durante tal aula o professor conseguiu fazer um cálculo da diferença da temperatura da ágau de uma cachoeira, da parte superior e da inferior. Esta diferença, segundo ele, era de aproximadamente 200 graus. Ou seja, ele conseguiu evaporar a cachoeira 2 vezes. Pois sim, que espécie de diferença é esta? Que espécie de AULA é esta?

Enfim, o trabalho era sobre sons, e minha parte, que eu teria que apresentar seria sobre limites da audição, no quesito volume. O título em si de minha parte era "quando ouvir dói". Lembro-me que fize semelhante analogia quando fui apresentar minha parte: "para muitas pessoas, a diferença entre barulho e música são disparatadas. Enquanto para uns, uma canção das Spicy Girls é considerada música, se você pôr um treco destes para tocar perto de mim, você irá verificar que sairei correndo feito louco. Para mim, isto é barulho!"

E não é verdade? Ponham-se a pensar a respeito. O gosto musical das pessoas muitas vezes define se uma sequência de sons pode ser considerada barulho ou música. Se você puser para tocar perto de mim coisas tipo bossa nova, ou eu irei ficar reclamando no seu ouvido até você parar a coisa, ou eu irei sair de perto. Para mim é barulho, não faz sentido e incomoda. Bem sei que se eu pusesse algumas de minhas bandas preferidas perto da maioria das pessoas, elas iriam me internar num hospício ou destruir a fonte emissora de tais sons. Ou uma combinação de fatores, quebradeira do aparato sonoro e posterior internação em um asilo de loucos. Já comprovei isto de perto, em uma aula da Belas Artes em que levei meu CD da conhecidíssima banda Olivia Tremor Control, a saber, Black Foliage. As pessoas não pararam o aparato de primeira, deixando a coisa rolar por cerca de vinte minutos enquanto olhavam para mim com cara de "você é louco!" Em um dado momento, eles sulicaram para que eu parasse tal coisa.

Bem sei que é isto é muito pessoal, gosto é algo que raramente é compartilhado com algumas pessoas. Digo isto parecendo que estou me excluindo do restante da humanidade, como costumo fazer sempre, mas bem sei que no fundo todos têm alguma coisa de que gostam e é execrada pelo restante das pessoas. É quase algo que nos tornaria seres ímpares, por assim dizer, mas não sei se posso afirmar isto em se tratando de gosto musical, pois é algo não tão importante para a maioria das pessoas, ao menos no ponto de vista vital. Se você gostar de "fanque" carioca(me recuso a denominar aquilo como Funk, digno de James Brown), isto não será um fator de sobrevivência. Sua sobrevivência independe disto. A não ser, é claro, que vocÊ esteja tentando discutir música com caras "sujeras" de um favelão por aí. Você pode ser alvejado por um projétil de chumbo caso discorde com tal sujera.

Mas é estranho pensar como podemos diferir neste aspecto. No final das contas, parece-me que somos realmente sozinhos nas coisas que gostamos, nas coisas que apreciamos. E quantas e quantas vezes tentamos mostrar as coisas que gostamos, falando veementemente para nossos amigos, "Você tem que escutar isto! É muito bom!", e quando de fato mostramos tais coisas e aqs pessoas não gostam, sentimo-nos levemente traídos, ou desapontados. Por vezes, sinto-me mesmo muito solitário em meus apreços musicais. É um fator de exclusividade, que por vezes torna-nos alienados para o resto do mundo.

Lado outro, se tivermos consciência que a maioria das pessoas gosta de coisas abjetas, feito o tal do fanque, sertanejo, Jonas Brothers, High School Musical e quejandos, levo-me a congratular-me e congratular todas as pessoas que não gostem de semelhantes joças. Sou capaz de sangrar pelos ouvidos se me puserem para escutar estes parcos exemplos por mim citados.

Enfim, pessoas são todas únicas em si mesmas; é pena que tais fatores sejam imensamente discrepantes entre elas, mas é algo que nunca será mudado...e nem deve ser, pois como dizem, é a diversidade que torna o mundo menos tedioso. Ou não. Sei lá.

Enfim, voltemos à música capitalista. Eis que terei que refazer o livro de entradas por mim erroneamente preenchido. Sim. Tédio, tédio.

segunda-feira, 13 de julho de 2009

A-titular.

Ah, hoje sim, podemos afirmar que é o famigerado dia 13, sendo esta data de hoje menos famosa ou menos comentada se tal datagem caísse em uma sexta-feira. Até hoje não sei por que diabos uma sexta feira 13 é digna de ser considerada uma data de mau agouro, enquanto uma segunda feira 13 é considerado por todos um dia extremamente normal. E no estado em que me encontro, em minhas atuais circunstâncias, nem ao menos me atrevo a cogitar fazer alguma pesquisa séria sobre o assunto. E quando eu digo séria, eu quero dizer pesquisa isenta de internet, que apesar de ser algo extremamente prático, não é algo que de fato podemos chamar de confiável por assim dizer.

Enfim, os dias passaram, mais um fim de semana deu as caras e foi embora, deixando-nos sozinhos com a segundona. Enfim, que venha, não é proveitoso ficar esquematizando planos mirabolantes nem nada em uma data como esta. A letargia parece que toma conta de todas as pessoas em ocasiões como esta, e para este que vos escreve não é muito diferente. E procuro aqui neste dia de hoje encontrar algo que realmente possa servir de incentivo para me levantar, me impelir a fazer algo, me encher de esperança e descobrir o sentido da vida, do universo e tudo mais. Sim, nem mesmo 42 faz muito sentido, então apeguemo-nos ao único consolo à volta, este sendo ofertado-nod de maneira supostamente isenta de impostos e taxas, mas que geralmente não é necessariamente verdade, ainda mais se tratando de um local que lida com todas essas injúrias secretas, estas ignomínias denominadas impostos.

Sem que a boa execução em se tratando de isentar tais coisas de nosso provedor irá gerar algum resultado. Sem que nada que façamos de extra-curricular irá mudar sua situação dentro deste local, dentro deste organismo taxado e instrumentado. Nada, nada que fizeres aqui levará a uma vida digna, a pais satisfeitos, a sociedade de consumos de fato felizes e sorridentes. Não: irás trabalhar, sem incentivo, sem perspectivas, sem alento algum enquanto o doce princípe, glorioso herdeiro vivencia seu desalento em terras, nórdicas terras, alheio espaço inbternacional. E não adiant, nada será mudado, nada será vivenciado.

O que fazes aqui, me perguntam, o que fazes ainda aqui, se assim o é, assim o será. Não sei responder, não sei dizer, talvz por medo, talvez por comodismo, talvez por simples e pura derrota, assumir uma derrota, assumir seu papel de ser o eterno filho do fracasso, filho de algo que não tem nome além do simples, do imaturo fracasso.

O que fazes aqui, se não desejas estar aqui. O príncipe não me oferta nenhuma outra alternativa, e eu mesmo não me enxergo em outras alternativas, em outros locais, em outros humores. O humor será foi e será, assim. Assim, sim, pois não. Não: não existirá local ao sol para aquele que não foi feito para nele ser banhado. Para nele ser exilado, ser remediado. Exilado, ele já se encontra, em uma realidade paralela que não poderemos nunca mudar se continuarmos a ser quem somos, quem sou.

Tome, tome, tome. Remédios, água, álcool, dosagens. Diferentes dosagens, diferentes vidas. Diferentes atitudes, diferentes programações. Re-programe meu cérebro. Espere para ver, espere para crer. Viver? Viver se viver for, se viver possível for. Se ali for necessário uma nova perspectiva, uma nova realidade.

Sentido? Ouvi dizer que é algo que fazemos. Perspectiva é se sentir bem em detrimento ao maldizer alheio...ao miserê de outrem.

Aqui? Não.

Nesta vida, tudo que nos acontece tem seu significado, tem seu sentido? Sim? Não? Alguém? Alguém me responde? Alguém me diz o que deve ser feito, o que devemos esperar? Esperar? Esperar é fazer mudar a vida do prínicipe, da família sagrada em suas posses, em seu poder. Em seu haver poder. Em seu haver fazer. Em seu acontecer não acontecendo, podendo sem poder.

Ali? Não.

Estar vivo é se perguntar porquê.

sexta-feira, 10 de julho de 2009

Amigos!

"Você tá um velho mesmo hein? Primeiro foi o lance do ombro, agora cê nem toma mais café à tarde, daqui a pouco vai estar morrendo mesmo, cheio destas artrites e etc..."

Isto foi-me dito ontem à tarde, por um de meus maiores amigos. Evidentemente, tratava-se de uma brincadeira; eu bem o sabia, mas a coisa me atingiu de maneira errada no momento. Eu acabei me comportando como um autêntico imbecil e apelando com meu amigo, retrucando que "não sei porque motivo, porque cargas d'água alguém sai de seu caminho para encher o saco de uma pessoa que está quieta no seu canto, blah blah blah." Ao que ele ficou igualmente irritado com minha atitude e apelando de seu lado - mas com seu direito a seu favor.

Estranho isto. Como costumo dizer, a coisa que mais faz uma pessoa agir erroneamente tendo consciência de que está fazendo merda é a raiva. Não vou me enveredar aqui por motivos que mecausaram a agir com raiva perante tal situação, pois este não é o cerne dos escritos do dia. Foi um caso patético, mas usei-o para ilustrar o tema do dia, que são de fato nossos amigos.

Este mesmo amigo meu, outro dia me falou a respeito disto. De como todas as pessoas são chatas, mas nosso amigos também o são. Isto tudo derivado de uma célebre frase de Mário Quintana, creio eu, que diz o seguinte: "Existem dois tipos de chatos, os normais e os nossos amigos, que são nossos chatos preferidos." Não sei bem se a frase é deste jeito mesmo, mas a idéia é esta. E faz todo o sentido, por assim dizer.

Pessoas são seres complicados, e lidar com elas é complicadíssimo. Não creio que ninguém, se tiver ao menos um pingo de bom senso, irá discordar comigo. Duvido seriamente que alguém nunca tenha passado alguma raiva lidando com uma pessoa, seja lá quem for - um amigo, um parente, namorados, professoras, atendentes de telemarketchim(saúde), entre outros.

Agora, os amigos são realmente um caso à parte, em especial se tratando de amigos no masulino. Por vezes vejo as brincadeiras perpetuadas por meus amigos com outros amigos e fico embasbacado. Coisas do naipe de encheção de saco beirando a joselitice, em que todas as vítimas sempre passam por apertos, mas que segundos depois estão de boa uns com os outros e rolando de rir, "na próxima eu te pego, seu fedaputa."

Mas como o próprio dito o diz, são nossos chatos preferidos, de fato. Por tantas vezes, estes amigos estão lá conosco nas roubadas, e não nos abandonam. Algumas vezes eles pulam fora também - "Sinto muito cara, este pobrema é seu. Fui!" - ou nem dão aviso e desaparecem. Mas tempos depois, a gente encontra com os caras e fica tudo sempre de boa, perdoamos sempre e etc.

Eu não sei bem o que acontece comigo, entretanto. Eu não tenho tanta coragem muito menos vontade de fazer este tipo de coisa com meus amigos. Se eu descubro - geralmente por acidente - um calo, um assunto que tira um amigo meu do sério e o faz passar raiva, eu evito ao máximo tocar em tal assunto. Ao contrário da maioria de meus amigos, que ao pisar em tais calos, parecem fascinados por terem descoberto um filão de encheçao de saco. E pisam e pisam e pisam. E por ter tal personalidade explosiva e irascível, fui muitas e muitas vezes vitimado por ataques "inocentes" de brincadeiras que se tornaram uma explosão de raiva - por minha parte. Não sei bem o que leva a maioria dos caras a se portarem de tal maneira, mas acredito que, de fato, eu esteja me tornando um tanto velho para a minha idade. Mas, como eu sempre me portei da mesma maneira desde que me entendo por gente, novamente creio eu que trata-se apenas de mais uma confirmação do que eu sempre soube - o fato de que já nasci com a alma velha, impaciente e senil(pleonasmossss).

Outra coisa que me fascina por vezes, ao menos so ponto de vista de inúmeras refelexões acerca do assunto em si, é a amizade entre homens e mulheres. Não há o que negar aqui: trata-se de um caso completamente diferente da amizade entre homens. Mulheres, nós tratamos com mais, er, diagamos, delicadeza que nossos companheiros. Homem a gente manda tomar no cu, mulher não. Por sermos homens e imbecis, claro. Muitas mulheres se divertem muito com isto, pois têm comportamento similar a de um homem e se aproveitam muito disto, enchendo o saco até não mais poderem, sabendo que os idiotas aqui nunca irão destratá-las. Ehehehe, bem jogado senhoritas, eu devo admitir.

Curioso é que muitas vezes estas amizades se tornam praticamente um relacionamento; muitas vezes vejo algumas mulheres com amigos a tiracolo que são praticamente seus namorados, suas ditas "almas gêmeas", aquele casal que você vê e diz, "foram feitos um para o outro", mas que não o são. Já vi muitas e muitas vezes isto. E já vivenciei tal coisa também. Falando por mim e generalizando para os homens, acho que no fundo, estes amigos destas amigas ficam sempre na esperança que algum dia aquilo evolua para "algo mais", mas que geralmente não acontece, não sei bem dizer porque. No meu caso, eu já fui meio que apaixonado por uma amiga minha que eu me dava super bem, uma das pessoas que eu mais conseguia conversar por horas e horas sem ter que pisar em ovos e ser falso-cerimonioso, mas que nunca irá passar disto, mesmo porque eu ouvi - indiretamente - a afirmação dela mesma: "ele tem tudo para eu gostar dele como namorado e tal, mas não gosto." Sim, sim. Foi um dia muito chato aquele, eheheh.

E acho isto um tanto estranho da parte das mulheres. Elas vivem chorando por aí - geralmente no ombro destes ditos amigos - a respeito de cafajestes e etcoetera, que são isto e aquilo, mas elas se recusam a ter um relacionamento com um amigo. Presumo que talvez seja por conta do pensamento - este, um verdadeiro horror para nós homens - que "preferem nos enxergar como amigos". Sério, não existem muitas frases que destroem mais o dia de um cara do que "vamos ser apenas amigos". Frases do naipe incluem "a gente precisa conversar", "você notou algo de diferente em mim?", "você acha que eu estou gorda?", dentre outras.

Mas mesmo assim, eu me surpreendo e me desponto até com as mulheres, ao menos neste quesito. Não sei bem o que se passa nas cabeças delas ao aceitarem a "corte" de um imbecil completo ao mesmo tempo que rejeitam um cara que é amigo delas, que trata elas super bem. Mas como se diz, são universos completamente diferentes, o "célebro" feminino e o masculino.

Num caso destes, o que seus amigos diriam pra você? "Foda-se, vamos beber.", "Para de chorar seu fresco, vamos beber.", "Vamos num puteiro e vamos beber.", etc, etc. As amigas diriam coisas mais do naipe de "Nossa, que chato, eu acho que daria certo por conta disto e disto e disto, e que eu acho que isto e aquilo, e que ontem havia oferta de sapatos ali no shopping e que..." Eheheh, não tomem raiva de mim, leitoras - se é que existem - estou apenas falando e falando asneiras que se passam por minha cabeça.

Entretanto, a vida continua e este "dilema" irá sempre continuar. Mais um belo exemplo da diversidade humana que sempre me deixa perplexo e reflexivo, muito para desalento de meus amigos - "seu fresco", "seu idiota", "para de pensar e age", etc etc - e para a diversão secreta de minhas amigas, por assim dizer.

E conforme dito e previsto em profecias, o fim de semana se aproxima e eu estou aqui a gastar tempo a escrever coisas que geralmente não fazem muito sentido. Enfim, é o jeito Buriol de ser.

Rumo ao desconhecido, enfrentemos a penosa carga que é aturar um fim de semana, data esta que não somos obrigados por lei a ficarmos trabalhando. Curtição, galera. Em frente.

Bem, até segunda. Parafraseando um outro amigo meu, que de fato lê isto aqui, um soco no baço para os marmanjos e um beijo para as mulheres, se é que elas existem de fato, ehehehe.

quinta-feira, 9 de julho de 2009

10+7.

Avançar, avançar. Correr e correr. Não pare ra pensar, não pare para descansar, não pare para respirar...apenas não pare.

Era tudo que eu conseguia cogitar em pensar no momento. A haste metálica, recoberta daquele pus negro e viscoso parecia estar soldada em minha mão esquerda. Eu corria e corria, mas aquele treco parecia não ter fim. Maldito corredor, malditra casa, maldita hora em que fui resolver pegar aquele emprego.

O zumbido de meus ouvidos era irritante, mas ao menos ele mascarava os guinchos demoníacos emitidos por aquela coisa, que se encontrava a alguma distância atrás de mim, e que não desistiria de mim assim tão facilmente. Eu corria e corria. Era tudo que me restava fazer agora.

Às vezes, eu parava por um segundo para tentar alguma das portas ao meu redor, mas em todas, eu recebia a mesma informação: trancada. E não tinha tempo para ficar por ali, para tentar abrir tais portas, para tentar brincar de chaveiro do inferno.

O corredor não dava em lugar algum. Conforme as outras vezes que ali já tinha estado, por mais que eu avançasse, mais parecia que eu estava de fato parado. Sempre rumava em direção à escuridão...a única diferença agora é que não mais haviam aqueles olhos vermelhos em minha frente. Pois eles estavam atrás de mim e...

Por um instante, parei e olhei para trás. Apenas para sentir nova descarga de adrenalina em meu sangue. Os olhos vermelhos ali não estavam, mas havia um ponto de luz estranho vindo em minha direção, a mil por hora. Não quis saber do que se tratava, mesmo por que eu bem sabia o que era aquilo: minha amiga, a demoniazinha do banheiro. A mesma que havia sido submetida a uma pequena cirurgia de correção de olhos vermelhos momentos atrás. Se eu saísse vivo daquela merda, eu iria começar uma carreira de oftalmologista.

Ha, ha, ha.

Somente uma pessoa como eu pensaria numa cretinice dessas em uma hora crítica feito aquela.

Eu não sabia de onde estava tirando forças para continuar correndo. Sempre ouvi dizer que adrenalina capacita-nos para fazermos proezas inacreditáveis, mas para tudo existe um limite. E eu sentia que este limite estava se aproximando. Mesmo porque antes de entrar naquele banheiro para supostamente tomar um banho, eu estava com uma ressaca monstro, decorrente de uma noite mal-dormida e mal-lembrada, regada a cervejas e cigarros.

Foda-se, foda-se, meu cérebro dizia. Corra ou morra. Corra ou morra.

Eu estava era morrendo já. Ofegava e ofegava, e minhas pernas pareciam que estavam bombeando ácido de bateria em meu sangue. Sem contar o fato que eu ainda estava pelado, ainda tinha um bife a menos em minha perna, e ainda tinha vários outros cortezinhos e hematomas espalhados, aqui e ali.

E o corredor não acabava, não acabava. Nenhuma porta se abria, nenhuma luz no horizonte, nenhuma luz aparecia no final daquele túnel. Eu sabia que, eventualmente, eu iria cair e desistir.

Mas o instinto de sobrevivência nos faz ir além de nossos limites...Eu sentia que já havia ultrapassado todos meus limites, quebrado todos os meus recordes.

Corri e corri.

Senti um daqueles desconfortos, tipo um ar preso em meus rins, aquela sensação esquisita que se tem quando se corre insanamente por muito tempo. Estava prestes a falhar por completo, a entregar os pontos, a exaurir minha bateria.

O corredor se mantinha impassível de mudanças. Parecia mesmo que estava correndo em uma daquelas esteiras. Que não estava saindo do lugar.

Suspirei fundo e parei. Chega. Não aguentava mais correr. Se existia alguma energia ainda em mim, e eu sabia que ainda havia, eu iria guardá-la para outra coisa.

Ofegante, me virei em direção àquele ponto de luz laranja que se aproximava. Apertei aquele cano de chuveiro gosmento em minhas mãos, fazendo uma careta devido aos cortes nas mãos e esperei. Chega de correr.

Pode vir. Vamos terminar isso aqui mesmo então, sua vaca dos infernos.

quarta-feira, 8 de julho de 2009

Ironia do destino.

Dia 08/07/2009. Esta vida é curiosa. Por vezes eu creio que ela funciona na base da ironia, de fato. Sei que muitos não concordam com isto, mas eu sinto isto ao vivenciar situações como esta. Pois hoje fariam exatos seis meses que eu estaria desprovido de um hábito que me acompanhou desde aquele dia 12/10/2006, até meados de dezembro de 2008. Sim, estou falando da coisa que narrei ontem, aquele mundo virtual ofertado pela Blizzard Entertainment. Que me capturou por um bom tempo e que me trouxe muitas experiências bizarras...Coisas muito boas e muito ruins me aconteceram ali, me aconteceram por estar ali, e por ali vivenciar coisas que somente ali acontecem. No final de 2008, entretanto, eu me dei conta que aquele mundo todo estava me causando mais dissabores que alegrias e entretenimento, e comecei a parar com tudo, desativando meu cadastro no dia 08 de janeiro deste ano.

Ontem, por ironia do destino, eu reativei minha conta. Era algo que estava já esperando desde a semana passada, quando comecei a sentir necessidade de tornar às experiências positivas que ali vivenciei, e de uma maneira ou outra, me senti um tanto em pânico ao fazê-lo. E fiquei o dia inteiro apreensivo. Quando estou com uma preocupação iminente em minha cabeça, acabo me tornando um tanto idiota também, a ponto de ter escrito algumas merdas desnecessárias no relato de ontem. Aqui peço perdão a todos que porventura possam ter ficado ofendidos ou irritados com as idiotices que escrevi.

Pois, em este relatório do dia de hoje, eu pretendia mais falar a respeito disto, o que nos causa este efeito: de trocar os pés pelas mãos em algumas vezes, especialmente quando estamos passando por algum momento tenso em nossas vidas.

Eu já vi de perto isto acontecer varias vezes, e estou propenso a crer que às vezes nos portamos de tal maneira por uma espécie de privação de inteligência e discernimento temporários, causados pela aflição em si. Eu mesmo sei que isto acontece por demais comigo: por vezes, especialmente quando estou em uma discussão em que estou obviamente errado. Entro na defensiva - o que muitas vezes indica que a pessoa está errada e SABE disso - e falo uma sequência de asneiras que saem de minha boca, atingem meus ouvidos e ativam a irônica voz interior: "Não acredito que estou falando semelhante merda! Cale-se!"

Já aconteceu com vocês semelhante coisa?

Acho bizarro acontecer isto, de fato. Acho que realmente stress é um fator emburrecedor. Pessoas com mais serenidade em suas vidas não cometem semelhante asneira. E esta é asneira do pior tipo: aquela em que você SABE que está errado, mas ainda assim bate o pé e não arreda. A família Burian é repleta de criaturas que cometem tal erro, e raramente eles voltam atrás. Raramente se desculpam. Mas sei que isto não é um fato exclusivo de minha linhagem, por assim dizer, pois já vi muitas vezes pessoas fazendo semelhante coisa: sabem que estão erradas, todavia se mantêm firmes em seus ataques, em suas erradas opiniões.

O que causa isto, sinceramente? Não sei, mas desconfio que tem muito a ver com o orgulho de cada um, com a incapacidade de admitir o erro. Sei que nem sempre é assim, pois outra coisa em que acredito piamente é na burrice humana. Costumo dizer que inteligência tem limite, mas burrice não. Existem pessoas que simplesmente não enxergam o tanto que estão erradas. E insistem no erro. E se mantêm firmes em sua "erracidade." Novamente, aqui pode ser adicionado orgulho à esta equação: por mais que você prove para uma pessoa que ela está errada, se ela for suficientemente orgulhosa, ela NUNCA admitirá que errou.

Eu creio que orgulho causa muito infortúnio na vida de muitas pessoas, e muito aborrecimento para aqueles que circundam tais seres providos de tal característica. E o que causa isto? O que leva alguém a ter orgulho?

Mais uma de minhas perguntas sem resposta, creio eu. Pois é algo tão...visceral, que não pode muito ser sumarizado, dissecado, examinado de perto. Talvez muitos profissionais da área da saúde mental discordem comigo. Sim, bem o sei que sou somente um cara prático, sem experiÊncia e escolaridade no assunto. Apenas observo as pessoas, observo a mim mesmo e tento estabelecer relações de causalidade nas coisas que me chamam a atenção. E assim vou continuando a tentar viver. Tentando explicar tudo que me acontece, tudo que me desperta um estímulo eletrico nesta massa encefálica que se encontra dentro de meu coco. Você sabe, aquela coisa que fica longe do chão. Cheia de miolo. Mioloooooooo.....

Mas falando sério, ainda estou aqui me sentindo bizarramente estranho no dia de hoje, novamente algo causado pelo retorno ainda não propriamente retornado, não retomado, não oficializado. Tenho medo disto tudo, e de tudo que possa ser desencadeado por ter tomado tal precipitada decisão no dia de ontem.

Esperemos para ver, esperemos que desta vez as coisas sejam diferentes, que as coisas aconteçam de maneira diferente. Apesar de falar estas coisas, bem o sei que nem sempre acredito nelas. Mas ainda assim preciso falar a respeito delas, ao menos para tirá-las de mim, nem que seja como uma maneira de me expurgar de minhas crassas ignomínias.

Que acontecem, aconteceram e acontecerão por toda minha vida, não importa o quão orgulhoso e idiota eu seja. Como diz o clássico dizer norte-americano, "Shit happens".

Esperemos que ainda assim possamos sempre ter o bom senso e a humildade de, ao menos por vezes, admitirmos que estivemos errados e aprendermos com nossos erros.

E eu digo tal coisa tendo repetido um erro...Ou pelo menos o que eu acho que foi um erro, por assim dizer. Ai ai. É outra maravilha da vida: agente acaba senpre, mas SEMPRE pagando nossas línguas. Sempre.

Ironia do destino, ironia da vida. Sarcasmo celeste, se assim o preferirem.

E chega deste assunto; tornemos à vida real, que não espera e não nos pergunta se estamos prontos ou não para o que vem em seguida. Continuemos...

terça-feira, 7 de julho de 2009

Nostalgia eletrônica, pt II.

Cá está o nerd novamente. Primeiramente, deixe-me estabelecer uma errata sobre o post de ontem: ontem não foi segunda 13, como muitos perceberam - ou não. É que meu estado semi-letárgico em que me encontrava ontem me tornou um ser desatento, que adiantou em uma semana seu calendário. Enfim, é um pequeno deslize, que a ninguém irá incomodar, não é mesmo.

Continuando a narrativa de ontem, e voltando à linha do tempo, creio eu que Krondor foi decisivo para me definir como aficionado do gênero RPG, e como disse, eu me dediquei àquele jogo de maneira quase insana: joguei e joguei e aprimorei-me tanto naquilo que ouso afirmar que fui o melhor jogador daquele jogo do mundo inteiro. Ehehehe, hoje em dia sei que não podemos afirmar tais coisas, pois sempre, sempre haverá alguém mais louco ou melhor que você, não importa o que você faça.

Enfim, eu continuei explorando a linha dos compurtadores, meio que abandonando jogos de consoles, mesmo porque jogos de computador poderiam ser pirateados, enquanto cartuchos de videogames não. E não me arrependo de ter pirateado nada, não me importo com isso. Então, ao longo dos anos, joguei muito Ultima VII, que resolvi quase todo sozinho, sendo um dos jogos mais difíceis e rico em detalhes. Adorava quebrar o protocolo de ser o eterno bonzinho e sair matando todo mundo que encontrava no caminho até os guardas baixarem em cima de mim e me cobrir de porrada.

Outro genêro de jogo, por muitos condenado, por mim adorado, é aquele de primeira pessoa, de tiro, estilo Doom. Lembro-me que já havia jogado o avô destes jogos, chamado Wolfenstein, em que se matavam nazistas em corredores de algum castelo alemão na segunbda guerra mundial. Mas quando vi Doom, eu fiquei embasbacado. Na época, era o que havia de mais impressionante em termos de gráficos. E joguei e joguei aquilo e vários de seus sucessores/irmãos/parentes/similares, tipo Heretic, Hexen e Rise of the Triad. Lembro-me bem de meu irmão rolando de rir de mim a respeito do quão viciado eu estava no Hexen: a uma certa altura, eu já sabia tudo que iria acontecer, eu entrava em um portal e já sabia a música que iria tocar.

Lembro-me de um natal, acho que em 1994, em que meu computador havia apresentado um erro e havia quedado-se silente e morto; na ocasião, eu senti a falta de um joguinho igual um viciado sentiria falta de drogas, creio eu. Lembro-me que foi de fato muito incômodo e sofrível. Um indicativo certo de que eu havia desenvolvido uma dependência de fato destas coisas, por assim dizer. E continuei assim, anos e anos, jogando um, jogando outro. Lembro-me a alegria que foi quando um outro amigão nerd, o Rodrigo, me falou que havia maneira de jogar velhos joguinhos de consoles em um computador, usando-se programas que emulavam os consoles. Tirei a barriga da miséria dos títulos que não havia tido acesso na época áurea dos consoles de 16 bits. Passei horas e horas no laboratório de informática da Federal, na época da biologia, baixando ROMs e mais ROMs de joguinhos. A conexão dali era infinitamente melhor que a conexão de casa, que ainda era discada.

Como se pode ver, estas coisas me acompanharma por toda a minha vida...e nunca percebi o tanto que eu gostava, e gosto de tais coisas, até o ano de 2006. Foi um ano traumático para mim, pois eu havia resolvido chutar o balde da minha segunda faculdade, esta a de Belas Artes, que havia se tornado um pesadelo para mim. Eu estava na pior, sem emprego, sem faculdade, sem nenhuma perspectiva, e estava cada vez mais viciado em outra coisa, esta muito menos salutar(ao menos do ponto de vista médico) que os joguinhos, a saber, os bastonetes cancerígenos denominados ordinariamente cigarros.

Neste ano...mais especificamente no dia 12 de outubro, que havia ido ao Retiro encontrar-me com o Rafael, eu fui apresentado a uma coisa que mudou definitivamente minha visão sobre jogos, modificando todo meu conceito estabelecido até então entre a correlação entre jogo e vida real.

A coisa em si, se chamava World of Warcraft.

Não sei nem onde começar a falar disso, e tenho tanto, mas tanto a falar disso, que creio eu que não deveria falar disso aqui, neste capítulo em especial, pois irá se tornar algo muito, mas muito extenso mesmo. Quem me conhece e quem conhece o jogo em questão sabe do que estou falando. Tornarei a este assunto em breve, pois a coisa está fervilhando na minha cabeça por todo este ano de 2009, ano em que resolvi dar um tempo na coisa, que nunca havia deixado de ser parte(importante) de minha vida desde aquele feriado do dia 12 de Outubro de 2006. Prometo que falarei na coisa com mais detalhes eventualmente.

Em retrospecto, acho interessante até para mim mesmo ter escrito todo este texto a respeito da suma importância que estes artigos modernos de entretenimento repreentaram e representam para mim até hoje: pois eu nunca, em nenhum momento de minha vida deixei de ser o que sou: um gamer. Um viciado em jogos eletrônicos, um nerd, um geek, seja lá quantas denominações existem para estes termos.

Neste passado fim de semana eu tive um exemplo claro do quanto isto é intrinseco à minha pessoa: passei todo o tempo ali, reunido com meus amigos, jogando joguinhos numa mini-rede e me divertindo horrores. E me fez muito bem fazer aquilo. E quanto mais paro pra pensar, mais vejo que a coisa realmente faz parte de mim, e sempre fará parte de mim, por mais que eu queira negar ou queira mudar...se é que é isto é necessário mesmo. Ou mesmo possível.

Pois, quanto mais o tempo passa, mais eu quebro e quebro minha cabeça tentando encontrar um ponto de equilíbrio em minha existência, por assim dizer, um objetivo de vida, sei lá. Um propósito maior, coisa assim. E quanto mais o tempo passa, quanto mais eu tento me desvencilhar disto, mais em me agrido, mais eu me machuco. Não sei bem explicar: talvez alguns de meus compatriotas tombados no dever de serem apreciadores destas coisas saibam do que estou falando.

De fato, creio eu que sempre me refugiei em tais ambientes virtuais ao longo de minha vida, mais por tentar...não sei bem dizer, fugir das coisas que não entendo, que não aceito.

Isto é a definição clássica de um viciado.

Encontrar refúgio em algum lugar que é à parte da realidade. Que não existe fora da caixinha do computador, do console. E estar à parte da realidade é tentar fugir dela, mas é algo que não pode ser executado. Não sem consequências: não se pode fugir da realidade. Mas o que representa arealidade para uma pessoa como eu, que reclama de tudo e de todos, que não concorda com o mundo, que se sente tão à vontade no mundo quanto um cara de 2 metros e vinte de altura se sente viajando na classe econômica em um avião da GOL.

E o que isto significa? Que sou uma aberração, que sou um sociopata? É um imenso paradoxo na minha vida: tento afastar-me das coisas virtuais, mas por mais que tente, não consigo me desvencilhar do fato que não consigo me integrar ao mundo, pelo menos não da maneira que as pessoas ditas "normais" o fazem; não da maneira que a sociedade de mim o exige.

E arrisco-me a afirmar que todas, TODAS as pessoas tÊm suas maneiras de se desvencilhar da realidade, assim como eu. Elas apenas têm formas difertentes de o fazer: torcer para um clube de futebol....acompanhar uma novela, um seriado de TV...assistir filmes....até mesmo ler livros. Existem pessoas que fogem do resto se afogando em serviço, se matando de tanto trabalhar para uma empresa que não estará nem aí para tal pessoa quando esta sofrer um ataque do coração devido ao stress gerado por se imergir tanto no compromisso assumido com o dito profissionalismo.

Não creio que minha analogia é de todo incorreta, se você parar para pensar, e se você possuir um pouco de inteligência e senso comum ao fazer tal analogia. Proponho o seguinte exercício: pare para pensar e anlise suas atividades. Pago para ver se existe alguém que não possua uma atividade que vos desligue de seus problemas, de sua realidade, por assim dizer. Pare e pense, cuidadosamente. Você pode se refugiar de maneira semelhante à deste malfadado nerd que vos escreve, em atividades até inusitadas, como tricô...jardinagem...esportes...coleção de selos...montagem de miniaturas...e tanta e tantas e tantas outras. Para a galera que me conhece por outra dita afinidade, fiquem sem desenhar por um mês. Quero ver.

Enfim, este texto, este relato, de qualquer maneira, não me traz nenhum alento, em especial nesta data de hoje, em que chego à conclusão que daqui não sairei....deste meu corpo, desta minha mente. Destes meus hábitos, deste meu mundo. Não sei o que dizer, o que pensar. Apenas que por mais que tente, não encontro alento nem solução em mais nada que faço.

E sinto imensa falta de fazer aquilo que tenho afinidade em fazer. Logo...não sei bem o que dizer.

Sei que algo se aproxima, por mais que me sinta meio estranho em fazê-lo...acho que não dará em outra.

Um humano, alienígena em seu próprio planeta, em seu próprio habitat. Me sinto tão confortável aqui quanto me sentiria em Vênus, em Alpha Centauri, no caralhoplano que seja.