Cá estamos, menos um finds, mais uma semana. E sendo de praxe como sempre tem sido, hoje seria mais um dia de fazer um retrospecto das atividades do receso semanal que a nós todos é ofertado, dignado por leis e anos e anos de luta entre classes e blah-blah-blah. Pois sim, o fim de semana é de fato uma data muito especial para todos nós que trabalhamos. Afinal, sempre é bom poder ficar em casa, se levantar preguiçosamente quado bem entedermos, quando bem desejarmos. E atender a atividades que não necessariamente podemos fazer em dias normais da semana, com nossas sub-rotinas trabalhistas e, digamos responsáveis.
Pois bem, este fim de semana planejava eu ter com meus compatriotas de banda, fazer algum barulho e ainda comparecer a uma festa de aniversário de um amigo meu, evento este muito famoso devido à presença de caldos típicos destes dias de invernos que só a mãe dele sabe fazer. Em 2006 ou 2007, um destes dois anos, compareci a uma festa de igual teor em suas casa e desde então vinha sempre sonhando com tais caldos. Caldos de feijão e mandioca nesta época sõa extremamente bem-vindos, ainda mais se tratando das iguarias feitas por tal pessoa. E ela faz um caldo de batata, uma coisa que nunca havia experimentado antes, mas que aprovei com louvores. Sim, desde aquele ano remoto eu sonho com a possibilidade de voltar a provar tais coisas, mas não tive muito sucesso em minhas campanhas em prol da volta da festa de aniversário do Felipe, o Tai de Tunddras, regadas a caldos mutiplamente suntuosos.
Entreteanto, neste ano, minhas preces foram atendidas e fui convidado para mais uma festa de tal categoria, com tais comilanças à disposição. Então, estava tudo bem, tudo correndo bem. Teríamos o ensaio de barulhos diversos e posteriormente iríamos deslocar-nos para aquele fim de mundo, a fim de encontrar-mo-nos com nossos compatriotas, degustar de bons caldos e gozar de boa conversa até onde fosse a noite.
Entretanto, sempre afirmei que a vida tem destas coisas, estas surpresas, estes imprevistos que a tanto parece divertir a alguma audiência oculta em nossas vidas. Parece que para efeito tragicômico, estas surpresas têm de acontecer conosco. Não sei bem por quê, mas como já disse anteriormente, desconfio muito. E então, vi-me desprovido de tudo que havia planejado até então. Tive que reformular todos meus planos e deitar por terra tudo que havia planejado até então. E sob amargas circunstâncias, para se dizer bem o mínimo.
Estamos todos sujeitos a tais desventuras, infelizmente, pois nada é muito previsível nesta vida. E devo admitir, que de alguma forma eu esperava o inesperado que me aconteceu na data em questão, muito graças à meu eterno pessimismo. Sim, eu esperava a visita inesperada por ser pessimista. Tipo aquele pensamento casual que temos por vez ou outra: "Só falta essa pessoa por cá aparecer bem neste fim de semana". Nestas horas, parece-me que para reforçar o efeito sitcom celestial da vida, o "comedic timing" resolve aparecer com força. Explico este lance, sendo aquele momento típico de filmes tipo pastelão ou mesmo histórias em quadrinhos: acontece uma merda com os protagonistas, e um deles, tentando bancar o otimista diz casualmente, "Ao menos, o que mais poderia acontecer? Não pode ficar pior."
Sim, pode. Sempre pode.
Cito aqui outra derivadada lei que rege o universo, a saber, a lei de Murphy: "Nada é tão ruim que não possa piorar." Sim, bem verdade. Tenham em mente sempre este preceito.
Enfim, estou soando amargo por ter sido agraciado com algo que a muitos poderia ser enxergado como uma benção. Mas não foi muito o caso, como podem ver. E me espanto muito da forma como a vida anda em ciclos. É muito circular a lógica da vida. Parece que nada muda mesmo, que parece que está tudo indo pra outra direção...mas acabamos sempre voltando ao início, ao princípio, ao começo de tudo.
É como se eu tivesse voltado a 1993. Um ano que ficou marcado em minha vida, positivamente em alguns aspectos...e extremamente, muito, mas mesmo muito, muito, negativo em outros aspectos, estes mais do âmbito pessoal e familiar.
E não quero isto, nunca quis. Mas, como não mandamos em nada quando estamos diante de tais circunstâncias...Aguentemos até onde tivermos forças. E vamos ver no que vai dar.