segunda-feira, 20 de julho de 2009

Segundal, seconal.

Existem dias, de fato, mais pesados que outros. Pelo menos, assim me parece, em dias como este prelúdio da semana que agora se inicia. E dias como este simplesmente parecem-me repreentar um intervalo entre dias corridos, sem muitas coisas de fato a fazer ou a serem realizadas.

Sim; o fim de semana deveria ter sido muito mais do que foi, ao menos em planos prevamente estabelecidos. Mas creio eu que por vezes, excesso de confiança nas coisas é brindada com não-acontecimentos, em uma bizarra lógica do universo. Nunca entendi tal lógica, mas parece-me que quando fazemos planos baseados em coisas que já tomamos por garantidas, às vezes significa dar de cara com o não-acontecimento das mesmas. Como se estivéssemos a tratar o porvir com arrogância desmedida, algo assim. Creio eu que de fato ocorreu algo assim no meu planejamento semanal para o fim de semana que acabou de se encerrar, e creio que mais uma vez foi por minha única e exclusiva culpacidade, se é que tal coisa ocorreu ou se tal palavra de fato realmente consta por aí em algum dicionário.

Se por minha culpa de fato o foi, eu lamento, mas ao mesmo tempo fico satisfeito ao constatar que por vezes, mesmo quando algumas coisas dão errado, outras inesperalidades acontecem para tornar-nos mais um tanto menos descrentes em relação às coisas em si mesmo.

E começando a semana em dizeires crípticos não irá-me levar a lugar algum além da iminente coceira indefinida no coco. Pois bem, uma visita que iria acontecer no fim de semana não houve, mas em seu lugar houve outra visita, esta muito mais inesperada, de amigos que há muito não ali apareciam. Bem-vindos o foram, bem vindos o sejam. Pois eu sei que por mais que não seja exatamente caloroso em meu dia a dia, aprecio bem visitas de pessoas a quem tenho algum apreço, ainda mais em um fim de semana que já prometia passar em branco quanto à presença de terceiros à minha casa.

Não houve barulho fraternal, mas houve sorvete. Sorvete sempre é motivo para entusiasmo. Conversas há muito esquecidas, fatos há muito vivenciados, mas ainda assim bons de serem rememorados. Café, muito café, para sempre café, acompanhado de amigos e sorvetes. Não muito mais posso pedir para um final de tarde agradável, ainda mais se tratando de um fim de semana que já havia sido regado por mesquinhezas de menor porte, bobagens que todos cometemos e que sempre estamos sujeitos a receber, quando menos esperamos.

Assim é a vida. Esperemos que em esta semana os autores de delitos relacionados ao convívio, à amizade em si possam relevar estas pequenas bobagens e conciliar-se em rituais de sons e pancadas ao pé do tambor.