quinta-feira, 30 de julho de 2009

Tempo e comida.

Sono, sono. Às vezes, parece que as manhãs têm todo um peso em especial. E não importa o tanto que você tenha dormido. Todas as manhãs em que saio da cama antes das 7 eu fico catatônico por alguns instantes enquanto tento sair da cama. E bem sei que devo fazê-lo o mais rapidamente possível, pois se voltar a dormir, com certeza acordaria desesperado com uma hora de atraso. E sair correndo pela manhã não é uma boa opção para quem não deseja um dia problemático em excesso.

Creio que o horário de serviço neste país devesse mudar, de fato. Não falo nem das seis horas de jornada de trabalho que estão alardeando em televisões e panfletos jornalísticos por aí, mas sim de um horário menos chato para se acordar. Por que de fato, antes das nove ninguém funciona muito bem. Tá certo, conhecendo a índole tropical deste país, logo logo diriam que as nove é muito cedo, tinha que ser às dez, depois puxariam para onze e por aí vai. Mas de fato, se o horário oficial de serviço comecasse Às nove, creio que aproveitaria melhor minha manhã.

Mas eu digo isto pensando em valores internacionais também, eu que vivo a ler e reler muito material norte-americano na internet, acabo assimilando algumas coisas da culturadeles. E pelo que sei, eles têm jornada de nove às cinco. Bem diferente daqui, mas tembém temos que levar em conta as diferenças culturais neste caso.

Ficamos horrorizados quando discutimos o suntuoso café da manhã deles, mas o esquema lá é bem diferente pelo que vejo. É como se eles invertessem algumas coisas, a começar pelas refeições. Aqui, comemos relativamente pouco pela manhã e nos empaturramos no almoço. Ora, depois de comer uma refeição como um almoço farto, geralmente ficamos com sono, prostrados. Daí é mais conveniente ter um horário de almoço maior para digerirmos melhor. O horário de almoço deles é que consagrou o fast-food per se. Realmente têm de ser rápidos. E creio que comer isopor não dá tanto sono quanto encher a pança de feijoada. Ou, fazendo referência a um fast-food tipicamente brasileiro...se eu encher a pança de pão com linguiça, creio que eu só desejarei dormir e dormir à tarde.

Eu não sei como reagiria a um almoço pela manhã e um lanchinho no almoço. Muita comida de manhã faz-me mal, ainda mais coisas gordurosas. Mas talvez seja mais questão de hábito também, não sei dizer. É difícil supor coisas separadas por questões culturais.

Mas sinceramente, eu preferira ter menos que DUAS inúteis horas de almoço. Eu preferia ter apenas uma, que fosse, e sair daqui uma hora mais cedo. Ou começar uma hora mais tarde com uma hora a menos de almoço. Mas, como somos todos apenas peças de reposição para os senhores donos de nós, os senhores donos de escravos assalariados que somos e que o partido comunista realizará...epa, o que diabos é isso? Cale-se, insone Buriol.

Na verdade, eu queria só cumprir horas, não ter que atender o esquema burocrático de ter que registrar horário, cumprir carga horária sem necessariamente executar serviço por si. Mas creio eu que este tipo de política só acontece em empresas culturamente diferentes por assim dizer. Talvez em outro estado(frase citada por um ilustra anônimo para citar nosso estado e nossa cidade: "só tem ROCEIRO nessa MERDA!"), em outro país, as coisas não funcionem assim.

Mas estes epnsamentosdissolvem-se na teia de nossos afazeres diários, nesta cidade, neste estado, neste país. E não adianta ficarmos na imaginação. Muitas vezes achamos que a tal "vida fora deste país" seja uma maravilha, mas ao chegar nossa vez de realmente vivenciar a coisa, surpreendemo-nos com o quão errados estávamos. E temos saudade da nossa bosta de cidade, naquela merda de estado naquela josta de país.

Não sei. Nunca saí de nossas fronteiras, então só sei o que me contam da vida lá fora. E de fato, o que contam pode ser mentira ou exagero. Eu não sei. Eu até pretendia sair do país em alguma altura da vida, mas ainda estou muito, mas muito longe de realizar tal coisa. Há que ser economicamente mais viável para se ter com estrangeiros, ao que me parece.

E não escrevi nada que presta hoje. Bem vindo à esta manhã de quinta feira. E até amanhã.