quarta-feira, 30 de setembro de 2009

Tempus fugiti.

Tempo. Tempo, temporal. Ele passa, nós passamos, tudo passa, nada fica. E por ora, vamos passando, juntamente, todos juntos, erroneamente de mãos dadas com este sujeito, o Tempo. Não há nada de menos agradável que permanecer junto do Tempo, por muito tempo. Sempre acabamos ficando para trás, enquanto ele segue, sempre seguirá.

E o Tempo faz outras coisas engraçadas à gente, além da cruel ironia do Sarcastisticus Celestius, a quem o tempo não existe - o Tempo nos deixa cada vez com menos tempo, menos amigos, masi rugas, menos funcionalidade...

Mas o Tempo, ele nos traz algumas prendas, ainda que poucas. A madureza. A sabedoria. O saber. O ter. Ter? O quê? Tempo? Sabedoria? Madureza? O que é isto para pequenas pulgas que não passarão de meros milésimos de centésimos de milionésimos de segundos para o Tempo em si, para o mundo, para o universo?

Tempo. Mano velho o caralho. Velho, sim; decerto. Mas amizade com o Tempo não dura muito tempo Ele passa, nós passamos. Mas ele passará, nós ficaremos. Enterrados. Sepultados. Para sempre paralisados. E Ele, Ele continuará passando. Trazendo segundos, horas, momentos, semanas, meses, anos. E ao mesmo tempo que o Tempo traz, ele tira-nos. Tempo. Minutos. Segundos. Momentos. Horas e horas, anos e anos.

Passe, Tempo. Passe, que ninguém conseguirá segurar você. Ninguém conseguirá mudar o que é trazido, o que é tirado. Elas por elas, ele por Ele. Eu ficarei. Eu fico. Você ficará, vocês ficarão, nós ficaremos.

O Tempo, passará.