quinta-feira, 18 de março de 2010

Humor e saúde.

Ah, mais uma manhã. E cá estou sentado à minha mesa, com sanduíches de peito de peru defumado e uma bela coca-cola, quase trincando de tão gelada. Desde ontem à noite eu já havia resolvido que o café matinal seria mais criminoso, em um ato premeditado de auto-indulgência. Sim, ontem eu me propus fazer tal agrado devido ao meu estado deplorável de humor que de mim havia se apoderado durante boa parte desta semana.

Esta rabugentice, creio eu ter sido causada por uma série de fatores no decorrer desta semana, mas creio que minhas complicações de saúde surgidas nesta semana foram fatores chave para a instauração da personalidade de Austregésilo de Lousa em minha pessoa. (Quem? Não se preocupem, creio que eventualmente vocês irão conhecer mais este personagem.)

Mas acontece, ao menos comigo, de ficar extremamente irritadiço e resmungão quando estou com estas picuinhas de saúde aflorando, impedindo-me de realizar minhas tarefas mais básicas. Creio que a chuva reinante também contribuiu para o acúmulo de reumatismos imaginários nesta pessoa de 33 anos físicos e 1500 anos de pessicológicos anos em sua cabeça, mais dura que uma montanha de gnaisse.

Algumas vezes, acontece de sofrermos com a saúde devido ao nosso estado psicólogico, como naquelas semanas extremamente estressantes que nos conduzem a uma semana conseguite de gripe, ou outro tipo de mazela menor qualquer. Bem sei que tais coisas existem e já fui vítima de tais aconteceimentos, mas não foi o caso desta semana de má saúde, uma vez que, conforme pode ser lido em postagens anteriores, o final de semana passado foi muito legal e muito relaxante.

Ah, este Buriol, sempre teorizando sobre coisas que ninguém se importa. Ao menos, não tanto quanto eu, que não sei por que cargas d'água me importo com estas trivialidades. Mas sou assim, este investigador de coisinhas. Acho que eu sempre quis saber como as coisas acontecem, para melhor executá-las, para otimizar minha vida, por assim dizer. Eu me perguntava isto de manhã mesmo, ao arrumar minha cama. Não sei por que me pus a pensar em como para algumas pessoas o simples ato de cortejar uma mulher é a coisa mais natural do mundo, e para mim é esta eterna incógnita. Aí comecei a pensar se não haveria alguma metodologia oculta que eu pudesse aprender e pôr em prática para que finalmente eu pudesse fazer tal coisa, para mim tão inexequível.

Evidentemente, me pus a rir logo em seguida. Tá bom viu. Metodologia para tal coisa. Certo, certo, Buriol. É por aí mesmo.

Mas enfim, o café da manha auto-indulgente me fez bem, estou me sentindo melhor hoje e...aconteceu algo hoje pela manhã que me pôs a pensar se teria algum significado especial, algo que algum dia me lembrarei como se fosse um momento especial de minha vida. Não sei dizer, mas que muito me espantou, isso eu posso afirmar com certeza. Creio que no final de contas não será nada de mais, mas mesmo assim foi algo que me pareceu bem adequado à manhã de hoje, com tantos pensamentos inúteis sobre este aspecto misterioso da vida que é o cortejo humano. Ser um macho ômega me instruiu que deverei ser sempre um resmungão e não crer em milagres, mas o que aconteceu hoje pode ser visto como um milagre...se o macho envolvido na questão for um desses que é mesmo abaixo de ômega. Se é que isto é possível.

Estou fazendo algum sentido na crônica do dia? Não? Não se preocupem. Se me conhecem, podem me perguntar ao vivo em alguma ocasião qualquer aí. No momento, irei devorar mais um sanduíche e achar doido. Hoje começou bem o dia.

Senão vejamos o que vem a seguir.