segunda-feira, 22 de março de 2010

Soam ressoam soantes sonoros soações soadas.

Quem foi o sádico que inventou as segundas feiras?

Caminho por entre os detritos restantes de todas as batalhas decorridas no breve intervalo da vida moderna para o descanso dos homens modernos e alforriados, ainda que atados aos mais diversos grilhões, sejam eles de ferro ou de papel, todos nos atrelam à vida, este pequeno tijolo que nos é confiado assim que aqui passamos a existir.

O que tens feito com seu tijolo? Saiba que esta pequena peça de alvenaria que carregas convosco pode significar muito não somente para você, detentor da peça em si, mas para a vida de outrem ao vosso redor. Somos todos peças de uma estranha construção, e por vezes parece que a construção está demorando mais do que deveria, ou que seu tijolo em si não encaixa em lugar algum...que a peça está defeituosa.

Assim pensei eu a caminho para meus grilhões modernos, escravos todos que somos da vida. E assim como os demais, carrego eu meu pedaço de construção, sem nem ao menos ainda saber para que o tenho em mãos ainda, e onde diabos tal peça irá encaixar.

Mas pensemos em outras coisas. Como existem divesidades em coisas a se pensar. Afastemos as indagações inúteis de gênero A, e pensemos em platitudes B, que são um tanto mais amenas. Há quanto tempo aquele vasilhame de iogurte ali está encaixado àquela árvore? Quem o pôs ali, e há quanto tempo ali está? Quanto tempo ali ficará?

Ao redor, as briófitas resplandecem e lembro-me que nada é mais óbvio, dado o volume mais inusitado de pluviométircas precipitações que ainda estão a ocorrer com frequência ainda cada vez mais frequente neste mês de Março, onde já avistamos Abril e não mais pensamos em Fevereiro. Chuvas, água, todos precisamos da água para a reprodução, de certa forma é ainda a constante de toda a vida. Toda a vida, de certa forma. Água.

e o que nos diferencia enquanto vida em si de tais verdes plantinhas inúteis, tão dependentes de água como o são os musgos? O que nos aproxima é o que nos afasta? Por que dizes assim, quem quis que fosse assim?

Quem entende tudo que se passa? Quem quer entender? E por que certas pessoas têm que ser eternas insatisfeitas, com tudo e todos, de tal forma tão agressiva, tão paralisante, tão....idiota? Inútil? Enervante?

Hoje sabes oque sabem todos e que nem sempre acreditam, ainda assim. E ainda assim queres saber mais e mais. E me pergunto por que queres tais coisas, o que queres saber agindo assim. Quem quer saber?

É segunda. Estou aqui, mas em verdade estou ali, a dormir muito e muito. E lá está também meu cérebro, cansado órgão pensante e ululante passante que tanto se põe a perguntar e digitar inúteis têxteis por mim tecidos neste tear digital que é este teclado e suas tantas infêmias aqui já ditas e escritas e descritas e....

A hora. Bate e soa, ressona e ressoa, e o tempo, tique e taque, é hora de daqui me mandar, para de fato ali existir a fazer coisas com que justifiquem meu pagamento existencial de aqui estar.