Hoje pela manhã, inadvertidamente criei uma baderna na padaria que costumo frequentar todas as manhãs em busca do pão meu de cada dia. Já havia apanhado minha dupla de franceses, um bolo que costumo comprar às vezes para o café daqui do escrotório, e...olho para o lado de fora do estabelecimento e avisto um mendigo...daqueles que geralmente se posta à porta destes locais e fica acossando as pessoas que estão no caixa para que lhes dê algo. Mas este carregava estampada em sua cara algo que não me agradava. Como se diz, o santo dele não batia com o meu, ou no mínimo tinha a nítida sensação que não devia dar nada a ele.
Fui para o caixa, comecei o processo de pagar, aliviado pelo fato do cara ter sumido momentaneamente, mas do nada ele reaparece. Como é de praxe, estava eu com os ouvidos ocupados pela música, e quase não entendi o que ele disse. Algo como "me paga um pão com ovo aí moço." Hesitei. Maldito coração mole, me fez com que eu pedisse para a caixa para atender o pedido do cara. Afinal, eu poderia estar errado sobre o cara: a fome e a miséria podem fazer uma pessoa ter mau aspecto e poderia estar enganado, quem sabe?
Acho que não. A baderna começou aí, pois a outra caixa, que presumo ser uma das ditas "chefes" ou mesmo a dona da padaria, armou uma confusão com o cara, não queria deixar ele sequer entrar ali. E pelo que consegui entender através do Faith No More em meus ouvidos, me recriminou por ter atendido o pedido do cara. A caixa que me atendia estava toda sem graça, me passou a fichinha do dito lanche, e fiquei com aquilo na mão. A "chefe" foi atrás do outro cara que presumo ser dono ou sub-chefe, que seja, da padaria, e o cara estava lá fora, me olhando. Estendi a nota para ele, e ele tomou-a, sem nem me olhar na cara e me agadecer.
Presumo que meu instinto estava certo. O cara deve ser desses que só causa problemas. Dava para ver na falta de humildade mesmo que ele "pediu" a coisa. Quase exigindo mesmo.
Estas coisas são complicadas. Em geral, fico com vontade de dar alguma coisa para aqueles que me parecem ser sinceros, que estão realmente implorando por uma ajuda qualquer. Conheço pessoas que nunca dão nada: "eu não tenho filho desse tamanho!" e frases do gênero sempre estão entre as justificativas, mais que justas, creio eu. Afinal de contas, quem somos nós para tentar resolver todos os problemas dos outros? "Quase não consigo resolver os meus!"
Certo, certo. Eu mesmo falo isso de tempos em tempos mas tenho essa fraqueza de quando em vez, de querer ajudar. Mas existem também umas pessoas que são golpistas profissionais: fazem pose de coitadinhos, exibem alguma conta de remédios, de luz que está vencendo e que vão cortar, e que eu "vim duma cidade do interior, me roubaram e agora não tenho dinheiro para pagar a passagem de volta", et coetera ad infinitum.
Já vi todos estes em ação nas ruas. Tinha uma dona meio gorda que uma vez me interpelou no centro, exibindo a tal conta de água e que blah blah blah. Fiquei tocado, mas não dei nada, uma vez que realmente não tinha nada além do essencial para a minha condução. Já cruzei com esta mesma dita em vários pontos da cidade, e ela sempre vem com a mesma conta e a mesma história. É uma das tais profissionais do ramo. Ultimamente, eu a rechaço com agressividade, uma vez que este tipo de coisa me enerva bastante.
Sei que existem os que são sinceros, ou pelo menos eu ACHO que eles existem no meio de tais pedintes, mas é difícil de acreditar com 100% de convicção, hoje em dia. Deve ser barra viver uma vida dessas, eu sei. Mas quem sou eu para resolver os problemas deles. Conforme dito, eu não resolvo nem os meus, caralhe. Dizem que é o discurso padrão dos que não tão nem aí, mas...ah fazer o quê.
Outra coisa que estou constatando aqui...ontem foi o aniversário desta coisa aqui, propriamente dito, e nem me lembrei. Oh pobre brog, seu pai nem lembra de seu aniversário. Fique assim não, eu prometo escrever e escrever, sobre abobrinhas e abobrões, sobre isto e aquilo. Até quando? Espero que seja por muito muito tempo, "muitos anos de vida!" por assim dizer, né.
E que venha o semana-fim porque eu tô cansado!
Fui para o caixa, comecei o processo de pagar, aliviado pelo fato do cara ter sumido momentaneamente, mas do nada ele reaparece. Como é de praxe, estava eu com os ouvidos ocupados pela música, e quase não entendi o que ele disse. Algo como "me paga um pão com ovo aí moço." Hesitei. Maldito coração mole, me fez com que eu pedisse para a caixa para atender o pedido do cara. Afinal, eu poderia estar errado sobre o cara: a fome e a miséria podem fazer uma pessoa ter mau aspecto e poderia estar enganado, quem sabe?
Acho que não. A baderna começou aí, pois a outra caixa, que presumo ser uma das ditas "chefes" ou mesmo a dona da padaria, armou uma confusão com o cara, não queria deixar ele sequer entrar ali. E pelo que consegui entender através do Faith No More em meus ouvidos, me recriminou por ter atendido o pedido do cara. A caixa que me atendia estava toda sem graça, me passou a fichinha do dito lanche, e fiquei com aquilo na mão. A "chefe" foi atrás do outro cara que presumo ser dono ou sub-chefe, que seja, da padaria, e o cara estava lá fora, me olhando. Estendi a nota para ele, e ele tomou-a, sem nem me olhar na cara e me agadecer.
Presumo que meu instinto estava certo. O cara deve ser desses que só causa problemas. Dava para ver na falta de humildade mesmo que ele "pediu" a coisa. Quase exigindo mesmo.
Estas coisas são complicadas. Em geral, fico com vontade de dar alguma coisa para aqueles que me parecem ser sinceros, que estão realmente implorando por uma ajuda qualquer. Conheço pessoas que nunca dão nada: "eu não tenho filho desse tamanho!" e frases do gênero sempre estão entre as justificativas, mais que justas, creio eu. Afinal de contas, quem somos nós para tentar resolver todos os problemas dos outros? "Quase não consigo resolver os meus!"
Certo, certo. Eu mesmo falo isso de tempos em tempos mas tenho essa fraqueza de quando em vez, de querer ajudar. Mas existem também umas pessoas que são golpistas profissionais: fazem pose de coitadinhos, exibem alguma conta de remédios, de luz que está vencendo e que vão cortar, e que eu "vim duma cidade do interior, me roubaram e agora não tenho dinheiro para pagar a passagem de volta", et coetera ad infinitum.
Já vi todos estes em ação nas ruas. Tinha uma dona meio gorda que uma vez me interpelou no centro, exibindo a tal conta de água e que blah blah blah. Fiquei tocado, mas não dei nada, uma vez que realmente não tinha nada além do essencial para a minha condução. Já cruzei com esta mesma dita em vários pontos da cidade, e ela sempre vem com a mesma conta e a mesma história. É uma das tais profissionais do ramo. Ultimamente, eu a rechaço com agressividade, uma vez que este tipo de coisa me enerva bastante.
Sei que existem os que são sinceros, ou pelo menos eu ACHO que eles existem no meio de tais pedintes, mas é difícil de acreditar com 100% de convicção, hoje em dia. Deve ser barra viver uma vida dessas, eu sei. Mas quem sou eu para resolver os problemas deles. Conforme dito, eu não resolvo nem os meus, caralhe. Dizem que é o discurso padrão dos que não tão nem aí, mas...ah fazer o quê.
Outra coisa que estou constatando aqui...ontem foi o aniversário desta coisa aqui, propriamente dito, e nem me lembrei. Oh pobre brog, seu pai nem lembra de seu aniversário. Fique assim não, eu prometo escrever e escrever, sobre abobrinhas e abobrões, sobre isto e aquilo. Até quando? Espero que seja por muito muito tempo, "muitos anos de vida!" por assim dizer, né.
E que venha o semana-fim porque eu tô cansado!