quinta-feira, 14 de janeiro de 2010

Isquáineti, II.

Ontem foi tudo caótico aqui, devido à crise do servidor, que ainda se arrasta e avassala tudo e todos desta empresinha. Um servidor quebrado incomoda muita gente, dois servidores quebrados incomodam muito mais. Sim, a coisa vai mal, e sendo eu parte(quase inútil) de uma suposta "equipe" de TI daqui, estou trabalhando enquanto ninguém trabalha por conta da paralisia das máquinas que teimam em ficar rebeldes. Enfim, ao menos faço alguma coisa ao invés de somente existir aqui dentro...

Minha sorte ontem foi que como o caos aqui no dito escrotório central, tive que ir com o meu chefe aqui lá pros lados de Itabirito para trocar a fonte de um computador do segmento "prejuízo eterno" ou "elefante branco" da Funchato Ltdadíssima, mais conhecido como a estufa de tomates hidropônicos, localidade que só dá prejuízo e muito trabalho. Enfim, cada um gasta seus milhões de reais, dólares e/ou euros da maneira que lhe convir.

Bem, tive que ir lá, e trocar a fonte é uma tarefa simples, então, depois de uns cinco minutos, fiquei ouvindo as fofocas da atendente/recepcionista/agente pessoal/secretária/digitadora/contadora/etc. et. al. daquele local. Evidentemente, tentei me esquivar ao máximo de entrarna rede de intrigas por ela tecida. Se tem coisa que sei que é fria, é se adentrar nessas confusões existentes em qualquer empresa, seja ela privada, pública ou púbica. Fiquei só ouvindo e tentando ignorar, enquanto os peixes grandes se reuniam e riam à toa em outra sala.

Um pouco mais tarde, tivemos que ir para Itabirito em si, pois o chefe prcisava passar no IMA, coisa que nem tenho idéia do que seja, mas desconfio que seja algo relacionado ao comércio e transporte de gado. No caminho, paramos em um local modesto para almoçar, ali mesmo no Aphavella, ou Alphaville, que seja. Comida farta e muito boa, e ainda por cima por conta dos escravocratas?? Enchi o prato, comi e bebi, do bom e do melhor. E o almoço foi muito mais do que somente saboroso. Aquele local, como todos sabem, é para poucos, e suas instalações eram muito aprazíveis, a vista legal, e mesmo com o calor todo que estava fazendo, havia uma brisa bem legal ventando por ali. Me fez lembrar de outros verões, há muito extintos, em que almoçava às beiras do oceano, em uma varanda que é simplesmente o melhor lugar do planeta Terra. Sinto saudade saudável daquilo. Bons tempos, muito bons, de fato.

Depois do almoço, fomos para Itabirito. Já havia ouvido dizer que era uma cidade feia até mandar parar. Blah. Esse povo fala demais. Já vi bibocas muito mais horrendas que o centro de Itabirito, mesmo aqui nessa joça de BH, que eu particularmente acho uma cidade bem fudida. E Itabirito tem seu charme, com suas casas morradas e ruas estreitas. Nada de mais, admito, mas não é esse inferno que haviam me falado. É uma vida devagar, devo admitir. Uma coisa bem diferente da selva que é nossa capital - que diz a lenda não ser NADA perto de algo como São Paulo. Confesso que senti falta de uma vida pacata como aquela, sem toda a correria típica de cidades grandes. Eu, que já morei num "buraco" semelhante a Itabirito(inclusive na aparência), em Jõao Monlevade. Era bem parecido.

Mas, sempre há um porém. Tive a nítida sensação, no entanto, que o esporte local é a fofoca, coisa típica de cidades do interior. Todos conhecem a todos, e por consequência, todos falam de todos. Como bem sei que não sou nenhum santo(ani-tofu), sei que provavelmente passaria raiva com a língua alheia. Enfim.

Ah, o caos, ele se manifesta em diversas formas. Aqui, se faz forma em telefonemas de pessoas irritadas que querem que eu instale o orkut em seus computadores, ou coisa assim. Enfim, devo então interromper minhas elucubrações sobre a platitude da vida muderna, e tornar às funções de um semi-funcionário do TI desta empresinha.

É a vida. Vamos lá.