Hoje estou um tanto quanto aborrecido, por conta de uma besteira que me ocorreu ontem. Quase fiz greve de texto hoje, mas creio que não devo agir de tal forma diante das adversidades. Para melhor explicar meu caso, vou voltar um bocado no tempo...
Vocês se lembram da escola? De uma disciplina chamada português? Ou língua portuguesa, algo que o valha. Geralmente tínhamos também a disciplina denominada redação, que às vezes vinha vinculada à aula de português, mas que também ocupava seu lugar próprio, como disciplina isolada. Enfim. Eu até gostava desta matéria, uma vez, que, como pode ser percebido aqui, eu acho legal escrever.
Mas sempre ou quase sempre eu me dava mal nesta matéria. Não pelo conteúdo das histórias por mim narradas, mas por outros motivos, creio que dois, em verdade: um - sempre arrumavam temas muito ruins dese desenvolver alguma redação...e dois, as malditas regras oriundas à língua em si me ferravam. Sempre. E as professoras em geral eram aquelas senhoras mau-humoradas e pouco prestativas; pouco professoras, por assim dizer.
Creio que por conta disto, muitos escritores em potencial encheram o saco e foram tentar outras praias, outras áreas, outras matemáticas e físicas por aí. Eu mesmo, fui procurar na biologia algum alento.
Eu sempre gostei de ler, e já gostava de escrever, ainda que na forma quase anônima de emails para amigos. Emails quase épicos, de páginas e páginas, em geral procurando rebuscando o português de forma hilária, uma vez que meu interlocutor preferido era um de meus melhores "chatos preferidos"(amigos), adevogado de profissão e sarcástico por natureza. Divertia-me horrores escrevendo aquelas coisas.
Arrisquei mesmo, por vezes, escrever para mim mesmo algumas histórias maiores, em geral tecladas aqui mesmo neste prédio em que me encontro, pois antes de 2004(antes da malfadada incursão ao submundo das "artes") eu trabalhava aqui, fazendo basicamente o que faço hoje, e tendo muito tempo livre porém não tão livre assim para fazer o que gostaria de fazer. Mas eu podia disfarçar digitando tais histórias. Creio que amadureci, de certa forma, minha maneira de escrever, e como não precisava responder nem a uma professora de português nem agum editor qualquer, eu tinha liberdade.
Bem, voltando ao presente, este meu cantinho de escrevinhações já está quase fazendo um ano. Estou sempre fazendo força para escrever sempre, e este ano estou tentando me conter para não tornar isto aqui um mero mural de lamentações de um cara como eu.
Aí, na data de ontem, um de meus chatos preferidos me manda um email, com regras do bem escrever. Algo assim. Li a coisa, achei bem válido e bem-escrito, mas de cara descartei aquilo como necessariamente regras - coisas que DEVEM ser seguidas à risca. Meu interlocutor não concordou de forma alguma, até se exaltando na discussão que se seguiu. E evidentemente, fiquei a remoer a coisa, que me roía por dentro feito cupins em madeira fraca.
Evidentemente, sei que o caso é diferente. Não estou eu, neste meu humilde blog, tentando escrever um best-seller, nem estou fazendo nenhuma prova de português para o derradeiro suspiro de renúncia de todo profissional diplomado porém desempregado em sua área específica(veja também: concurso público).
Sei que se estivesse sendo publicado em alguma revista, se estivesse sendo pago para escrever, ou se estivesse fazendo alguma prova, eu teria que engolir em seco e seguir as tais regras ditadas pela nossa língua purtuguêza. Mas não estou fazendo nada disso: escrevo porque simplesmente gosto de escrever. E gosto de escrever da minha maneira. Como eu mesmo pensei ontem, existe na escrita, bem como no desenho, algo denominado estilo, ou seja, a marca prórpia do escritor, por assim dizer. Nenhuma regra engloba tal coisa. É o que sempre me deu raiva de usar o programa de editoração de texto Word(como diria meu pai, wordinário) da Micro$oft. O corretor gramatical sempre me irritou, porque fica cagando regras que eu não quero usar.
E alguns de meus escritores preferidos, atropelam tais regras sem dó, e ainda assim fizeram grandes obras literárias. Palavras de baixo calão - bem utilizadas - fazem o texto ficar do caralho. Leia "Sargento Getúlio", de João Ubaldo Ribeiro, para se ter idéia do que estou falando. Frases curtas e soltas? Leia qualquer livro de Chuck Palahniuk, ou mesmo "Ham on rye", de Bukowski.
Se tem algo que me estraga, são as regras. Eu sempre cito o caso dos desenhos, porque em mim são eles que sempre me dão uma certa neurose. Porque, em alguma altura do campeonato alguém me disse que eu deveria seguir certas regras para melhor desenhar, e aquilo se tornou uma obsessão que até hoje persiste - e que me drenou quase por completo o prazer e a espontaneidade da coisa.
Enfim, como já narrei antes, infelizmente sou um cara que aparentemente, não reage bem à críticas. Sei que estou errado, erradíssimo, e estou tentando, até hoje, melhorar isto. Mas não quero me deixar abater, e vou continuar tentando escrever, tentando desenhar, tentando existir sem ter que ficar tendo tais dramecos por conta de outrem.
Mesmo porque, convenhamos. Talvez seja por conta de minha escrita errada, que eu não tenha sucesso algum como escrevinhador...
Sempre é assim, não é. Quem se acha vive se perdendo.
Prossigamos. Em minha mesa, abundam notas a serem digitadas, e mesmo aqui tenho que seguir as regras da boa digitação. Pelo menos não é minha área em si. Contabilidade, oh ciência exata porém quase inexata.
Amanhã tem mais. Enfim.
Vocês se lembram da escola? De uma disciplina chamada português? Ou língua portuguesa, algo que o valha. Geralmente tínhamos também a disciplina denominada redação, que às vezes vinha vinculada à aula de português, mas que também ocupava seu lugar próprio, como disciplina isolada. Enfim. Eu até gostava desta matéria, uma vez, que, como pode ser percebido aqui, eu acho legal escrever.
Mas sempre ou quase sempre eu me dava mal nesta matéria. Não pelo conteúdo das histórias por mim narradas, mas por outros motivos, creio que dois, em verdade: um - sempre arrumavam temas muito ruins dese desenvolver alguma redação...e dois, as malditas regras oriundas à língua em si me ferravam. Sempre. E as professoras em geral eram aquelas senhoras mau-humoradas e pouco prestativas; pouco professoras, por assim dizer.
Creio que por conta disto, muitos escritores em potencial encheram o saco e foram tentar outras praias, outras áreas, outras matemáticas e físicas por aí. Eu mesmo, fui procurar na biologia algum alento.
Eu sempre gostei de ler, e já gostava de escrever, ainda que na forma quase anônima de emails para amigos. Emails quase épicos, de páginas e páginas, em geral procurando rebuscando o português de forma hilária, uma vez que meu interlocutor preferido era um de meus melhores "chatos preferidos"(amigos), adevogado de profissão e sarcástico por natureza. Divertia-me horrores escrevendo aquelas coisas.
Arrisquei mesmo, por vezes, escrever para mim mesmo algumas histórias maiores, em geral tecladas aqui mesmo neste prédio em que me encontro, pois antes de 2004(antes da malfadada incursão ao submundo das "artes") eu trabalhava aqui, fazendo basicamente o que faço hoje, e tendo muito tempo livre porém não tão livre assim para fazer o que gostaria de fazer. Mas eu podia disfarçar digitando tais histórias. Creio que amadureci, de certa forma, minha maneira de escrever, e como não precisava responder nem a uma professora de português nem agum editor qualquer, eu tinha liberdade.
Bem, voltando ao presente, este meu cantinho de escrevinhações já está quase fazendo um ano. Estou sempre fazendo força para escrever sempre, e este ano estou tentando me conter para não tornar isto aqui um mero mural de lamentações de um cara como eu.
Aí, na data de ontem, um de meus chatos preferidos me manda um email, com regras do bem escrever. Algo assim. Li a coisa, achei bem válido e bem-escrito, mas de cara descartei aquilo como necessariamente regras - coisas que DEVEM ser seguidas à risca. Meu interlocutor não concordou de forma alguma, até se exaltando na discussão que se seguiu. E evidentemente, fiquei a remoer a coisa, que me roía por dentro feito cupins em madeira fraca.
Evidentemente, sei que o caso é diferente. Não estou eu, neste meu humilde blog, tentando escrever um best-seller, nem estou fazendo nenhuma prova de português para o derradeiro suspiro de renúncia de todo profissional diplomado porém desempregado em sua área específica(veja também: concurso público).
Sei que se estivesse sendo publicado em alguma revista, se estivesse sendo pago para escrever, ou se estivesse fazendo alguma prova, eu teria que engolir em seco e seguir as tais regras ditadas pela nossa língua purtuguêza. Mas não estou fazendo nada disso: escrevo porque simplesmente gosto de escrever. E gosto de escrever da minha maneira. Como eu mesmo pensei ontem, existe na escrita, bem como no desenho, algo denominado estilo, ou seja, a marca prórpia do escritor, por assim dizer. Nenhuma regra engloba tal coisa. É o que sempre me deu raiva de usar o programa de editoração de texto Word(como diria meu pai, wordinário) da Micro$oft. O corretor gramatical sempre me irritou, porque fica cagando regras que eu não quero usar.
E alguns de meus escritores preferidos, atropelam tais regras sem dó, e ainda assim fizeram grandes obras literárias. Palavras de baixo calão - bem utilizadas - fazem o texto ficar do caralho. Leia "Sargento Getúlio", de João Ubaldo Ribeiro, para se ter idéia do que estou falando. Frases curtas e soltas? Leia qualquer livro de Chuck Palahniuk, ou mesmo "Ham on rye", de Bukowski.
Se tem algo que me estraga, são as regras. Eu sempre cito o caso dos desenhos, porque em mim são eles que sempre me dão uma certa neurose. Porque, em alguma altura do campeonato alguém me disse que eu deveria seguir certas regras para melhor desenhar, e aquilo se tornou uma obsessão que até hoje persiste - e que me drenou quase por completo o prazer e a espontaneidade da coisa.
Enfim, como já narrei antes, infelizmente sou um cara que aparentemente, não reage bem à críticas. Sei que estou errado, erradíssimo, e estou tentando, até hoje, melhorar isto. Mas não quero me deixar abater, e vou continuar tentando escrever, tentando desenhar, tentando existir sem ter que ficar tendo tais dramecos por conta de outrem.
Mesmo porque, convenhamos. Talvez seja por conta de minha escrita errada, que eu não tenha sucesso algum como escrevinhador...
Sempre é assim, não é. Quem se acha vive se perdendo.
Prossigamos. Em minha mesa, abundam notas a serem digitadas, e mesmo aqui tenho que seguir as regras da boa digitação. Pelo menos não é minha área em si. Contabilidade, oh ciência exata porém quase inexata.
Amanhã tem mais. Enfim.