terça-feira, 19 de janeiro de 2010

Terçazzzzzzzz.

Engraçado, que mesmo após ter passado a data fatídica da segunda feira, a gente ainda fica num estado meio de letargia. Ao menos antes de sorver o famigerado café. Pra dentro! Ahhhh. Desce bem, mas um tanto doce. As pessoas daqui têm o hábito de querer desenvolver um diabetes antes mesmo dos 35 anos de idade. A receita infame deve ser algo em torno de 700 gramas de açúcar para cada mililitro de café, algo assim.

Enfim, a gente bebe o café ultra-doce; o que importa é a cafeína. Desde que tenha ela, até os energéticos com sabor de mertiolate passam batido.

Mas, dizia eu ontem, sobre alguma coisa legal que tinha acontecido no final de semana. Na verdade, foram várias coisinhas relacionadas a uma dita afinidade minha...e que compartilho com a minha irmã mais nova. Sim, trata-se de aventuras musicais. Coisas inúteis, aparentemente, para a grande maioria do galinheiro, mas de grande significância para este que vos escreve. Inicialmente, no sábado, eu pus para funcionar minha mais recente aquisição em termos de amplificador, o pequeno Vox DA-5. Eu tinha testado a coisinha no dia seguinte de sua aquisição e tinha achado legalzinho, mas um tanto fraco. Acontece que eu não havia testado a coisa direito. Eu fiquei absolutamente boquiaberto com o sonzão que aquela bustica de amplificador é capaz de fazer. Brinquei com ele por um tempinho, mexendo nos efeitos embutidos em seu interior, que são igualmente bons, e mais tarde minha irmã veio me interpelar se eu havia gravado algo do que tinha inventado enquanto brincava com a coisa.

Infelizmente, não havia sido o caso. Ela ficou de cara quando disse que todo aquele som eu tinha feito com o pequeno notável. Em suma, uma excelente aquisição. Horas mais tarde, quando gorou a saída e depois de ter sido obrigado a render um outro equipamento que no sótão estava de empréstimo - um amplificador para voz - eu pensei, ora bolas, eu gosto de fazer meu barulho, Marcela gosta também das coisas que faço e tem um senhor vozeirão, tá na hora da gente tirar proveito disso.

No dia seguinte, domingão bravo, data em que todo mundo fica meio prostrado sabendo que é um dia que significa o fim do final de semana, eu resolvi tentar fazer alguma coisinha musical, plugando meus outros brinquedos previamente adquiridos, mesmo um pedal solitário OS-2 da Boss que havia adquirido muiiiiito tempo atrás. Eu não havia gostado muito e tinha jogado ele num canto, temendo ter gasto em vão uma grana boa, uma vez que tudo isto de música e quejandos envolve gastos exorbitantes. Desenterrei o pedal e pluguei-o ao rig de efeitos, juntamente com o loop statio, para que eu desta vez gravasse o que estava fazendo. Qual não foi minha surpresa ao constatar que o pedalzinho é capaz de fazer um som agradável.

Estas surpresas salvam um dia, aparentemente. Fiz uma bobaginha improvisada em cima de uma base ridícula de 2 acordes, que me pareceu ser legal. Um pouco mais tarde, antes do almoço, eu cheguei para minha irmã e falei, "acho que tá na hora da gente criar vergonha na cara e fazermos algo juntos, não?"

Este foi o grande acontecimento, por assim dizer, do final de semana. Marcela hesitou um tanto, afirmando que "ah mas eu não sei, blah blah blah." (Reação típica dos 'branquelos' de minha família. Como podem ver, não sou só eu! Hunf.)

Ao que repliquei, "e você acha que eu sei alguma coisa também?"

A coisa ficou meio que no ar por um tempo, e já estava achando que a idéia('ideia' de cu é rola, reforma ortográfica de merda!) iria morrer por ali mesmo, mas...no final da tarde ela manifestou interesse, e trouxe seu baixo a tiracolo. Vamos lá, então. Ela gostou do que eu havia feito, e, ainda que de forma trepidante, acrescentou alguma coisinha por cima com seu baixo, e ficamos ali por uma boa hora viajando em musicalidades estranhas e improvisadas....mas que me soaram muito verdadeiras, muito agradáveis para minha alma, ao menos.

Oh, que dramático. Mas foda-se. Quem ja vem de fábrica com estas configurações de gostar de tais "inutilidades", sabe do que eu estou falando. Sabe como faz bem pôr estas coisas para funcionar. Não existem muitas coisas piores que se sentir inútil perante a vida com tais habilidades que por sei lá que cargas d'água a gente nasce já tendo afinidade. Acontece com música, acontece com o desenho, ao menos em meu caso. Ao menos em relação à musicalidade, eu e Marcela estamos dispostos a fazer desta brincadeira de domingo uma coisa mais constante. Quem sabe, isto pode dar certo, por que não?

Lado outro, se pela música a coisa vai bem, no outro lado, a luta está árdua, ainda mais agora que querem meu sangue por ser lerdo em resolver meus ditos "dramas" com os malditos entraves mentais em relação a meu "trabalho gráfico". Afirmo que ainda estou na luta; mas que tá difícil, de fato, pôr as coisas no papel. Vai sair, vai sair, podexá. Mas, eu bem sei, ao menos este ano, o que eu também degvo fazer para conter meu mau gênio e me fazer mais produtivo. E afirmo que irei fazê-lo....ou morrer tentando. Algo assim.

Mas não da forma que quase morri no final do ano passado....sozinho e insano. Não. Me recuso a fazê-lo novamente.

Blah. O mau-olhado chefal já me massacra. É hora de fingir que trabalho. Ha, ha, ha.

E que o ano se mostre produtivo....em tudo o que eu posso fazer, mesmo que não sirva para nada no universo da frangolândia....