quarta-feira, 14 de julho de 2010

Babão.

Terça-feira, 13 de julho.

Que diazinho miserável. Algumas vezes acho que deveria ter seguido o conselho de minha mãe e ter aceitado casar com aquela véia rica que veio xavecando pro meu lado uns anos atrás. Como a gente é burro quando temos apenas dezoito anos. Como fui bobinho: hoje em dia bem sei o que é certo, o que deveria ter feito. Ah, se a gente pudesse voltar no tempo...Dizer pra a versão mais nova da gente, "Para de ser burro mané, encara as pelanca e faz uma grana por cima."

Hoje mesmo lá no supermercado, apareceu uma dona toda chique, com aquelas roupa estranha que só as mulheres de classe usam, reclamando que a Carol tinha "faltado com o respeito". Eu, na minha condição de sub-gerente da loja, tive que mostrar serviço, inda mais pra uma madame como aquela. Quem sabe né, de repente a véia tá carente, precisando duns agrado aí...eu não cometo o erro que cometi quando moço, nem fudendo. Se aquela véia passasse de novo por aqui, eu passava o ferro. Pena que ela já até morreu. Feliz foi o Fagundes, que casou com ela e levou uma bolada, ah fedaputa dos infernos.

De qualquer forma, eu mostrei serviço e otoridade pra véia que pipocou no serviço hoje: eu mandei a Carol e o Zé pro olho da rua. Foi até bão também, o Zé era mesmo um encrenqueiro, que caçava briga com todo mundo que perguntava qualquer coisa pra ele. E a Carol...vadia, put reles. Nem quis me dar atenção naquela festinha do outro dia. Se ela tivesse dado pra mim eu teria dado pra ela um cargo melhor que o de caixa de doze volumes. Agora, ela que amargue o desemprego. Bom pra ela aprender não amarrar mixaria pros chefes dela.

Arrependi de não ter dado o meu cartão pra madame. Às vezes, ajo devagar demais. Eu deveria ter sido todo galante, adoro essa palavra chique, e me oferecido para ajudá-la a escolher as verdura fina que ela queria lá, e de quebra perguntar, "A senhora gosta de ver duras então né?" e oferecido casualmente pra dar um trato na véia. Ah, ela iria comer na minha mão, e eu na dela, pegando altos presente por fora, e quem sabe né. Um golpe do baú sempre pode ser aplicado, inda mais hoje em dia, que não sou mais o bobão dos dezoito anos, que só queria as cachorra com as bunda empinada, com os peito fino e tudo mais, mas sem um puto no bolso também.

Quero saber de sustentar ninguém não, já me fartei de ter que pagar pensão praquela vadia que dei o azar de engravidar anos atrás. Merda, a vaca sempre consegue me achar, faz o maior escândalo e eu tenho que pagar alguma merreca só pra calar a boca dela. Ah, se eu conseguir juntar uma grana eu juro que ainda mando o Goiaba apagar essa puta viu. Vou ver se faço até uma poupança pra juntar essa grana. Vadia. Nem sei se aquele filho lá é meu porra nenhuma.

Mas de qualquer forma, armei terreno com a mulé chique lá hoje, se ela aparecer de novo por lá eu farei questão de informar que os empregados sem-educaçãos foram demitidos, que não mais incomodarão a digníssima senhora. É, Carol chorou pra caraio quando mandei ela arrumar as trouxa dela. O Zé só me olhou com uma cara de putaço mas não fez nada. Também, quem ele acha que é. Nem pode fazer nada, um pé rapado daqueles lá.

Porra, estão batendo na porta. A esta hora? Só não ser a vadia da Carol com choradeira...Bem, se for, quem sabe ainda arrumo um jeito de traçar aquela putchanga lá, com a vaga promessa de tentar arrumar o emprego dela de volta né. Saco, tão batendo com força. Espero que não seja a outra vaca lá. Xô ir lá ver de colé.