Segunda feira. Esfregar olhos, olhar para os lados, não querer sair da cama. Não não não, daqui não sairei, ninguém sentirá miunha falta, ninguém se importará, caso daqui não saia eu, não saiamos nós, não saiam vocês, entenderam? Fiquemos e fiquemos, nos embasbaquemo-nos com tudo que acontece, que poderá deixar de acontecer, caso daqui não saiemos. Saiamos? Quem sabe, quem se importa?
Mas é preciso sair, é preciso integrar-se, fazer parte, existir, coexistir. Belas palavras, o que significam? Existirá significado para tudo isto, para todo este absurdo que sempre precede a semana, que sempre antecede a queda de uma pessoa? Que sempre existiu, mas nunca consentiu que fosse, que existisse, oculto sob as penas da lei , da moral e dos bons costumes, da TFP, especialmente T, meio que sem F, quase sem P, e com muito M, que nem ali se encaixou, por assim dizer, por assim saber.
Segunda-feira. Dia sem eira nem beira. E à porta da feira, da imensa feira que é a quitanda humana, espero minha vez de, como os vegetais expostos aos gulosos olhos dos transeuntes, espero minha vez de ser consumido ou simplesmente apodrecer e ser atirado ao lixo, à vala comum dos demais legumes descartados pela alheia cozinha de Ofélias, de Dirceus e Ateneus.
Segunda feira. Muito aconteceu, mas nada mudou. Muito se foi visto, nada apreendido, nada aprendido. Hei de levantar, de ir ter ao Trânsito, de apanhar flores e levar o dinheiro, que poderá me ser útil na caminhada rumo ao que não entenid nada ao assistir tal película. Quem era e o que era, aquilo tudo que caía e se desmanchava? Era eu? Era ela? Eram as inacabadas histórias dela, rejeitadas, incompreendidas, inacabadas? Ou era só um filme que não entendi direito?
Segunda. Levante-se, ganhe o mundo, perceba que ele é todo alheio, entretanto. Que tudo que você deve fazer é ser o que você é, mesmo que isto lhe repugne todo seu interior, já massacrado voluntariamente, dia após dia, assim e assado. Dias e dias e meses e horas e anos e décadas, tudo em vão, pois não é permitido, não é acontecido, é escondido, assim e assado, assim deve ser, mesmo não podendo ser. Mesmo que não queira tu, não queiram vós não queiramos nós, aqueles que existem sem existir, sem saber para quê respiram. Até quando existirão, até quando respirarão, existirão sem que sequer saibam o que são, por deveras serem o que não querem ser.
Levante-se, ganhe o mundo, faça valer, faça acontecer. Mesmo sendo não sendo, sendo o que não és, o que nunca julgou ser possível ser, sendo assim ,assado, querências, ausências, mentiras, alheias existências.
Erga-se, é segunda. Deves se juntar aos outros. Deves ser como os outros, mesmo não sendo.
Eia, é segunda, seja sem ser.
Mas é preciso sair, é preciso integrar-se, fazer parte, existir, coexistir. Belas palavras, o que significam? Existirá significado para tudo isto, para todo este absurdo que sempre precede a semana, que sempre antecede a queda de uma pessoa? Que sempre existiu, mas nunca consentiu que fosse, que existisse, oculto sob as penas da lei , da moral e dos bons costumes, da TFP, especialmente T, meio que sem F, quase sem P, e com muito M, que nem ali se encaixou, por assim dizer, por assim saber.
Segunda-feira. Dia sem eira nem beira. E à porta da feira, da imensa feira que é a quitanda humana, espero minha vez de, como os vegetais expostos aos gulosos olhos dos transeuntes, espero minha vez de ser consumido ou simplesmente apodrecer e ser atirado ao lixo, à vala comum dos demais legumes descartados pela alheia cozinha de Ofélias, de Dirceus e Ateneus.
Segunda feira. Muito aconteceu, mas nada mudou. Muito se foi visto, nada apreendido, nada aprendido. Hei de levantar, de ir ter ao Trânsito, de apanhar flores e levar o dinheiro, que poderá me ser útil na caminhada rumo ao que não entenid nada ao assistir tal película. Quem era e o que era, aquilo tudo que caía e se desmanchava? Era eu? Era ela? Eram as inacabadas histórias dela, rejeitadas, incompreendidas, inacabadas? Ou era só um filme que não entendi direito?
Segunda. Levante-se, ganhe o mundo, perceba que ele é todo alheio, entretanto. Que tudo que você deve fazer é ser o que você é, mesmo que isto lhe repugne todo seu interior, já massacrado voluntariamente, dia após dia, assim e assado. Dias e dias e meses e horas e anos e décadas, tudo em vão, pois não é permitido, não é acontecido, é escondido, assim e assado, assim deve ser, mesmo não podendo ser. Mesmo que não queira tu, não queiram vós não queiramos nós, aqueles que existem sem existir, sem saber para quê respiram. Até quando existirão, até quando respirarão, existirão sem que sequer saibam o que são, por deveras serem o que não querem ser.
Levante-se, ganhe o mundo, faça valer, faça acontecer. Mesmo sendo não sendo, sendo o que não és, o que nunca julgou ser possível ser, sendo assim ,assado, querências, ausências, mentiras, alheias existências.
Erga-se, é segunda. Deves se juntar aos outros. Deves ser como os outros, mesmo não sendo.
Eia, é segunda, seja sem ser.