Nestes dias de incipiente inverno, os dias começam mais tarde um pouco. Ao menos em termos de claridade visual. Ao contrário de outras terras, por aqui o inverno não afeta grandemente a duração do dia, ao menos não igual o é em terras mais setentrionais: lá pelas 4 da tarde o dia deixa de existir e fica tudo escuro. Aqui, a única diferença mais prática que vejo é o dia principiar a clarear uma meia hora mais tarde que o usual de verão.
Este fato é bem irrelevante, mas quando se acorda pela manhã, esperando a escuridão quase completa e verificamos que o quarto está bem iluminado pela luz externa, é sinal que algo deu errado. O despertador, málevola invenção necessária para a humanidade, havia falhado por algum motivo indeterminado. Ainda cheguei a olhar para o visor e dizer, "Não, 6:45 tá de boa ainda." Sim, estaria se fosse uma hora atrás. Arregalei os olhos dois segundos depois de dizer tal coisa e voltei a olhar para o display para me certificar. Sim, atrasado.
Em geral, acordo tão cedo por ter o ritmo de uma lesma em hibernação pelas manhãs, e para evitar este tipo de correria. Correria que teve de se manifestar hoje. Não sei bem como consegui sair da cama, arrumar a zona que havia deixado para trás antes de desmontar de sono ontem, fazer minhas abluções matinais e dali sair correndo. É certo que não pude me sentar para tomar uma xícara de café, um ovo quente e discorrer sobre as mais diversas irrelêvancias com o pessoal de casa, mas ainda assim consegui sair mais ou menos na hora que costumo sempre sair.
Mas....dois passos além do portão e verifico que deixei para trás minha carteira. Sem chance de deixar isto para trás, eis que não conseguiria nem ao menos pagar a passagem do ônibus, e volto esbaforido em busca do esquecimento. Lá está a descarada carteira, a parecer mesmo que está arir de minha cara de desespero ao voltar para buscar a maldita. De posse dos devidos monetários, vamos adiante. Dez passos adiante, para me certificar que de fato, em dias que vocÊ está fudido, você está fudido e sua música, aquilo que você não sabe mais viver sem, ficou também incocentemente jogado lá em algum lugar de seu quarto.
Você pode ficar sem isto pelo dia de hoje, afirma um lado da cabeça, mas o lado realista bem sabe o que significará a ausência de música naquele ambiente torpe e inóspito do mundo exterior, em especial no transporte coletivo metropolitano; significará a quase morte deste Noiado que tanto se habituou a pôr o mundo em hold enquanto é transportado pelas grandes rodas borrachentas dos grandes mercedões azuis da capital mineira. Não, é inútil lutar contra a adversidade nestas horas. Volte para trás, volte em busca da sonoridade esquecida, maldita seja ela.
Lá estava o aparelho, este de fato parecendo estar com um sarcástico sorriso em seus lábios imaginários. Aqueles que somenteo Noniado, em todo seu resplendor de sua inutilidade irritadiça exibe nestas horas, em especial naquela cara de imbecil que costuma trajar nestes momentos. Apanhe a coisa e saia, a mil por hora. É grande o atraso, e longe está o ponto do ônibus.
Mas, pondo-se o ruidoso mundo silente enquanto se percorre em velocidade de cruzeiro tal distância que me separa de minha tranquila residência até a praça dos Gélidos Ventos, digo, do Papa, causa-se a sensação de que as coisas podem ao menos ficar um tiquinho melhor, mesmo em momentos de afobação como este, pelo Noiado vivenciado nesta manhã do dia de hoje, data de hoje, ano deste ano. Enfim. É um tanto melhor, de fato, amenizar nossas injúrias para com a vida utilizando-se de nossa crescente qualidade de criar tecnologicamente artefactos que ao menos aliviem um tantinho nossas agruras de sermos humanos, irremediavelmente humanos.
Afinal, cheguei à praça e apanhei o mesmo ônibus de todos os dias, sem nem ao menos crer que tal "façanha" fosse de fato possível; ao menos não esperava obter tal resultado, em especial estando eu tão atrasado o quanto estava na manhã de hoje.
Mas cogito aqui o sonho de algum dia poder comparecer ao trabalho em horário um tanto quanto mais humano para com nossos nefastos hábitos de sono moderno, que tanto nos deixam dependentes do negro suco de acordar das manhãs, abençoado seja o café.
E as Redpills também, esta maravilha da natureza farmacêutica muderna, que nos oferece pastilhas efervescentes de cafeína disfarçadas sob a inocente alcunha de serem apenas "energéticos" Sim, funcionam, de fato, e muito bem, apesar da menor quantidade do mágico composto que afasta o sono e nos deixa digitando a mil por hora, como é o caso deste exacto momento, em que consumi 2 Redpills. Estou a mil por hora, mas sei que o custo de tal empreitada surgirá mais tarde, quando da ocasião de ocorrer o "crash" da cafeína, eis que além da infusão artificial, estou tomando xícaras e xícaras do provedor natural do composto, aquele negro suco de acordar.
E hoje, há muito que se fazer, muito a que se assistir, a se planejar. E estou levemnete alterado pelo acréscimo do composto em minha corrente cafeínica. Digo, sanguínea. Ah, quem eu quero enganar. Eu tenho é café nas veias, de fato.
E tenho mais é que trabalhar também, pois o tempo ruge. Hasta.
Este fato é bem irrelevante, mas quando se acorda pela manhã, esperando a escuridão quase completa e verificamos que o quarto está bem iluminado pela luz externa, é sinal que algo deu errado. O despertador, málevola invenção necessária para a humanidade, havia falhado por algum motivo indeterminado. Ainda cheguei a olhar para o visor e dizer, "Não, 6:45 tá de boa ainda." Sim, estaria se fosse uma hora atrás. Arregalei os olhos dois segundos depois de dizer tal coisa e voltei a olhar para o display para me certificar. Sim, atrasado.
Em geral, acordo tão cedo por ter o ritmo de uma lesma em hibernação pelas manhãs, e para evitar este tipo de correria. Correria que teve de se manifestar hoje. Não sei bem como consegui sair da cama, arrumar a zona que havia deixado para trás antes de desmontar de sono ontem, fazer minhas abluções matinais e dali sair correndo. É certo que não pude me sentar para tomar uma xícara de café, um ovo quente e discorrer sobre as mais diversas irrelêvancias com o pessoal de casa, mas ainda assim consegui sair mais ou menos na hora que costumo sempre sair.
Mas....dois passos além do portão e verifico que deixei para trás minha carteira. Sem chance de deixar isto para trás, eis que não conseguiria nem ao menos pagar a passagem do ônibus, e volto esbaforido em busca do esquecimento. Lá está a descarada carteira, a parecer mesmo que está arir de minha cara de desespero ao voltar para buscar a maldita. De posse dos devidos monetários, vamos adiante. Dez passos adiante, para me certificar que de fato, em dias que vocÊ está fudido, você está fudido e sua música, aquilo que você não sabe mais viver sem, ficou também incocentemente jogado lá em algum lugar de seu quarto.
Você pode ficar sem isto pelo dia de hoje, afirma um lado da cabeça, mas o lado realista bem sabe o que significará a ausência de música naquele ambiente torpe e inóspito do mundo exterior, em especial no transporte coletivo metropolitano; significará a quase morte deste Noiado que tanto se habituou a pôr o mundo em hold enquanto é transportado pelas grandes rodas borrachentas dos grandes mercedões azuis da capital mineira. Não, é inútil lutar contra a adversidade nestas horas. Volte para trás, volte em busca da sonoridade esquecida, maldita seja ela.
Lá estava o aparelho, este de fato parecendo estar com um sarcástico sorriso em seus lábios imaginários. Aqueles que somenteo Noniado, em todo seu resplendor de sua inutilidade irritadiça exibe nestas horas, em especial naquela cara de imbecil que costuma trajar nestes momentos. Apanhe a coisa e saia, a mil por hora. É grande o atraso, e longe está o ponto do ônibus.
Mas, pondo-se o ruidoso mundo silente enquanto se percorre em velocidade de cruzeiro tal distância que me separa de minha tranquila residência até a praça dos Gélidos Ventos, digo, do Papa, causa-se a sensação de que as coisas podem ao menos ficar um tiquinho melhor, mesmo em momentos de afobação como este, pelo Noiado vivenciado nesta manhã do dia de hoje, data de hoje, ano deste ano. Enfim. É um tanto melhor, de fato, amenizar nossas injúrias para com a vida utilizando-se de nossa crescente qualidade de criar tecnologicamente artefactos que ao menos aliviem um tantinho nossas agruras de sermos humanos, irremediavelmente humanos.
Afinal, cheguei à praça e apanhei o mesmo ônibus de todos os dias, sem nem ao menos crer que tal "façanha" fosse de fato possível; ao menos não esperava obter tal resultado, em especial estando eu tão atrasado o quanto estava na manhã de hoje.
Mas cogito aqui o sonho de algum dia poder comparecer ao trabalho em horário um tanto quanto mais humano para com nossos nefastos hábitos de sono moderno, que tanto nos deixam dependentes do negro suco de acordar das manhãs, abençoado seja o café.
E as Redpills também, esta maravilha da natureza farmacêutica muderna, que nos oferece pastilhas efervescentes de cafeína disfarçadas sob a inocente alcunha de serem apenas "energéticos" Sim, funcionam, de fato, e muito bem, apesar da menor quantidade do mágico composto que afasta o sono e nos deixa digitando a mil por hora, como é o caso deste exacto momento, em que consumi 2 Redpills. Estou a mil por hora, mas sei que o custo de tal empreitada surgirá mais tarde, quando da ocasião de ocorrer o "crash" da cafeína, eis que além da infusão artificial, estou tomando xícaras e xícaras do provedor natural do composto, aquele negro suco de acordar.
E hoje, há muito que se fazer, muito a que se assistir, a se planejar. E estou levemnete alterado pelo acréscimo do composto em minha corrente cafeínica. Digo, sanguínea. Ah, quem eu quero enganar. Eu tenho é café nas veias, de fato.
E tenho mais é que trabalhar também, pois o tempo ruge. Hasta.