O estrangeirismo anda muito em voga na vida deste que aqui tanto escreve. Fui ontem informado que na data de hoje, uma de minhas muitas parentas estrangeiras virá pernoitar em minha casa. Ela está aqui a passeio. Creio que depois da temporada que alguns outros parentes lá de fora tiveram aqui, e da propaganda positiva por eles divulgada, teremos muitos visitantes internacionais doravante. Que venham, sempre é bom ter contato com este lado mais distante da família.
Acho engraçado o tanto que minha mãe fica doente quando chegam visitas. Creio ser coisa de mãe mesmo, pois já ouvi relatos de semelhantes aflições maternas vindos de outrem, e são de fato, comportamentos análogos que as mães costumam exibir nestes momentos. Tiram as melhores louças dos armários, limpam a casa do chão ao teto, vestem as melhores roupas e exigem que nós também nos fantasiemos, feito se fosse o Papa ou alguém tão famoso quanto que estivesse vindo ter conosco.
Que fique claro que não estou aqui depreciando os convidados, dizendo que não são importantes e que devem ser tratados como lixo. Não. Mas este exagero por parte das mães às vezes foge do controle. Tenho um amigo cuja família trata os convidados muito bem, mas nem sequer os serve. Dizem apenas, "não espere ser servido ou irá passar fome" e liberam o acesso a toda a casa. Aprecio tal atitude, mas já fui vítima de constrangimento neste lar, pois apesar de dizerem tal mandamento, tenho bom senso - e timidez - o suficiente para passar algum aperto em tal situação. Não me sentia à vontade para sair abrindo a geladeira e me servir. Não por querer que me sirvam, mas por não achar certo sair fuçando as coisas dos outros, mesmo que tenham me dito para agir de tal maneira.
Depois de anos de convívio, já sei que ali a coisa ou funciona desta maneira ou não funciona, e me sirvo sozinho todas as vezes que visito tal amigo, tendo o cuidado para não exagerar na dose das porções ou coisa semelhante. Mas o que acontece ali é um caso bem à parte, pois creio que não conheço outro lugar em que os residentes se comportem de tal maneira com seus convidados.
E falando neste âmbito, lembro-me aqui de outra situação, do outro extremo da situação: quando os anfitriões são excessivamente zelosos. É uma situação também estranha, que pode causar desconforto em tímidos como este escrevente ser. Geralmente a matriarca da família fica tão preocupada em agradar o hóspede que se torna incômoda. E a situação mais hilária ocorre quando estamos à mesa. Não cessam de nos perguntar se estamos satisfeitos, e sempre preenchem nosso prato, mesmo quando já estamos abarrotados até a tampa de comida. E para não fazer feito nem parecer ingrato, comemos as porções extras com aquele sorriso amarelo na cara, "Não aguento mais sua louca! Tá muito bom, mas por Mitra!"
Bem, é raro que eu seja propriamente um anfitrião propriamente dito, mas quiando acontece, procuro ser um meio termo entre o zeloso e o desleixado, para tentar deixar a galera à vontade. Já me aconteceu de me perder neste balanço e me comportar de maneira mui desleixada, confesso. Mas creio que não destratei ninguém ou tenha causado alguma espécie de desconforto aos hóspedes. Não que me lembre, ao menos.
Lembro-me agora que amanhã teremos, além da visitante internacional, a presença de meus compatriotas biólogos em minha casa, para realizarmos mais uma famosa sessão cineplex de cinema em casa, com os mais infames - e divertidos - filmes que a sétima arte já produziu. Creio que não causaremos alguma sorte de incidente internacional, em se falando de ofender a hospéde com nossos hilários filmes de terrir, uma vez que me parece que a parentada tcheca é bem humorada.
Vamos ver como as coisas se passam. E na segunda terei o review completo do evento, que desta vez promete ser mais duradouro, começando no sábado pelo meio dia e durando até o domingão.
Até lá então, e tratem bem suas visitas, mas nem tanto!
Ah, o balanço da vida. Há que se encontrá-lo.
Acho engraçado o tanto que minha mãe fica doente quando chegam visitas. Creio ser coisa de mãe mesmo, pois já ouvi relatos de semelhantes aflições maternas vindos de outrem, e são de fato, comportamentos análogos que as mães costumam exibir nestes momentos. Tiram as melhores louças dos armários, limpam a casa do chão ao teto, vestem as melhores roupas e exigem que nós também nos fantasiemos, feito se fosse o Papa ou alguém tão famoso quanto que estivesse vindo ter conosco.
Que fique claro que não estou aqui depreciando os convidados, dizendo que não são importantes e que devem ser tratados como lixo. Não. Mas este exagero por parte das mães às vezes foge do controle. Tenho um amigo cuja família trata os convidados muito bem, mas nem sequer os serve. Dizem apenas, "não espere ser servido ou irá passar fome" e liberam o acesso a toda a casa. Aprecio tal atitude, mas já fui vítima de constrangimento neste lar, pois apesar de dizerem tal mandamento, tenho bom senso - e timidez - o suficiente para passar algum aperto em tal situação. Não me sentia à vontade para sair abrindo a geladeira e me servir. Não por querer que me sirvam, mas por não achar certo sair fuçando as coisas dos outros, mesmo que tenham me dito para agir de tal maneira.
Depois de anos de convívio, já sei que ali a coisa ou funciona desta maneira ou não funciona, e me sirvo sozinho todas as vezes que visito tal amigo, tendo o cuidado para não exagerar na dose das porções ou coisa semelhante. Mas o que acontece ali é um caso bem à parte, pois creio que não conheço outro lugar em que os residentes se comportem de tal maneira com seus convidados.
E falando neste âmbito, lembro-me aqui de outra situação, do outro extremo da situação: quando os anfitriões são excessivamente zelosos. É uma situação também estranha, que pode causar desconforto em tímidos como este escrevente ser. Geralmente a matriarca da família fica tão preocupada em agradar o hóspede que se torna incômoda. E a situação mais hilária ocorre quando estamos à mesa. Não cessam de nos perguntar se estamos satisfeitos, e sempre preenchem nosso prato, mesmo quando já estamos abarrotados até a tampa de comida. E para não fazer feito nem parecer ingrato, comemos as porções extras com aquele sorriso amarelo na cara, "Não aguento mais sua louca! Tá muito bom, mas por Mitra!"
Bem, é raro que eu seja propriamente um anfitrião propriamente dito, mas quiando acontece, procuro ser um meio termo entre o zeloso e o desleixado, para tentar deixar a galera à vontade. Já me aconteceu de me perder neste balanço e me comportar de maneira mui desleixada, confesso. Mas creio que não destratei ninguém ou tenha causado alguma espécie de desconforto aos hóspedes. Não que me lembre, ao menos.
Lembro-me agora que amanhã teremos, além da visitante internacional, a presença de meus compatriotas biólogos em minha casa, para realizarmos mais uma famosa sessão cineplex de cinema em casa, com os mais infames - e divertidos - filmes que a sétima arte já produziu. Creio que não causaremos alguma sorte de incidente internacional, em se falando de ofender a hospéde com nossos hilários filmes de terrir, uma vez que me parece que a parentada tcheca é bem humorada.
Vamos ver como as coisas se passam. E na segunda terei o review completo do evento, que desta vez promete ser mais duradouro, começando no sábado pelo meio dia e durando até o domingão.
Até lá então, e tratem bem suas visitas, mas nem tanto!
Ah, o balanço da vida. Há que se encontrá-lo.