quarta-feira, 4 de março de 2009

It´s involution, baby!


Ahhhh que calor. Esta cidade está sendo assolada por uma onda calorífica devastadora, e nós aqui trabalhando. Minha irmã se mandou para alguma paragem baiana, para curtir merecido recesso, após anos e anos de abstinência de água salgada, em viagem auxiliada financeiramente por este que vos escreve. Recomendei a ela a simples contemplação daquela massa d'água para suas aflições em geral. É estranho, parece que há um instinto primordial esquecido que nos impele a ir ter ao mar de tempos em tempos, como se nossos fugidios ancestrais nos chamassem para que admiremos o lugar onde a vida começou propriamente.

Ou não, segundo alguns.

Voltando a pisar em alguns calos, tive vontade de escrever sobre um absurdo que está tomando de assalto não só nosso país de ilustres iletrados, mas mesmo alguns lugares do mundo supostamente mais desenvolvidos que nosso paraíso tropical.

O que leva alguém a querer ensinar algo como criacionismo em escolas?

Sinceramente. Por mais que possa parecer tendencioso isto, uma vez que inegavelmente tive formação superior em biologia, o que leva as pessoas a agirem de forma tão retrógrada? É realmente impossível para estes "entusiastas" de tal teoria aceitar que o mundo mudou - e muito - desde que esta teoria foi concebida? Em tempos como estes, acredito eu que a ciência é inegável, está presente por todos os lados em nossa sociedade globalizada. Sim, ela existe em todos os cantos do planeta, por mais carentes de recursos que este ou aquele lugar possam ser.

Para mim, querer imbutir tal teoria na formação de mentes em formação é um absurdo. Um passo para trás. Ou vários. Sinceramente, tal teoria de nada acrescenta a pupilos em salas de aula. Infelizmente, volto a dizer, assuntos religiosos só resultam em inúteis discussões. E consequências nefastas para todos que se engajam a cabo em tais embates.

Como sei que não tenho um público muito grande a ler esta coluna, e sei bem que tais pessoas não são entusiastas religiosas fanáticas(pelo menos penso que não são), vou soltar o verbo aqui.

Para mim, parece que os mentores deste "passo para trás" estão realmente interessados que as ovelhas de seus rebanhos continuem sempre...sendo ovelhas. A lógica não me diz outra coisa; pois eis que me parece que de fato, se tais ovelhas pensassem por si próprias ao invés de seguir cegamente dogmas e quejandos, muitas delas abandonariam os templos às traças. Ao menos assim me parece. Eu mesmo já o fiz. E não sou ateu; sou agnóstico. Acredito que realmente exista alguma sorte de "poder superior", ou que quer que seja realmente por detrás de tudo. Mas não aceito dogmas das religiões. Como disse Nietzsche, "não acredito em um deus que exija de mim a adoração initerrupta."

Creio que de fato ciência e digamos, uma certa espiritualidade possam coexistir. Mas não desta maneira. Não com pessoas ditas "representantes do poder eterno" dizendo incessantemente que é errado agir assim ou assado. E não estou me referindo a apenas uma religião em particular, mas todas. Sempre haverá alguma espécie de mecanismo de controle por trás dos dogmas. Por exemplo, porque diabos até hoje condenam o uso de preservativos? Para aumentar o rebanho de pobres diabos servis, em minha opinião. E quanto mais ignorantes estas ovelhas forem, melhor para eles.

E isto vale não apenas para entidades religiosas. Nosso querido governo é extremamente beneficiado por tal política. Até inventaram o "vale-esmola", o "vale-cachaça", o "vale-pagode", o "auxílio-família", que incentiva as pessoas menos abastadas a terem filhos como coelhos para se encostarem e receberem os benefícios governamentais. Uma verdadeira indústria da miséria e do povo folgado e encostado. Basta fazer filhos para se ter renda agora, sem pagar impostos nem nada! Maravilha. Milhares e milhares de eleitores à vista, uma vez que isto é um círculo vicioso, pois vivemos em um país onde o "jeitinho brasileiro" impera, e esta fcilidade é uma digna mão na roda para muitos desocupados porraí. Pra que trabalhar então? Quer ter um milhão de reais? Tenha um milhão de filhos que o governo(e os pobres contribuintes) bancará seu dourado sonho milionário!! Hu-há.

Sei que isto não se aplica a toda a dita população carente, mas conheço de perto casos de pessoas que de fato preferem ter mais e mais filhos para abocanhar este benefício.

O tribunal do santo ofício certamente exerceria tal controle sobre minha pessoa se ainda tivesse todo aquele poder que tinha outrora. Se tais snatos homens lessem isso aqui alguns séculos para trás, eu seria esfolado vivo, queimado a fogo lento e minha pele seria crucificada. Ou algo do gênero.

Nussa. Acho melhor parar por aqui, uma vez que talvez exista algum agente especial que rastreie o conteúdo de brogues porraí e secretamente elaborem uma lista negra...

Enfim, espero não ter mexido demais com os brios de ninguém que a isto aqui leia.