Bem, me informaram que é hoje, então que seja hoje, assim espero. Homenagens em dias errados não estão com nada.
Existem pessoas que a gente precisa conhecer em nossas vidas. Pelo menos assim me parece. Eu, eterno Noiado que sou, conheci uma pessoa destas, únicas e de certa forma, necessária para minha vida.
Tudo começou em meados de...de...er, acho que 2003, não me lembro a data ao certo, quando terminei de cursar o módulo Básico II na casa dos Quadrinhos daqui de BH, uma escola de desenho, por assim dizer. Me vi diante da seguinte pergunta: o que fazer agora que o ciclo básico deste curso está no fim? Para onde ir? Tinha algumas opções, como ilustração digital, quadrinhos e outras. Uma delas, entretanto, me chamou a atenção, por que o cara que ministrava a tal disciplina veio conversar com a galera do Básico II e fez propaganda sobre seu módulo. Pendências com desenho seriam resolvidas, eu iria ter que desenhar pra caralho, etc.
O cara em questão se chamava Daniel Pinheiro Lima. Quem é assíduo deste mural de lamentações deste brogue talvez já tenha ouvido falar dele e seu personagem principal, Oswaldo Augusto. Eu, que de antemão já sabia que não me daria bem no módulo em questão - desenho animado - resolvi me jogar na fogueira e me forçar a desenhar bilhões de frames entre uma ação e outra dalgum personagem desenhado. Não deu certo, como de esperado, mas mesmo assim não lamento ter cursado a quase totalidade dos 2 módulos.
Por quê? Por ter conhecido este cara. Este fedaputa! por assim dizer. Mas se o cara é tão legal assim, por que xingá-lo? Por que nem sempre um xingamento entre amigos é deveras um opróbrio. Nem sempre. No caso do cara, o sim e o não alternam. Sim, quando ele te olha para o que você está rabiscando e olha para sua cara com uma expressão que denuncia o erro, normalmente seguido de um comentário que acaba com seu ânimo pelo resto do dia(fedaputa!!) E ele é um fedaputa, no sentido não-pejorativo, por fazer coisas como esta, que ilustra com aguda precisão a definição pessicológica de nóia, esta coisa que sempre me acompanha.
Não sei que conseguirei, neste improviso matinal do dia, detalhar todas as nuanças desta amizade, por vezes conturbada devido às minhas companheiras infalíveis(neuroses diversas, inc.) mas mesmo assim, tentarei expilcar. Este cara, de fato, é dos melhores animadores que já vi trabalhar, que, apesar de afirmar que tem muitas nóias também, não se deixa por elas abater e produz coisas muito boas com regularidade. Um exemplo, eu diria, para este ser que escreve e escreve, enquanto também deveria de suas âncoras se libertar e no papel representar as linhas e linhas que sempre adio e adio. E fora deste escopo desenhístico, é um cara com o qual você pode conversar, sobre qualquer assunto. Evidentemente, sua conversa pode até gerar mais nóias, em especial em seres abjetos como este pendular Buriol dos tecrados alfanuméricos aqui, mas em geral, eu escutei bons conselhos em nossas conversas, de buteco, diante dos lindíssimos filmes que nossa galera(os Farrapos) gosta de assistir nas horas vagas; os filmes trash e de hilária ficção científica dos anos 50 e 60. Diversão garantida.
Engraçado é que ele mesmo sabe que esta dupla alcunha - fedaputa - é válida nos dois sentidos. Quem já foio aluno dele sabe do que estou falando. Eduardo, o Damasceno, outro fedaputa que já escrevi a respeito aqui, foi destes. Em sua primeira avaliação naquele tal modulo Básico II, em que Damasceno tinha como professor este ser a que me refiro nestas linhas, foi absolutamente massacrado por este. Nota zero! Por quê? Pelo simples motivo de que, segundo Daniel, ele não estava desenhando, e sim fazendo cópias de seus autores preferidos de desenhos. Isto pode acabar com uma pessoa, se for dito de maneira imprópria e dependendo da índole do alvo da crítica. Felizmente, no caso, o que aconteceu é que um fedaputa terminou por gerar outro, pois Damasceno é outro fedaputa, por assim dizer. O cara se esforçou tanto em provar o contrário para aquele professor, que acabou superando o mestre. Palavras vindas da boca do próprio Daniel. Eheheheh.
Como podem ver, pessoas como esta, são necessárias para a melhoria da vida da vida de outrem, por mais duro que seja encarar as verdades ditas por ele. Não posso dizer que, no meu caso, a coisa tenha funcionado com absoluto êxito, eis que meus dramas com estas artes e partes desenhísiticas, frequentemente geram matéria prima para este mural de lamentações a que vocês estão sujeitos a ler e menear a cabeça em sinal de preguiça. Mas existem pessoas e pessoas, e cada uma reage da sua maneira e tem seu tempo, por assim dizer. Ando refazendo uma série de conceitos tortos em minha vida, e nestas horas, eu sempre me lembro de incluir em minhas refêrencias mentais caras como este e outros Farrapos(desenhistas falidos ou quase falidos, que são meus amigos), para tentar me incentivar e tirar o pé da lama no quesito produtividade.
Existem pessoas que a gente precisa conhecer em nossas vidas. Pelo menos assim me parece. Eu, eterno Noiado que sou, conheci uma pessoa destas, únicas e de certa forma, necessária para minha vida.
Tudo começou em meados de...de...er, acho que 2003, não me lembro a data ao certo, quando terminei de cursar o módulo Básico II na casa dos Quadrinhos daqui de BH, uma escola de desenho, por assim dizer. Me vi diante da seguinte pergunta: o que fazer agora que o ciclo básico deste curso está no fim? Para onde ir? Tinha algumas opções, como ilustração digital, quadrinhos e outras. Uma delas, entretanto, me chamou a atenção, por que o cara que ministrava a tal disciplina veio conversar com a galera do Básico II e fez propaganda sobre seu módulo. Pendências com desenho seriam resolvidas, eu iria ter que desenhar pra caralho, etc.
O cara em questão se chamava Daniel Pinheiro Lima. Quem é assíduo deste mural de lamentações deste brogue talvez já tenha ouvido falar dele e seu personagem principal, Oswaldo Augusto. Eu, que de antemão já sabia que não me daria bem no módulo em questão - desenho animado - resolvi me jogar na fogueira e me forçar a desenhar bilhões de frames entre uma ação e outra dalgum personagem desenhado. Não deu certo, como de esperado, mas mesmo assim não lamento ter cursado a quase totalidade dos 2 módulos.
Por quê? Por ter conhecido este cara. Este fedaputa! por assim dizer. Mas se o cara é tão legal assim, por que xingá-lo? Por que nem sempre um xingamento entre amigos é deveras um opróbrio. Nem sempre. No caso do cara, o sim e o não alternam. Sim, quando ele te olha para o que você está rabiscando e olha para sua cara com uma expressão que denuncia o erro, normalmente seguido de um comentário que acaba com seu ânimo pelo resto do dia(fedaputa!!) E ele é um fedaputa, no sentido não-pejorativo, por fazer coisas como esta, que ilustra com aguda precisão a definição pessicológica de nóia, esta coisa que sempre me acompanha.
Não sei que conseguirei, neste improviso matinal do dia, detalhar todas as nuanças desta amizade, por vezes conturbada devido às minhas companheiras infalíveis(neuroses diversas, inc.) mas mesmo assim, tentarei expilcar. Este cara, de fato, é dos melhores animadores que já vi trabalhar, que, apesar de afirmar que tem muitas nóias também, não se deixa por elas abater e produz coisas muito boas com regularidade. Um exemplo, eu diria, para este ser que escreve e escreve, enquanto também deveria de suas âncoras se libertar e no papel representar as linhas e linhas que sempre adio e adio. E fora deste escopo desenhístico, é um cara com o qual você pode conversar, sobre qualquer assunto. Evidentemente, sua conversa pode até gerar mais nóias, em especial em seres abjetos como este pendular Buriol dos tecrados alfanuméricos aqui, mas em geral, eu escutei bons conselhos em nossas conversas, de buteco, diante dos lindíssimos filmes que nossa galera(os Farrapos) gosta de assistir nas horas vagas; os filmes trash e de hilária ficção científica dos anos 50 e 60. Diversão garantida.
Engraçado é que ele mesmo sabe que esta dupla alcunha - fedaputa - é válida nos dois sentidos. Quem já foio aluno dele sabe do que estou falando. Eduardo, o Damasceno, outro fedaputa que já escrevi a respeito aqui, foi destes. Em sua primeira avaliação naquele tal modulo Básico II, em que Damasceno tinha como professor este ser a que me refiro nestas linhas, foi absolutamente massacrado por este. Nota zero! Por quê? Pelo simples motivo de que, segundo Daniel, ele não estava desenhando, e sim fazendo cópias de seus autores preferidos de desenhos. Isto pode acabar com uma pessoa, se for dito de maneira imprópria e dependendo da índole do alvo da crítica. Felizmente, no caso, o que aconteceu é que um fedaputa terminou por gerar outro, pois Damasceno é outro fedaputa, por assim dizer. O cara se esforçou tanto em provar o contrário para aquele professor, que acabou superando o mestre. Palavras vindas da boca do próprio Daniel. Eheheheh.
Como podem ver, pessoas como esta, são necessárias para a melhoria da vida da vida de outrem, por mais duro que seja encarar as verdades ditas por ele. Não posso dizer que, no meu caso, a coisa tenha funcionado com absoluto êxito, eis que meus dramas com estas artes e partes desenhísiticas, frequentemente geram matéria prima para este mural de lamentações a que vocês estão sujeitos a ler e menear a cabeça em sinal de preguiça. Mas existem pessoas e pessoas, e cada uma reage da sua maneira e tem seu tempo, por assim dizer. Ando refazendo uma série de conceitos tortos em minha vida, e nestas horas, eu sempre me lembro de incluir em minhas refêrencias mentais caras como este e outros Farrapos(desenhistas falidos ou quase falidos, que são meus amigos), para tentar me incentivar e tirar o pé da lama no quesito produtividade.
No ano seguinte, lembro-me que houve um infeliz acaso na vida deste cara, o término de uma relação que muito significava para ele, e na época em questão houve o primeiro "Farrapostock", reunião aleatória de pessoas integrantes a esta curiosa tribo. As pessoas se reuniram em minha casa no carnaval, e lá ficamos falando merda, consumindo iguarias suspeitas(gambiarras gastronômicas de primeiríssima ordem), bebendo e falando merda, assistindo eventuais filmes na televisão também. Algum tempo depois, lembro-me dele ter me agradecido, à mim e minha irmã por tê-lo recebido ali, pois a barra estava custosa para ele aguentar, devido ao rompimento com sua namorada. Diz ele que foi muito válido ter passado todos aqueles dias reunido com o galerão lémcasa, e muito me surpreendi com isto, pois a fachada das pessoas engana muito. Ele mesmo afirma que muitas pessoas já o confudiram com um ser mau-humorado e "sanguinário". Mesmo minha mãe, quando o conheceu, achou que ele estava com muita raiva de tudo, lembro-me dela me dizer isto. E não era o caso. Diz ele que em ocasiões que fica sem graça, seu semblante assume esta posição mais séria, e que pode transmitir esta idéia errada.
Pessoas são diferentes e ninguém lê mentes, de fato. E este lance de parecer ser uma coisa à primeira vista é um fato consumado na vida de todas as pessoas vivas. Creio que nós todos já nos deparamos com tal situação. Eu sei que já aconteceu comigo.
Na época em que eu tinha decidido abandonar este meu emprego aqui e retornar à faculdade, para tentar ingressar em um curso que talvez, TALVEZ, tivesse mais a ver comigo que a biologia, eu tive aulas preparatórias para a tal prova de aptidão com Daniel e Felipe de Mattos(outro fedaputa), e elas muito me valeram para a prova em si, eis que não sabia nada a respeito de tais exames, e precisava mesmo daquele "boost" para passar tal etapa. Eles nunca me cobraram nada, e muito me ajudaram. São pessoas que valem a pena ter como amigos, não acham? Entrementes, lembro-me bem do conselho "torto" de Daniel momentos antes da prova, data em que eu estava com os nervos em frangalhos: "Por que ficar nervoso? É o que você sempre fez na vida, vai lá e faça o que você sempre fez. Simples assim."
Não era tão simples, mas bem sabia eu que o cara estava certo. Fedaputa! Outra coisa que na época das aulas particulares pré-"belas" artes me embasbacou foi o tanto que este cara olhava para seu desenho, pensava um pouquinho e vomitava em cima de você um relato completo de suas aflições pessicológicas: você está assim, assim e assado, por conta disto e daquilo. Eu ficava embasbacado: como sabe disto?? Fedaputa! Várias outras pessoas que conheço experimentaram semelhante avaliação e ficaram igualmente aturdidas.
Eu, de meu lado, afirmo que a amizade com caras fedaputas como Daniel, o Pinheiro Lima, é muito necessária e benéfica para caras como eu, este feixe de contradições e complicações nervosas. E por vezes até me pergunto como ele e outros fedaputas chamados Farrapos me toleram até hoje, pois passam-se os anos e as nóias continuam a me ancorar. Não sei se eles mesmos sabem, mas uma de minhas viagens erradas que mais me joga pro buraco é do mundo me isolar(inculindo a eles), não por ojeriza do mundo em si, mas por achar que minha presença só enche o saco, tamanha são as neuras em mim encerradas. Bem sei que isto é errado, e por vezes me surpreendo quando se referem a mim como um bom amigo, um cara legal.
Mas, agradeço muito a vocês, meus caros, por tanta paciência e tantos bons momentos. A homenagem do dia é ao Daniel, mas pode muito bem se estender a todos os Farrapos, afinal de contas. Mas, voltando ao cara em questão, como já disse antes, ele faz as tiras do peixe Oswaldo Augusto há mais de dez anos, e são muito boas, algumas delas sempre me fazendo rir mesmo em meus dias de mais negros humores. E por vezes, a situação ali ilustrada é absurdamente coerente com minha realidade, mas com bom humor descrita, ao contrário de minhas explosões de raiva, agressividade e depressões aqui escritas.
Pois bem. Contrariando algumas convenções de regras legais e regulamentos, eu tive a seguinte idéia de um presente para este meu amigo. Fazer uma fan-art de seu personagem principal. Demorei horrores para pensar em algo interessante, ainda mais tempo para pôr a coisa no papel. Mas consegui fazer:
Bem sei que eu mesmo não fiquei 100% satisfeito, inda mais que eu tive um momento clássico de Esprit d'escalier na punchline. Eu deveria ter fechado a tira com as seguintes palvras para o Verme: "Fálico é o caralho, seu fedaputa!!" Um dos motivos pelo qual eu não gosto de escrever as falas dos personagens à mão, além da evidente razão de possuir péssima letra, é este: eu sempre fico matutando e depois penso em algo melhor para escrever.
Mas no geral, eu achei que funcionou, pois eu me apropriei dos personagens principais da tira - Oswaldo e o Verme - e meio que fiz uma experimentação que ficou bacana, em minha opinião. Em meu entendimento, no universo desenhado por Daniel, o Oswaldo é sempre sacaneado pelo Verme. Eu fiz uma inversão das coisas no meu rabisco. Eu quase nada sei da "mitologia" dos personagens criados por meu amigo, mas sei que em geral, o Oswaldo sempre sai perdendo. Desta vez não, eheheheh. E a piadinha cretina dita por Oswaldo no final me soou como coisa que o fedaputa de seu criador diria. Bem apropriado, eu diria.
Bem sei eu que o Verme nada mais é que quase um Lombardi na tira, e que a planta em que reside - aquele cactus aquático em que o Verme reside e que cujo espécie quatro anos de biologia falharam-me em ensinar, não faz parte do personagem em si. O Verme é um ser puntiforme, realmente de dificílima execução enquanto desenho, pois não. Ah! Outro detalhe. Sempre achei que no caso da planta, o Daniel se inspirou no desenho formado por aquelas pedrinhas brancas e pretas da calçada da R. Guajajaras com Afonso Pena, à esquerda de quem sobe tal rua. Ehehehe.
Enfim, é segunda feira, e este improviso está se estendendo por demais. Mas espero que seja o suficiente, em conjunto com a tira em si, para servir de presente para este fedaputa o qual quis homenagear na data de hoje, que me afirmaram ser seu aniversário. Depois eu darei em mãos o presente físico em questão, o papel em que desenhei a infâmia logo acima representada. Espero não ter detonado demais com sua obra(como Marcela disse, "Porra! O Oswaldo ficou muito Sr. Bode") e me desculpe não ter pedido autorização. Ela já estava pronta no sábado, data em que qause todos os Farrapos se reuniram em minha casa, para morrer de frio e encher a cara. Foi tudo muito bom, e a inesperada visita deste tal de Daniel, o Fedaputa e sua esposa, na data em questão melhorou mais ainda a ocasião, não só por opinião minha mas como a de outrem lá presentes. Não vos entreguei a coisa nem falei nada, nem para você nem para mais ninguém pois realmente queria que fosse uma surpresa, para o bem ou para o mal, eheheheh.
Valeu, seu Fedaputa! Parabéns ae zin! Nós, que somos tão velhos quanto o panquerroque, de 1977, temos as manhas e as moral.
Bem, ao menos alguns de nós têm. Eheheheh.
Pessoas são diferentes e ninguém lê mentes, de fato. E este lance de parecer ser uma coisa à primeira vista é um fato consumado na vida de todas as pessoas vivas. Creio que nós todos já nos deparamos com tal situação. Eu sei que já aconteceu comigo.
Na época em que eu tinha decidido abandonar este meu emprego aqui e retornar à faculdade, para tentar ingressar em um curso que talvez, TALVEZ, tivesse mais a ver comigo que a biologia, eu tive aulas preparatórias para a tal prova de aptidão com Daniel e Felipe de Mattos(outro fedaputa), e elas muito me valeram para a prova em si, eis que não sabia nada a respeito de tais exames, e precisava mesmo daquele "boost" para passar tal etapa. Eles nunca me cobraram nada, e muito me ajudaram. São pessoas que valem a pena ter como amigos, não acham? Entrementes, lembro-me bem do conselho "torto" de Daniel momentos antes da prova, data em que eu estava com os nervos em frangalhos: "Por que ficar nervoso? É o que você sempre fez na vida, vai lá e faça o que você sempre fez. Simples assim."
Não era tão simples, mas bem sabia eu que o cara estava certo. Fedaputa! Outra coisa que na época das aulas particulares pré-"belas" artes me embasbacou foi o tanto que este cara olhava para seu desenho, pensava um pouquinho e vomitava em cima de você um relato completo de suas aflições pessicológicas: você está assim, assim e assado, por conta disto e daquilo. Eu ficava embasbacado: como sabe disto?? Fedaputa! Várias outras pessoas que conheço experimentaram semelhante avaliação e ficaram igualmente aturdidas.
Eu, de meu lado, afirmo que a amizade com caras fedaputas como Daniel, o Pinheiro Lima, é muito necessária e benéfica para caras como eu, este feixe de contradições e complicações nervosas. E por vezes até me pergunto como ele e outros fedaputas chamados Farrapos me toleram até hoje, pois passam-se os anos e as nóias continuam a me ancorar. Não sei se eles mesmos sabem, mas uma de minhas viagens erradas que mais me joga pro buraco é do mundo me isolar(inculindo a eles), não por ojeriza do mundo em si, mas por achar que minha presença só enche o saco, tamanha são as neuras em mim encerradas. Bem sei que isto é errado, e por vezes me surpreendo quando se referem a mim como um bom amigo, um cara legal.
Mas, agradeço muito a vocês, meus caros, por tanta paciência e tantos bons momentos. A homenagem do dia é ao Daniel, mas pode muito bem se estender a todos os Farrapos, afinal de contas. Mas, voltando ao cara em questão, como já disse antes, ele faz as tiras do peixe Oswaldo Augusto há mais de dez anos, e são muito boas, algumas delas sempre me fazendo rir mesmo em meus dias de mais negros humores. E por vezes, a situação ali ilustrada é absurdamente coerente com minha realidade, mas com bom humor descrita, ao contrário de minhas explosões de raiva, agressividade e depressões aqui escritas.
Pois bem. Contrariando algumas convenções de regras legais e regulamentos, eu tive a seguinte idéia de um presente para este meu amigo. Fazer uma fan-art de seu personagem principal. Demorei horrores para pensar em algo interessante, ainda mais tempo para pôr a coisa no papel. Mas consegui fazer:
Bem sei que eu mesmo não fiquei 100% satisfeito, inda mais que eu tive um momento clássico de Esprit d'escalier na punchline. Eu deveria ter fechado a tira com as seguintes palvras para o Verme: "Fálico é o caralho, seu fedaputa!!" Um dos motivos pelo qual eu não gosto de escrever as falas dos personagens à mão, além da evidente razão de possuir péssima letra, é este: eu sempre fico matutando e depois penso em algo melhor para escrever.
Mas no geral, eu achei que funcionou, pois eu me apropriei dos personagens principais da tira - Oswaldo e o Verme - e meio que fiz uma experimentação que ficou bacana, em minha opinião. Em meu entendimento, no universo desenhado por Daniel, o Oswaldo é sempre sacaneado pelo Verme. Eu fiz uma inversão das coisas no meu rabisco. Eu quase nada sei da "mitologia" dos personagens criados por meu amigo, mas sei que em geral, o Oswaldo sempre sai perdendo. Desta vez não, eheheheh. E a piadinha cretina dita por Oswaldo no final me soou como coisa que o fedaputa de seu criador diria. Bem apropriado, eu diria.
Bem sei eu que o Verme nada mais é que quase um Lombardi na tira, e que a planta em que reside - aquele cactus aquático em que o Verme reside e que cujo espécie quatro anos de biologia falharam-me em ensinar, não faz parte do personagem em si. O Verme é um ser puntiforme, realmente de dificílima execução enquanto desenho, pois não. Ah! Outro detalhe. Sempre achei que no caso da planta, o Daniel se inspirou no desenho formado por aquelas pedrinhas brancas e pretas da calçada da R. Guajajaras com Afonso Pena, à esquerda de quem sobe tal rua. Ehehehe.
Enfim, é segunda feira, e este improviso está se estendendo por demais. Mas espero que seja o suficiente, em conjunto com a tira em si, para servir de presente para este fedaputa o qual quis homenagear na data de hoje, que me afirmaram ser seu aniversário. Depois eu darei em mãos o presente físico em questão, o papel em que desenhei a infâmia logo acima representada. Espero não ter detonado demais com sua obra(como Marcela disse, "Porra! O Oswaldo ficou muito Sr. Bode") e me desculpe não ter pedido autorização. Ela já estava pronta no sábado, data em que qause todos os Farrapos se reuniram em minha casa, para morrer de frio e encher a cara. Foi tudo muito bom, e a inesperada visita deste tal de Daniel, o Fedaputa e sua esposa, na data em questão melhorou mais ainda a ocasião, não só por opinião minha mas como a de outrem lá presentes. Não vos entreguei a coisa nem falei nada, nem para você nem para mais ninguém pois realmente queria que fosse uma surpresa, para o bem ou para o mal, eheheheh.
Valeu, seu Fedaputa! Parabéns ae zin! Nós, que somos tão velhos quanto o panquerroque, de 1977, temos as manhas e as moral.
Bem, ao menos alguns de nós têm. Eheheheh.