segunda-feira, 2 de fevereiro de 2009

Austregésilo de Andrade Barros Mendonça.

...então o senão foi levantado. Entrementes, o relógio despertador se despertou e começou a preparar-se para a lide diária. Muito havia que ser feito naquela manhã de 2215. Ano curioso este, começou numa terça e acabou ontem. Como é de praxe em casos como este, fui levado a me informar no guichê de número três, que haviam outros guichês a me aguardar em sequencia aleatória na repartiçao de bipartições.

Entrementes, mais adiante, o pão nosso de cada dia rezava um Credo, para escapar do Putz, uma vez que este estava tornando-se deveras demodê. No supermercado, anunciava-se que os produtos da ala nove estavam agora alados, e as recepcionistas distribuíam redes a granel, para a captura de tão asiados produtos de beleza e higiene mental. Ou bucal. Ou oral. Ou, me disseram que ali adiante existia um proposito para a existencia, levemente usada.

Apesar de ser inverno, o sol ardia como acarajé quente, eis que me encontrava-me na Bahia, na esquina da intervenção pública de resolução de final de ano. Dessarte, fui orientado a dirigir-me para o volante; já que desejava dirigir, melhor lugar não havia. Ou haveria. Ou haverá. Haverá vida em Marte? Creio que não, embora esteja convicto que sim. Será? Não saberia dizer, ainda mais depois que grossas gotas de água teimavam em descer da face oculta da Lua. Lágrimas ou suor, não saberia dizer.

Sei que adiante teria que ir, que adiante teria que estar.
À frente de tudo e de todos,
Em conjeturas similares,
Em outra parte e em outro lugar,
Alem do tempo e do espaço,
Noutro lugar.

Algo disso fez algum sentido? Não? Não se preocupem, assim como as manhãs de segunda feira - que não fazem o MENOR sentido - tenho a tendência de escrever textos nonsense às vezes. Considero-os extremamente divertidos por vezes. Às vezes é bom lembrarmo-nos que por mais que queiramos que tudo seja bonitinho e funcional, nem sempre isso acontece. Em especial nas segundas feiras pela manhã...