terça-feira, 17 de fevereiro de 2009

Nhé.



Por estes dias, consegui arrumar para mim uma cópia do jogo de computador intitulado GTA 4, franquia esta tão famosa por toda sua controvérsia sobre a violência em videogames. Sim, o jogo é violento(mesmo no sentido da arcaica gíria em questão; é do caralho!), assim como seu predecessores. Em todas as versões anteriores admito que joguei não pelo jogo em si, mas pelo caos que pode-se fazer naquele ambiente virtual. As missões e etcoeteras nunca me interessaram, mas sim o nonsense caótico que pode-se criar. É extremamente absurdo...e divertido, admito. Utilizo-o como válvula de escape, faço ali atos vis e divertidos, em se tratando de faz-de-conta(tipo atropelar inocentes transeuntes virtuais) sem as penalidades impostas pela lei do mundo real, que me poriam a ferros se assim o procedesse aqui no mundo real.

Agora, quanto à eterna discussão se isto torna quem o joga um facínora, um sociopata, posso afirmar que...NÃO. Se alguem no caralhoplano jogou tais jogos e depois matou um taxista, atropelou velhinhas e quejandos, não é por culpa do jogo. Não abro mão desta opinião. Se existe alguém culpado, é o próprio imbecil que o fez. Não culpem um jogo por conta da estupidez humana. "Estímulos" à violência existe em milhares de outras formas de entretenimento - televisão, cinema, livros, rádio, etc.

Como exemplo e como desabafo pela minha indignação, irei citar aqui um fato ocorrido no último fim de semana, dia que os dois times de futebol mais tradicionais desta cidade se degladiaram em campo. Um adolescente trajando a camisa de um dos times(não importa se era deste ou daquele), foi baleado de forma fulminante enquanto esperava um ônibus na área central da cidade. Não sei todos os fatos acerca do ocorrido - não sei se prenderam a criatura que fez tal coisa, por exemplo - mas me pergunto: foi culpa do futebol? Foi culpa do time que o pilantra torcia? Não. Foi culpa do filho da puta, única e exclusivamente. Que ninguém tente me dizer o contrário, e que ninguém me venha defender este ordinário. A morte horrenda de tal criatura é pouco para puni-lo, em minha opinião. E ainda assim não restituirá a vida do menino que exterminou.

Citarei aqui outro exemplo que vivenciei, em minha pele. A maioria não deve saber deste fato, uma vez que ele é vexatório e certamente irá gerar risadinhas e comentários jocosos. Foda-se, estou cansado de ocultar minhas opiniôes por conta da imaturidade de outrem. Acontece que, dou aulas particulares, e o local que ministro tais aulas é...famoso por ser ponto dos mais diversos profissionais do sexo em suas redondezas. Em uma noite de calor, encontrava-me trajando camiseta sem mangas, e estava aguardando o ônibus para voltar para casa, devidamente acompanhado(no sentido de estar próximo de) de duas "mulheres"(eis que travestis abundam na área em questão, então não sei ao certo). Então, estava ali bendomeu, quando passa um carro digno de ilustra a crônica da sexta passada: uma SUV com os tais fárois cegadores. Assim que me avistaram, berraram um nome que, segundo a cartilha de 2005 de nosso ilustre presidente, ofende aos cervídeos por designar homossexuais, ou coisa que o valha. Logicamente, ignorei os sacripantas, mas o que aconteceria se estes estivessem armados e resolvessem se livrar de mim apenas por estar no local errado na hora errada?

De quem seria a culpa se isto acontecesse? De um videogame que ele teria jogado horas antes de fazê-lo? Do jogo de futebol televisionado? Quem me responde?