Vá para a casa de seu amigo, seu irmão. Vá e se reencontre. Em meio à trivialidade e saudosismo, se reafirme no que és. Feriado, feriado, tão poucos, tão queridos, por todos nós meros mortais que não nascemos em dourados berços de diamantes e ouro branco, ainda que mesmo assim seriam prateados, por assim dizer. Relembre tempos passados, ressurja das cinzas que antecederam tal data. Encontre.
Sinta a umidade do ar, beirando a casa dos milhares, uma vez que centena nenhuma poderia ser mais descritiva, sinta o frio local, que tão bem conheces, desde tempos primordiais. Chegastes preparado? Deveras, deveras, bem conheces tal clima, tal local. Névoa, "neve" a perder de vista, mesmo que avista não valha para muito no presente momento, em presentes circunstâncias.
Amigos, amigos, bem vindos sejam, bem aventurados sejam, que nos fazem rir, sorrir, no meio de tanta chatice humana, desumana, profissional, pessoal, passional, seja lá o que mais. Beba, beba, sorria, fume, se divirta. É uma ocasião especial, deveras. Sinta o etanol rodar, rodopiar sua cabeça, ameaçar expurgar além das mazelas triviais, banais, boçais, de tua cabeça, o conteúdo de peixes e cogumelos comestíveis de seu estômago. Resista! Visites a cama, porém não o banheiro.
Não sem antes desastrada e etílica mão quebrar em pedaços alheia propriedade. A vergonha, a vergonha. Acontece com os melhores e piores bebuns. Enfim.
Reencontre velhos amigos, cada qual de seu jeito, cada qual com seu jeito, sinta raiva daquele que é mais contundente mesmo sem ser um cretino, sinta a inexistência crescer dentro de você diante de tal comentário, tão normal a seu amigho quanto o ar que respiramos. Sinta a raiva aflorar, mas aquiesças em silêncio. Bem sabes o tão retardado e reclamativo andas em seus escritos, em seu ser.
Entretanto, tenha a errada viagem de crescer tal certeza em tua cabeça enquanto recusas novas socializações. No interior lúgubre de teu barco sem mar, seu quarto especialmente arranjado, sintas a inexistência tomar conta de teus pensamentos antes de dormir. Tenha raiva mais uma vez de teu amigo, mas saibas que foi culpa sua, sempre é culpa sua.
Não estragues o feriado. Passe por cima, acorde no dia seguinte, tudo em seu lugar, todas as paredes e muros com suas pedras e tijolos de silêncio e resignação.
Apareçam, outros companheiros! Aquele que foi seu companheiro em outro mundo nada real, e aquele que todos insistem em caçoar, de seus repentes e dizeres não muito pensados. Converse com este e aquele, sinta novamente a inexistência aflorar, a necessidade quase insana deste mundo abandonar, e retomares irreal vida, irreal ocupação no mundo das máquinas, da fantasia cibernética que já foi oitenta e cinco por cento de sua vida. Sinta o apelo de tal chamado, irresistível e perigoso, pelo ponto de vista de certa porção dita racional de tua mente e aos olhos de psicólogos, antropólogos, psicanalistas e quejandos.
Vá dormir, novamente. Mais cedo, mais faminto por sentidos, antes de perder os mesmo, naquele embalar mole da cama, da sonolência, de teu barco sem mar. Dia seguinte, reencontre o dono da casa, tudo em seu devido lugar, mas o vazio tomando conta de tudo. Sinta novamente a tentação de seguir adiante o plano de tudo abandonar, e ceda levemente, tome o primeiro passo. Pouco falta agora, para tudo recomeçar. Tudo terminar. Veja maus filmes, coma boas comidas, veja discussões alheias, se pergunte se existe união realmente valiosa, questione pele enésima vez a possibilidade das pessoas ficarem juntas. Vá dormir, novamente.
Acorde e vá trabalhar, sentindo o distante apelo da virtualização de teus problemas. Se pergunte se existes deveras, sendo humano sem deveras assim se sentir.
Onde está seu lugar? Aqui, neste mundo, dito real, ou ali, onde nada é de fato verdadeiro?
Sinta, em plena terça-feira, o ocaso de uma segunda que não teve lugar.
Sinta a umidade do ar, beirando a casa dos milhares, uma vez que centena nenhuma poderia ser mais descritiva, sinta o frio local, que tão bem conheces, desde tempos primordiais. Chegastes preparado? Deveras, deveras, bem conheces tal clima, tal local. Névoa, "neve" a perder de vista, mesmo que avista não valha para muito no presente momento, em presentes circunstâncias.
Amigos, amigos, bem vindos sejam, bem aventurados sejam, que nos fazem rir, sorrir, no meio de tanta chatice humana, desumana, profissional, pessoal, passional, seja lá o que mais. Beba, beba, sorria, fume, se divirta. É uma ocasião especial, deveras. Sinta o etanol rodar, rodopiar sua cabeça, ameaçar expurgar além das mazelas triviais, banais, boçais, de tua cabeça, o conteúdo de peixes e cogumelos comestíveis de seu estômago. Resista! Visites a cama, porém não o banheiro.
Não sem antes desastrada e etílica mão quebrar em pedaços alheia propriedade. A vergonha, a vergonha. Acontece com os melhores e piores bebuns. Enfim.
Reencontre velhos amigos, cada qual de seu jeito, cada qual com seu jeito, sinta raiva daquele que é mais contundente mesmo sem ser um cretino, sinta a inexistência crescer dentro de você diante de tal comentário, tão normal a seu amigho quanto o ar que respiramos. Sinta a raiva aflorar, mas aquiesças em silêncio. Bem sabes o tão retardado e reclamativo andas em seus escritos, em seu ser.
Entretanto, tenha a errada viagem de crescer tal certeza em tua cabeça enquanto recusas novas socializações. No interior lúgubre de teu barco sem mar, seu quarto especialmente arranjado, sintas a inexistência tomar conta de teus pensamentos antes de dormir. Tenha raiva mais uma vez de teu amigo, mas saibas que foi culpa sua, sempre é culpa sua.
Não estragues o feriado. Passe por cima, acorde no dia seguinte, tudo em seu lugar, todas as paredes e muros com suas pedras e tijolos de silêncio e resignação.
Apareçam, outros companheiros! Aquele que foi seu companheiro em outro mundo nada real, e aquele que todos insistem em caçoar, de seus repentes e dizeres não muito pensados. Converse com este e aquele, sinta novamente a inexistência aflorar, a necessidade quase insana deste mundo abandonar, e retomares irreal vida, irreal ocupação no mundo das máquinas, da fantasia cibernética que já foi oitenta e cinco por cento de sua vida. Sinta o apelo de tal chamado, irresistível e perigoso, pelo ponto de vista de certa porção dita racional de tua mente e aos olhos de psicólogos, antropólogos, psicanalistas e quejandos.
Vá dormir, novamente. Mais cedo, mais faminto por sentidos, antes de perder os mesmo, naquele embalar mole da cama, da sonolência, de teu barco sem mar. Dia seguinte, reencontre o dono da casa, tudo em seu devido lugar, mas o vazio tomando conta de tudo. Sinta novamente a tentação de seguir adiante o plano de tudo abandonar, e ceda levemente, tome o primeiro passo. Pouco falta agora, para tudo recomeçar. Tudo terminar. Veja maus filmes, coma boas comidas, veja discussões alheias, se pergunte se existe união realmente valiosa, questione pele enésima vez a possibilidade das pessoas ficarem juntas. Vá dormir, novamente.
Acorde e vá trabalhar, sentindo o distante apelo da virtualização de teus problemas. Se pergunte se existes deveras, sendo humano sem deveras assim se sentir.
Onde está seu lugar? Aqui, neste mundo, dito real, ou ali, onde nada é de fato verdadeiro?
Sinta, em plena terça-feira, o ocaso de uma segunda que não teve lugar.