O Adicto anda pelas ruas, anda pelos lugares, vê pessoas e gentes por todas as partes, mas não Pessoas, muito menos Gentes. Ele sabe que deveria encontrar, sabe que deveria achar, mas não sabe onde. Procura e procura, mas tudo lhe faz perguntar, questionar. Sente o retorno se aproximar, o retorno, a proximidade dele, e se assusta. Com o tanto que deseja, precisa retornar.
Para onde? O Adicto é adicto, é viciado. Não precisa de uma razão, um motivo, se assim apenas o fosse. Mas não é. Ele sabe de sua razão, sabe de seus motivos. Tenta e tenta se manter distante, mas sabe que não dá mais conta. Infiel, dirão uns, maluco, dirão outros, e todos o apedrejarão. Todos, menos seus companheiros de vício, que ele sabe bem onde encontrar, assim que o retorno acontecer. E deve acontecer, vai acontecer, bem sabe ele.
O tempo passou, anos passaram, longe. Mas em verdade, ele sabe que não saiu do lugar, não encontrou algo que só o retorno pode oferecer, naquele lugar, naquele mundo que só ele sabe acontecer, ali, somente ali, onde ele sabe que deve se encontrar. O Adicto sabe que talvez, porventura, não devesse agir como tal, mas está cansado. Cansado de tanto tentar, nunca conseguir. Tanto olhar mas nunca encontrar. Adiantará retornar? Conseguirá, de fato, retornar? E se depois ali não mais se encontrar, conseguirá ele voltar?
Não sabe. Não pode saber. Repire fundo, senhor Adicto. A coisa irá engrossar, o tempo irá passar, a vida prosseguirá, por todos os lados, por todos os lugares. Mesmo para ti, que retornarás. Que está retornando, mesmo sem saber se deve, se pode. Mas Adictos sabem: eles se afastaram, mas nunca dali saíram. Eles sabem, e o Adicto não é diferente. Ele sabe. E teme. Mas todos se cansam. Todos aqueles, que tentam encontrar mas não acham, sabem. Sabem que o tempo passa e as coisas deveriam acontecer, mas não acontecem. Não àqueles que são como ele. Adictos.
Prossiga, vá em frente. Caso tudo dê errado, o mundo real cá estará, ele sempre esteve. E o tempo passa, bem sabemos todos. Assim ou assado, acontecerá. Os relógios não param, ainda mais com tanta fonte de energia sustentável, tantos servidores, tantos reatores. Tantas células independentes, tanto progresso. Para o Adicto, nada disso presta, nada significa. Chega.
O retorno, irá acontecer. Está próximo. Em seu sangue, a sensação é de fissura. Tremores. O coração dispara quando vê a coisa diante de si. O mundo, o Mundo. Todo o Mundo, toda sua inutilidade e toda sua glória; todas suas cores, sons, criaturas. Tudo que ali está, encerrado dentro daquela caixa, daquele local. O Adicto suspira e pensa mais uma vez no outro mundo que está prestes a abandonar. Valerá a pena?
Só existe uma maneira de saber. Somente uma.
Para onde? O Adicto é adicto, é viciado. Não precisa de uma razão, um motivo, se assim apenas o fosse. Mas não é. Ele sabe de sua razão, sabe de seus motivos. Tenta e tenta se manter distante, mas sabe que não dá mais conta. Infiel, dirão uns, maluco, dirão outros, e todos o apedrejarão. Todos, menos seus companheiros de vício, que ele sabe bem onde encontrar, assim que o retorno acontecer. E deve acontecer, vai acontecer, bem sabe ele.
O tempo passou, anos passaram, longe. Mas em verdade, ele sabe que não saiu do lugar, não encontrou algo que só o retorno pode oferecer, naquele lugar, naquele mundo que só ele sabe acontecer, ali, somente ali, onde ele sabe que deve se encontrar. O Adicto sabe que talvez, porventura, não devesse agir como tal, mas está cansado. Cansado de tanto tentar, nunca conseguir. Tanto olhar mas nunca encontrar. Adiantará retornar? Conseguirá, de fato, retornar? E se depois ali não mais se encontrar, conseguirá ele voltar?
Não sabe. Não pode saber. Repire fundo, senhor Adicto. A coisa irá engrossar, o tempo irá passar, a vida prosseguirá, por todos os lados, por todos os lugares. Mesmo para ti, que retornarás. Que está retornando, mesmo sem saber se deve, se pode. Mas Adictos sabem: eles se afastaram, mas nunca dali saíram. Eles sabem, e o Adicto não é diferente. Ele sabe. E teme. Mas todos se cansam. Todos aqueles, que tentam encontrar mas não acham, sabem. Sabem que o tempo passa e as coisas deveriam acontecer, mas não acontecem. Não àqueles que são como ele. Adictos.
Prossiga, vá em frente. Caso tudo dê errado, o mundo real cá estará, ele sempre esteve. E o tempo passa, bem sabemos todos. Assim ou assado, acontecerá. Os relógios não param, ainda mais com tanta fonte de energia sustentável, tantos servidores, tantos reatores. Tantas células independentes, tanto progresso. Para o Adicto, nada disso presta, nada significa. Chega.
O retorno, irá acontecer. Está próximo. Em seu sangue, a sensação é de fissura. Tremores. O coração dispara quando vê a coisa diante de si. O mundo, o Mundo. Todo o Mundo, toda sua inutilidade e toda sua glória; todas suas cores, sons, criaturas. Tudo que ali está, encerrado dentro daquela caixa, daquele local. O Adicto suspira e pensa mais uma vez no outro mundo que está prestes a abandonar. Valerá a pena?
Só existe uma maneira de saber. Somente uma.