Tec, tec, tec.
O que tanto escreves? Coisas. O que são estas coisas? Coisas que vivencio, que penso, nos dias que ainda estou vivo, estou acordado, lúcido. Lúcido, sei. Você. Sim; apesar de sempre ter sido tachado de doido, sei que não sou mais doido que as pessoas ao meu redor. Faço isto e aquilo, coisas estranhas, maravilhosas ocupações, mas somente para mim. Olhe ao redor. Quem está a volta de você é normal? Se responderes sim, estás enganado.
Ninguém é normal. Não ao menos como querem que sejamos, não como afirmam ser. Todos, todos temos as esquisitices que só mesmo nós compreendemos. Bela desculpa, esta, para ser esquisito e se apaziguar. Não é bem assim, eu diria. Pense, veja se tal normalidade existe em todos planos de sua vida. Pense. Seja sincero.
Conheco gente normal que fala sozinho. Conheço gente normal, que é consumista compulsiva de porcarias tecnológicas que compram apenas por comprar. Conheço normais que só conseguem dormir se antes de se dirigir ao leito, lavam a mão umas quinze vezes. Conheço normais que adoram mijar em seus quintais, mesmo estando o banheiro ali, de seus lados. exisstem normais que trocam filhos por cachorros, gatos, iguanas, marmotas, e quejandos.
Existem seres absolutamente normais que se frequentam igrejas, cantam no coro, e pagam por seu lugar no "céu," religiosamente, por assim dizer, e roubam a internet do vizinho, fazem cópias ilegais de softwares, de cds de música que prega a palavra do senhor deles, este que sempre apregoa que não deves roubar. Normais, normais. Que são inteligentíssimos, produzem teses científicas, permitem o avanço da sociedade, ganham prêmios Nobel, mas que não conseguem interagir com pessoas do sexo oposto.
Normais.
Que se acotovelam diante de um aparelho televisor para verem dois homens se batendo, quebrando a cara um do outro, sangrando, em exibição típica e idiota de força. Que julgam quem não aprecia tal violência como seres aparentemente retardados, idiotas, afeminados, coisa que o valha. Normais, que se inscrevem em cursos que não querem fazer, aprendem matérias que não querem aprender, apenas com o intuito de arrumarem um emprego que lhes renderá estabilidade infinita para coçarem o saco e atrofiarem seus tão inteligentes cérebros em empregos absolutamente inertes.
Normais, que escutam música clássica e ainda assim conseguem apreciar um "fanque" carioca. Como seria possível conciliar tais extremos? Sendo normal, aparentemente. Normais, que desenham, desenham, desenham, e não conseguem render um puto com tal atividade, mas que ainda assim não param de tentar. Normal. Seres típicos, que pregam a paz no mundo mas realizam a desforra contra seus compatriotas em violentos videojogos. Requintados seres, que nunca permitem a pronúncia de palavras de baixo calão em sua presença, mas que não hesitam em julgar os outros ao seu redor, que não trajam roupas de marca, camisas de botão.
Pessoas que sempre têm de estar acompanhadas. Que não conseguem ficar sem sair de casa. Que não conseguem juntar dinheiro. Que se excitam com coisas impublicáveis, que riem de grosseiras piadas, que fazem parte de estranhas instituições, que ganham a vida explorando a fraqueza alheia. Que fazem dos outros alvos inimigos, mesmo que estes nunca tenham sequer lhe dirigido a palavra. Normais.
Gente que precisa de oito talheres à mesa para apreciar uma refeição com dito requinte. Que gostam de comer caviar. Que gostam de Campari. Que tomam drogas para recriar um mundo paralelo e lá tentarem viver. Que se refugiam da realidade em eletrônicas diversões, que procuram apenas o lado negro das pessoas, para depois usar tais apontamentos como armas contra tais pessoas aparentemente tão normais, tão triviais.
Pessoas que têm dinheiro suficiente para comer no desjejum notas de cem euros mas que regateiam preço ao comprarem camisas de camelô. Gente que apregoa o amor divino, a glória aos céus, a moral e os bons costumes mas que têm escondidas em algum canto de seus computadores arquivos de pornografia infantil.
Gente que coleciona cascas de ovos. Pessoas que vivem em apartamentos regidos por seus animais de estimação, que dormem com gatos, que levam o cachorrinho na acunpuntura. Gente que habita a casa de seus familiares mas que não lhes considera familiares.
Normais, normais. Que escrevem e escrevem, coisas estranhas, que moram em mofados sótãos e tanto maldizem a humanidade, mesmo sendo irremediavelmente parte dela, parte da mesma "escória" que tanto apregoa em seus escritos...
Normais, estes seres. Eu e todos nós. Todos vós. Eu tu ele nós vós eles.
Normal, é ser doido. Aparentemente.
O que tanto escreves? Coisas. O que são estas coisas? Coisas que vivencio, que penso, nos dias que ainda estou vivo, estou acordado, lúcido. Lúcido, sei. Você. Sim; apesar de sempre ter sido tachado de doido, sei que não sou mais doido que as pessoas ao meu redor. Faço isto e aquilo, coisas estranhas, maravilhosas ocupações, mas somente para mim. Olhe ao redor. Quem está a volta de você é normal? Se responderes sim, estás enganado.
Ninguém é normal. Não ao menos como querem que sejamos, não como afirmam ser. Todos, todos temos as esquisitices que só mesmo nós compreendemos. Bela desculpa, esta, para ser esquisito e se apaziguar. Não é bem assim, eu diria. Pense, veja se tal normalidade existe em todos planos de sua vida. Pense. Seja sincero.
Conheco gente normal que fala sozinho. Conheço gente normal, que é consumista compulsiva de porcarias tecnológicas que compram apenas por comprar. Conheço normais que só conseguem dormir se antes de se dirigir ao leito, lavam a mão umas quinze vezes. Conheço normais que adoram mijar em seus quintais, mesmo estando o banheiro ali, de seus lados. exisstem normais que trocam filhos por cachorros, gatos, iguanas, marmotas, e quejandos.
Existem seres absolutamente normais que se frequentam igrejas, cantam no coro, e pagam por seu lugar no "céu," religiosamente, por assim dizer, e roubam a internet do vizinho, fazem cópias ilegais de softwares, de cds de música que prega a palavra do senhor deles, este que sempre apregoa que não deves roubar. Normais, normais. Que são inteligentíssimos, produzem teses científicas, permitem o avanço da sociedade, ganham prêmios Nobel, mas que não conseguem interagir com pessoas do sexo oposto.
Normais.
Que se acotovelam diante de um aparelho televisor para verem dois homens se batendo, quebrando a cara um do outro, sangrando, em exibição típica e idiota de força. Que julgam quem não aprecia tal violência como seres aparentemente retardados, idiotas, afeminados, coisa que o valha. Normais, que se inscrevem em cursos que não querem fazer, aprendem matérias que não querem aprender, apenas com o intuito de arrumarem um emprego que lhes renderá estabilidade infinita para coçarem o saco e atrofiarem seus tão inteligentes cérebros em empregos absolutamente inertes.
Normais, que escutam música clássica e ainda assim conseguem apreciar um "fanque" carioca. Como seria possível conciliar tais extremos? Sendo normal, aparentemente. Normais, que desenham, desenham, desenham, e não conseguem render um puto com tal atividade, mas que ainda assim não param de tentar. Normal. Seres típicos, que pregam a paz no mundo mas realizam a desforra contra seus compatriotas em violentos videojogos. Requintados seres, que nunca permitem a pronúncia de palavras de baixo calão em sua presença, mas que não hesitam em julgar os outros ao seu redor, que não trajam roupas de marca, camisas de botão.
Pessoas que sempre têm de estar acompanhadas. Que não conseguem ficar sem sair de casa. Que não conseguem juntar dinheiro. Que se excitam com coisas impublicáveis, que riem de grosseiras piadas, que fazem parte de estranhas instituições, que ganham a vida explorando a fraqueza alheia. Que fazem dos outros alvos inimigos, mesmo que estes nunca tenham sequer lhe dirigido a palavra. Normais.
Gente que precisa de oito talheres à mesa para apreciar uma refeição com dito requinte. Que gostam de comer caviar. Que gostam de Campari. Que tomam drogas para recriar um mundo paralelo e lá tentarem viver. Que se refugiam da realidade em eletrônicas diversões, que procuram apenas o lado negro das pessoas, para depois usar tais apontamentos como armas contra tais pessoas aparentemente tão normais, tão triviais.
Pessoas que têm dinheiro suficiente para comer no desjejum notas de cem euros mas que regateiam preço ao comprarem camisas de camelô. Gente que apregoa o amor divino, a glória aos céus, a moral e os bons costumes mas que têm escondidas em algum canto de seus computadores arquivos de pornografia infantil.
Gente que coleciona cascas de ovos. Pessoas que vivem em apartamentos regidos por seus animais de estimação, que dormem com gatos, que levam o cachorrinho na acunpuntura. Gente que habita a casa de seus familiares mas que não lhes considera familiares.
Normais, normais. Que escrevem e escrevem, coisas estranhas, que moram em mofados sótãos e tanto maldizem a humanidade, mesmo sendo irremediavelmente parte dela, parte da mesma "escória" que tanto apregoa em seus escritos...
Normais, estes seres. Eu e todos nós. Todos vós. Eu tu ele nós vós eles.
Normal, é ser doido. Aparentemente.