...E então, de repente, o Noiado fez uma descobrida, descoberta, coisa assim, coisa óbvia, que sempre esteve à sua cara, bem ali, no seu nariz. Claro, claro. Era óbvio a todos.
O Noiado é um nerd. Sempre foi um nerd. Sempre será um. Sempre, sempre.
E o que é ser nerd? Não pertencer ao povão, aos frangos? Em parte. Irremediavelmente, bem sabe ele que faz parte do Grande Galinheiro, inexoravelmente. Mas, sempre se sentiu à parte de tudo aquilo, de todo este caos que o circunda, coisas que nunca entendeu nem nunca quis entender, apesar de ainda assim tantas questões, tantas inúteis indagações tenham circulado em sua cabeça, por toda uma vida.
Por dois anos, o Noiado tentou se negar como nerd, embarcando nisto e naquilo, mas sem ver sentido nenhum em nada do que fazia. Ele sabia que algo fazia falta. Algo com que se identificou tanto, mas tanto, que o fez sair da vida real, por assim parecer, para embarcar em um outro mundo. O mundo não-real dos nerds. Em especial, dos nerds qeu, como ele, são viciados em certa droga, certo escapismo denominado diversões eletrônicas, video-games, joguinhos. Joguinhos. Curiosa e malvista alcunha esta, condenada por todos os outros seres pensantes(ou nem tanto) que habitam este planeta. Condenada mesmo por outros tipos de nerd, aqueles que deste tipo de "nerdice" nunca gostaram.
Ali ele se reencontrou. Por mais estranho que possa parecer a todos os outros seres, frangos ou nerds não-electrônicos. E reencontrou sua tribo, seus amigos que são como ele, e não tentam negar. Ele, que nestes dois anos rechaçou com veêmencia tudo isto, em vã tentativa de se encontrar e sempre se perder diante do caos do mundo e de suas estranhas regras, teve de engolir tudo que havia sido dito. Tudo.
Bem sabe ele que as gentes que o conhecem bem irão menear a cabeça diante disto, mas bem sabe ele também que os verdadeiros amigos são aqueles que o entendem. Que continuam sendo seus amigos, mesmo que ele retorne ao antigo vício.
E ele sabe que não é o único a se valer de tais artifícios para escapar, ainda que momentaneamente de todo o absurdo que o circunda. Sabe que mesmo os frangos se isolam em suas novelas, suas partidas de futebol, suas fofocas. E os outros nerds se afundam em livros, em sites da internet, em imagens e mais imagens de bobagens gratuitas, em pornografia, em drogas menos legais e mais sintéticas. Todos têm este direito. Todos.
E a vida prossegue. Adictos, somos todos. Diferentes formas de fuga, encontramos todos. E sempre haverão diferentes escapistas condenando o escapismo alheio. Sempre assim, sempre assim.
A vida prossegue.
O Noiado é um nerd. Sempre foi um nerd. Sempre será um. Sempre, sempre.
E o que é ser nerd? Não pertencer ao povão, aos frangos? Em parte. Irremediavelmente, bem sabe ele que faz parte do Grande Galinheiro, inexoravelmente. Mas, sempre se sentiu à parte de tudo aquilo, de todo este caos que o circunda, coisas que nunca entendeu nem nunca quis entender, apesar de ainda assim tantas questões, tantas inúteis indagações tenham circulado em sua cabeça, por toda uma vida.
Por dois anos, o Noiado tentou se negar como nerd, embarcando nisto e naquilo, mas sem ver sentido nenhum em nada do que fazia. Ele sabia que algo fazia falta. Algo com que se identificou tanto, mas tanto, que o fez sair da vida real, por assim parecer, para embarcar em um outro mundo. O mundo não-real dos nerds. Em especial, dos nerds qeu, como ele, são viciados em certa droga, certo escapismo denominado diversões eletrônicas, video-games, joguinhos. Joguinhos. Curiosa e malvista alcunha esta, condenada por todos os outros seres pensantes(ou nem tanto) que habitam este planeta. Condenada mesmo por outros tipos de nerd, aqueles que deste tipo de "nerdice" nunca gostaram.
Ali ele se reencontrou. Por mais estranho que possa parecer a todos os outros seres, frangos ou nerds não-electrônicos. E reencontrou sua tribo, seus amigos que são como ele, e não tentam negar. Ele, que nestes dois anos rechaçou com veêmencia tudo isto, em vã tentativa de se encontrar e sempre se perder diante do caos do mundo e de suas estranhas regras, teve de engolir tudo que havia sido dito. Tudo.
Bem sabe ele que as gentes que o conhecem bem irão menear a cabeça diante disto, mas bem sabe ele também que os verdadeiros amigos são aqueles que o entendem. Que continuam sendo seus amigos, mesmo que ele retorne ao antigo vício.
E ele sabe que não é o único a se valer de tais artifícios para escapar, ainda que momentaneamente de todo o absurdo que o circunda. Sabe que mesmo os frangos se isolam em suas novelas, suas partidas de futebol, suas fofocas. E os outros nerds se afundam em livros, em sites da internet, em imagens e mais imagens de bobagens gratuitas, em pornografia, em drogas menos legais e mais sintéticas. Todos têm este direito. Todos.
E a vida prossegue. Adictos, somos todos. Diferentes formas de fuga, encontramos todos. E sempre haverão diferentes escapistas condenando o escapismo alheio. Sempre assim, sempre assim.
A vida prossegue.