Tanta coisa pra fazer, não é verdade? Tantos lugares que ainda não conhecemos, coisas a serem vistas, comidas a serem experimentadas, temperos a serem degustados. Viajar, viajar, experimentar, dizem ser, dizem saber. Ir e vir, estar sempre em estado de eterna partida, por assim dizer.
Cheiros bons das manhãs, as padarias e seus pães fresquinhos, o bom café. Cheiro da chuva na terra seca, som das gotas em telhas de barro cozido, ali organizado em seu teto, além mundo escondido num canto da cidade, num canto da bagunça urbana, onde cantam curiangos, onde malacos vão incomodar, por vil necessidade de tanto invejar.
Palavras por outrem escritas, mesmo do além mar, onde a europa jaz, donde Pessoa escreveu, donde tantos outonos estão a passar, enquanto aqui nós temos nossa mais gélida primavera dos últimos dez anos de todos os tempos; lá esta a Loba ao sul que não me deixa mentir, eis que lá é ainda mais tenebroso, mais rigoroso, o frio que não acalenta, à espera de quê, à espera da vida? Como faz, como faz?
E mesmo ao norte, em remota porção por nós do centro-sul do centro-oeste sudeste tão desconhecida, existe um Símbolo a falar, a escrever, a pensar e a ler, coisas bem mais contundendes que um mero Noiado qualquer jamais ousaria escrever, tamanha é sua não-vida, tamanha é sua incompreensão do mundo vasto mundo sem nenhum Raimundo que sirva de rima nem de solução. Tente, tente, quem sabes um dia acontece?
Pois ali não existe o horário de verão, cá não existe chuva em julho, em maio. Cá não temos florestas, temos cerrados, temos civilização? Temo, de fato? Teremos? E o que diria de nós o amigo europeu? Cá somos apenas um nada, um país de selvas e Samba? Não, quem pensa assim são estadounidenses, aqueles arrogantes seres que se afirmam "americanos", esquecendo de todas as outras américas.
Tentemos focar no bom lado da vida, o cheiro do café, o cheiro da padaria, e tantos outros aromas que alguns de nós não conhecem ainda. A companhia de nossos animais de estimação, tantas vezes mais humanos que muitos frangos por aí circulantes, a contemplação das caducifólias d'além-mar, tão exuberantes em cores.
E que todos nós encontremos uma maneira de salvar nossas vidas, nossas vidinhas, tão ordinárias, tão extraordinárias, dependendo do dia, do momento.
Cheiros bons das manhãs, as padarias e seus pães fresquinhos, o bom café. Cheiro da chuva na terra seca, som das gotas em telhas de barro cozido, ali organizado em seu teto, além mundo escondido num canto da cidade, num canto da bagunça urbana, onde cantam curiangos, onde malacos vão incomodar, por vil necessidade de tanto invejar.
Palavras por outrem escritas, mesmo do além mar, onde a europa jaz, donde Pessoa escreveu, donde tantos outonos estão a passar, enquanto aqui nós temos nossa mais gélida primavera dos últimos dez anos de todos os tempos; lá esta a Loba ao sul que não me deixa mentir, eis que lá é ainda mais tenebroso, mais rigoroso, o frio que não acalenta, à espera de quê, à espera da vida? Como faz, como faz?
E mesmo ao norte, em remota porção por nós do centro-sul do centro-oeste sudeste tão desconhecida, existe um Símbolo a falar, a escrever, a pensar e a ler, coisas bem mais contundendes que um mero Noiado qualquer jamais ousaria escrever, tamanha é sua não-vida, tamanha é sua incompreensão do mundo vasto mundo sem nenhum Raimundo que sirva de rima nem de solução. Tente, tente, quem sabes um dia acontece?
Pois ali não existe o horário de verão, cá não existe chuva em julho, em maio. Cá não temos florestas, temos cerrados, temos civilização? Temo, de fato? Teremos? E o que diria de nós o amigo europeu? Cá somos apenas um nada, um país de selvas e Samba? Não, quem pensa assim são estadounidenses, aqueles arrogantes seres que se afirmam "americanos", esquecendo de todas as outras américas.
Tentemos focar no bom lado da vida, o cheiro do café, o cheiro da padaria, e tantos outros aromas que alguns de nós não conhecem ainda. A companhia de nossos animais de estimação, tantas vezes mais humanos que muitos frangos por aí circulantes, a contemplação das caducifólias d'além-mar, tão exuberantes em cores.
E que todos nós encontremos uma maneira de salvar nossas vidas, nossas vidinhas, tão ordinárias, tão extraordinárias, dependendo do dia, do momento.