segunda-feira, 11 de outubro de 2010

Interrompemos seu feriado...

...para lhe ofertar dez horas de ponto. Grátis. Sem frete, sem taxas. Ou quase.

Trabalhas. Num dia caduco de ocupações, em semi-feriado.

Enfim.

Ao menos o feriado não é na quinta: ter de vir trabalhar na sexta é pior, como disse outro dia um de meus companheiros aqui. Melhor não reclamar. Existe emprego, existe dinheiro. Sempre pode ser pior, conforme já disse um corolário da Lei Universal de Murphy. Que venha o dia de amanhã e seu foguetório ao meio-dia.

E hoje mesmo, verifiquei que não estou sozinho em estar sendo requisitado em meu emprego com a intenção de apenas esperar pelas dezoito batidas alforriadoras: muitas pessoas também têm patrões de má índole e maus fígados, pelos vistos. É a vida.

Eu participo de tal jornada, muitas vezes sem saber para onde, por quê. Neste ano que passamos, estou perplexo com a falta de sentidos em tal viagem, entretanto. Fazia muito tempo que não me sentia tão...sedado, eu diria. Acordando, esperando nada, como se eu mesmo tivesse já morrido e me integrado à legião de zumbis que parece existir na face da terra. Pessoas sem sonhos, sem expectativas, que vivem dia após dia, mas sem viver. Existindo, somente.

Ontem foi um dia assim, domingo morto de existência. Tentativas frustradas de produzir algo, somente geraram mais letargia.

Bem sei que não deveria somente viver de reclamações, mas. Sinceramente. Não sei o que fazer. Médicos, de nada me valeram. O que falta é alguma mudança, algum encontro de perspectiva, creio eu. Saber o que fazer com tudo isto que tanto me inflama.

E por falar em inflamações, hoje também sinto uma certa dor localizada no abdômen...Algo que me fez lembrar um tipo de agrura clínica que afeta muitas pessoas mundo afora, e que já perturbou mesmo uma parente mui próxima minha, quase causando-lhe a morte. É claro que não posso saber com certeza, uma vez que não sou médico, somente um pessimista-mor. Breve leitura dos sintomas e eticéteras nos dados gentilmente me ofertados pelas internétis também me levam a crer que é somente alguma dor análoga a tal condição, apenas para apimentar minha segunda nauseabunda.

(Aparentemente, se fosse mesmo tal coisa, não teria aguentado nem chegar aqui...)

Voltemos todos ao trabalho e esperemos o tempo passar então...dia após dia, momento após momento. E mais uma vez, escutemos na música letras que se encaixam feito luva para descrever a sensação do momento, a aflição de MMX:



Ticking away the moments that make up a dull day
You fritter and waste the hours in an offhand way.
Kicking around on a piece of ground in your home town
Waiting for someone or something to show you the way.

Tired of lying in the sunshine staying home to watch the rain.
You are young and life is long and there is time to kill today.
And then one day you find ten years have got behind you.
No one told you when to run, you missed the starting gun.

So you run and you run to catch up with the sun but it's sinking
Racing around to come up behind you again.
The sun is the same in a relative way but you're older,
Shorter of breath and one day closer to death.

Every year is getting shorter never seem to find the time.
Plans that either come to naught or half a page of scribbled lines
Hanging on in quiet desperation is the English way
The time is gone, the song is over,
Thought I'd something more to say.

----Pink Floyd, Time.



E retornemos na quarta-feira, caso a estranha sensação seja somente um lembrete do corpo para mim mesmo que ele existe e que deveras sente o que não sinto muito mais...

Boa continuação de feriado a todos...