Momentos de plena felicidade. Se alguém os tem, ou teve, na vida, sabe ao certo dizer quais foram. Sim, palavras de um pessimista, que conta nos dedos tais momentos, talvez por autêntica rabugentice decorrente da meia mal vivida vida, talvez apenas um sintoma fleumático de mais uma terça feira pela manhã, esta mui chorosa dos céus, a cair chuva aqui e ali.
Mas não sei se é somente comigo. Pergunto-lhes, o que são momentos de plena felicidade? E o que é felicidade em si? É algo completamente variável, diferente de pessoa para pessoa. E varia muito, ao longo da vida. Para um pirralho de cinco anos de idade, a felicidade completa seria ganhar aquele brinquedo, fazer aquela viagem para algum parque temático famoso, ou, mais modernamente falando, ganhar aquele videogame ou computador de última linha, ou aparatos eletrônicos diversos. Sim, esta nova geração está com seus anseios consumistas bem representados nas parafernálias eletrônicas.
E este consumismo representa a felicidade geral e absoluta para uma pá de gente. Todos sabemos. Todos nós temos tais desejos; mulheres e seus sapatos e bolsas e sapatos e roupas, e sapatos e perfumes e sapatos e sapatos. Esqueci de dizer sapatos? Homens com seus discos, computadores, netbooks, celulares, carros, carros. Carros, cada vez maiores, mais rápidos, mais ergonômicos, e coisas do gênero.
Triste dizer isto, mas consumir representa boa parte da terapia moderna para bem-viver, aparentemente. Eu mesmo me flagro viajando em catálogos virtuais de meus itens de consumo prediletos: computadores, sons, guitarras, guitarras, amplificadores e guitarras, baixos e guitarras, Gibsons, Fenders. Jazzmaster. SG. Estranhas afinidades de um Noiado. Fico horas e horas namorando tais artigos, e traçando planos inexequiveís para a aquisição dos mesmos. Não que vá levar tais planejamentos a cabo, mas bem sei que sou mais uma vítima da consumoterapia mundial.
Mas não faz parte de meus momentos de autêntica felicidade. Que me lembre, nunca senti aquilo que só eu sei definir de mim para mim como a definição deste sentimento tão pessoal. Sim, foram raros os momentos que fiquei em tal estado de graça. Mas não foram relacionados a consumismo...
Momentos feito o de ontem a noite, em que fui surpreendido com um pôster autografado de uma de minhas bandas prediletas e já em avançada via de extinção, presenteado por um de meus mais velhos amigos, valeram muito mais que comprar qualquer computador, qualquer carro. Não somente pelo item em si, mas pelo gesto. É bom lembrar que existem pessoas que realmente conosco se importam, não é verdade?
Outros momentos que me lembro agora...a primeira vez que consegui "descer" uma onda, em pé numa prancha. Foi a soma de vários e vários dias de árduas tentativas, e das melhores sensações que já experimentei na vida...A última vez em que eu e minha irmã estivemos em um palco, para tocarmos um bom e velho roquenrou. Vários amigos estavam presentes e testemunharam minha alegria de menino naquela noite. Foi somente divertidíssimo. E fez muito bem. Muito.
A sensação de ver um de meus desenhos estampado definitivamente, por toda uma vida, nas costas de uma pessoa. Marcado na pele, por toda uma vida. Foi inexplicável o que senti, como senti.
E alguns outros, mais particulares, mais secretos.
Ah, esta vida, poderia ser só feita de tais momentos, para que não precisássemos procurar por placebos consumistas e/ou farmacológicos para conseguirmos uma mera emulação de tal sentimento. Precisamos sempre nos lembrar de tais momentos, procurar recriá-los na mente, buscar por novas maneiras de tornar a senti-los...
Que seja esta nossa busca na vida...
Mas não sei se é somente comigo. Pergunto-lhes, o que são momentos de plena felicidade? E o que é felicidade em si? É algo completamente variável, diferente de pessoa para pessoa. E varia muito, ao longo da vida. Para um pirralho de cinco anos de idade, a felicidade completa seria ganhar aquele brinquedo, fazer aquela viagem para algum parque temático famoso, ou, mais modernamente falando, ganhar aquele videogame ou computador de última linha, ou aparatos eletrônicos diversos. Sim, esta nova geração está com seus anseios consumistas bem representados nas parafernálias eletrônicas.
E este consumismo representa a felicidade geral e absoluta para uma pá de gente. Todos sabemos. Todos nós temos tais desejos; mulheres e seus sapatos e bolsas e sapatos e roupas, e sapatos e perfumes e sapatos e sapatos. Esqueci de dizer sapatos? Homens com seus discos, computadores, netbooks, celulares, carros, carros. Carros, cada vez maiores, mais rápidos, mais ergonômicos, e coisas do gênero.
Triste dizer isto, mas consumir representa boa parte da terapia moderna para bem-viver, aparentemente. Eu mesmo me flagro viajando em catálogos virtuais de meus itens de consumo prediletos: computadores, sons, guitarras, guitarras, amplificadores e guitarras, baixos e guitarras, Gibsons, Fenders. Jazzmaster. SG. Estranhas afinidades de um Noiado. Fico horas e horas namorando tais artigos, e traçando planos inexequiveís para a aquisição dos mesmos. Não que vá levar tais planejamentos a cabo, mas bem sei que sou mais uma vítima da consumoterapia mundial.
Mas não faz parte de meus momentos de autêntica felicidade. Que me lembre, nunca senti aquilo que só eu sei definir de mim para mim como a definição deste sentimento tão pessoal. Sim, foram raros os momentos que fiquei em tal estado de graça. Mas não foram relacionados a consumismo...
Momentos feito o de ontem a noite, em que fui surpreendido com um pôster autografado de uma de minhas bandas prediletas e já em avançada via de extinção, presenteado por um de meus mais velhos amigos, valeram muito mais que comprar qualquer computador, qualquer carro. Não somente pelo item em si, mas pelo gesto. É bom lembrar que existem pessoas que realmente conosco se importam, não é verdade?
Outros momentos que me lembro agora...a primeira vez que consegui "descer" uma onda, em pé numa prancha. Foi a soma de vários e vários dias de árduas tentativas, e das melhores sensações que já experimentei na vida...A última vez em que eu e minha irmã estivemos em um palco, para tocarmos um bom e velho roquenrou. Vários amigos estavam presentes e testemunharam minha alegria de menino naquela noite. Foi somente divertidíssimo. E fez muito bem. Muito.
A sensação de ver um de meus desenhos estampado definitivamente, por toda uma vida, nas costas de uma pessoa. Marcado na pele, por toda uma vida. Foi inexplicável o que senti, como senti.
E alguns outros, mais particulares, mais secretos.
Ah, esta vida, poderia ser só feita de tais momentos, para que não precisássemos procurar por placebos consumistas e/ou farmacológicos para conseguirmos uma mera emulação de tal sentimento. Precisamos sempre nos lembrar de tais momentos, procurar recriá-los na mente, buscar por novas maneiras de tornar a senti-los...
Que seja esta nossa busca na vida...