segunda-feira, 16 de agosto de 2010

De repente.

E de repente, frio. Muito mas muito frio. De onde veio, o que quer de nós?

Quero que saiam daqui, saiam de suas casa, vão para o trabalho, vão para o inferno!

Ah, mas eu até preferia, ir para lá. É quente, ao menos.

Acho que perdi metade da hora de acordar, aquele maravilhoso momento em que não entendemos nada de nada devido ao estado de estupefação causado por ter de aqui neste realidade retornar, tentando cogitar o que de fato estava acontecendo, por que estava acontecendo.

Após um final de semana de amenas temperaturas, na virada do domingo para a segunda - eram exatas doze as horas em meu relógio - a temperatura começou a declinar rapidamente, indo de 16 para 14 em menos de meia hora. E continuou a cair até chegar nos 9.

E dali de cima mesmo dava para encarar o semblante sarcástico da segunda incipiente, que pairava por sobre os restos mortais, os derradeiros instantes do extinto final de semana, onde muito foi visto, em telas televisivas, em companhia das mulheres de minha vida, sendo que uma delas estava devidamente enfermizada pela pequena cirurgia que muito incomoda.

E hoje, as férias acabaram, o retorno ao lar de meu torto sobrinho me aguarda. Não o maldigo, eis que tem sido uma de minhas mais fixas companhias, um de meus poucos refúgios levemente sociais de mim mesmo, do que me tornei em péssima companhia de mim mesmo.

Procuremos as poucas que ainda toleram-me em meio ao redemoinho de tanta coisa confusa. Do lado de fora, do lado de dentro. Assim e assado, de um jeito ou de outro, é o que é.

Esquentemos as enregeladas mãos na caneca de meio litro de café e vejamos o que vem em seguida.