Hoje pela manhãzinha(que singelo!), enquanto aguardava a "passagem" da água quente pelo pó de café, estive a folhear um exemplar da revista Veja, publicação esta que não leio com bons olhos, por motivos que julgo não serem relevantes para a dissertação(odeio esta palavra, lembra vestibular) diária do dia da semana do momento. Enfim, estava eu vendo as matérias presentes na edição desta semana, e deparei-me com a bombástica revelação que alguns cientistas - incluindo aqui alguns exemplares brasileiros - isolaram um gene supostamente ligado ao comportamento otimista das pessoas.
Como não tive tempo de ler a matéria inteira e só passei os olhos por cima dos fatos e fotos a respeito da descoberta em si, não posso opinar sobre o assunto do ponto de vista cientifíco em si. Mas mesmo assim tal matéria me instigou a escrever algo sobre o assunto em si; eu, que sou um pessimista nato, suponho que não tenha tal gene ativado em meu genoma. Um dos gráficos da reportagem afirma que 40% da população brasileira tem tal coisa ativada, o que justificaria muito o comportamento da população brasileira, que vive tomando ferro e continua sorrindo, feliz e saltitante, pois eis que dias melhores virão.
Eu não fujo da alcunha - sim, sou de fato um pessimista odioso por vezes, pronto a jogar o balde de água fria por cima de quem quer que seja que esteja todo esperançoso. Estou sempre pronto a apontar as falhas e os possíveis erros que podem acontecer caso ocorra o pior, como de fato sempre espero. Por vezes, sei que a maioria das pessoas fica realmente incomodada com meu comportamento, e se farta rapidamente de minha conduta.
Sou um biólogo por diploma, não por profissão, e não me esquivo do pensamento lógico que é esperado de alguém que sempre está investigando, instigando, questionando o que acontece, suas causas, suas consequências, etcoetera et al. Ao ver tal reportagem, me pergunto se realmente o genótipo de uma pessoa de fato determina seu fenótipo em si. O tema sempre foi controverso, e acredito que a interação do indivíduo com o ambiente é que de fato determina o comportamento final da pessoa, e ultimamente, a manifestação ou não do gene em questão. Mas como diria um ex-professor meu da época da faculdade, "tudo na biologia é complicado, ho ho ho" e afinal de contas não sabemos de fato nada sobre nada; a medida que o tempo passa, teorias são abandonadas em prol de outras mais certas, por assim dizer.
Pessimismo é encarado por muitas pessoas como uma doença, e já ouvi falar de muitos casos mais crônicos que o meu que são tratados em consultórios psiquiátricos, com tarjas pretas a granel. Eu mesmo ja´me fartei de mim mesmo inúmeras vezes e já tentei me corrigir, sempre em vão. Não sei bem o que acontece, mas eu sempre, sempre estou pronto para o pior, e como disse ontem mesmo em minha aula, eu sou o cara que NÃO enxerga o copo meio vazio, mas sim meio cheio...de veneno. Ha, ha, ha.
Sim, sei que é de fato um porre aguentar alguém que só enxerga o lado negro das coisas, mas agora, graças aos avanços da geneca, posso afirmar que sou assim porque meus genes assim me ordenam! Sim, sei, sem graça, de fato.
Como sou também um dos indivíduos que mais briga consigo mesmo que tenho conhecimento, gostaria muito que tal descoberta tivesse um valor palpável em si. Se existisse uma maneira de amenizar ou mesmo desativar este sentimento, bioquimicamente falando, talvez isto significasse um melhoramento considerável na qualidade de vida dos portadores do pessimismo e daquels que os circundam.
Lado outro, creio que se todos fossem irredutivelmente otimistas, o dito "foda-se, é tudo festa!" dos brasileiros iria imperar e não sei bem se o produto final de tal coisa seria de fato agradável. O bom senso em si seria afetado, em minha opinião, pois há que se ter uma ponta de pessimismo e se preparar para o pior caso as coisas dêem errado. Pelo menos assim o penso. Como diz um outro refrão que costumo muito usar, "um otimista nunca tem uma surpresa agradável".
Enfim, esta é apenas a opinião de um pessimista. Creio que o conhecimento do genoma pode vir a desvendar muitas coisas, mas como já disse, genótipo e fenótipo não são necessariamente harmônicos e dependem muito de outros fatores para a dita "manifestação" em si. Em nota mais otimista, espero que tais pesquisas possam algum dia evitar que semi-cientistas-semi-desenhistas-semi-escritores(chorem de ódio, adoradores da reforma ortográfica. Vivam os hífens!!) como este que vos escreve apenas tenha algo a dizer acerca das coisas legais que o circundam, ao invés de se fixar nos detalhes ruins das coisas. Mas, creio que o "soma" de Aldous Huxley está ainda longe de ser idealizado...(Leia! "O admirável mundo novo")
Enfim, como já disse também anteriormente, viva a diversidade humana. Os Buriol's têm de existir, bem como as Pollyannas(argh) da vida, para que possamos ver a balança da harmonia em funcionamento; luz e sombra, alegria e tristeza, por assim dizer.
Como não tive tempo de ler a matéria inteira e só passei os olhos por cima dos fatos e fotos a respeito da descoberta em si, não posso opinar sobre o assunto do ponto de vista cientifíco em si. Mas mesmo assim tal matéria me instigou a escrever algo sobre o assunto em si; eu, que sou um pessimista nato, suponho que não tenha tal gene ativado em meu genoma. Um dos gráficos da reportagem afirma que 40% da população brasileira tem tal coisa ativada, o que justificaria muito o comportamento da população brasileira, que vive tomando ferro e continua sorrindo, feliz e saltitante, pois eis que dias melhores virão.
Eu não fujo da alcunha - sim, sou de fato um pessimista odioso por vezes, pronto a jogar o balde de água fria por cima de quem quer que seja que esteja todo esperançoso. Estou sempre pronto a apontar as falhas e os possíveis erros que podem acontecer caso ocorra o pior, como de fato sempre espero. Por vezes, sei que a maioria das pessoas fica realmente incomodada com meu comportamento, e se farta rapidamente de minha conduta.
Sou um biólogo por diploma, não por profissão, e não me esquivo do pensamento lógico que é esperado de alguém que sempre está investigando, instigando, questionando o que acontece, suas causas, suas consequências, etcoetera et al. Ao ver tal reportagem, me pergunto se realmente o genótipo de uma pessoa de fato determina seu fenótipo em si. O tema sempre foi controverso, e acredito que a interação do indivíduo com o ambiente é que de fato determina o comportamento final da pessoa, e ultimamente, a manifestação ou não do gene em questão. Mas como diria um ex-professor meu da época da faculdade, "tudo na biologia é complicado, ho ho ho" e afinal de contas não sabemos de fato nada sobre nada; a medida que o tempo passa, teorias são abandonadas em prol de outras mais certas, por assim dizer.
Pessimismo é encarado por muitas pessoas como uma doença, e já ouvi falar de muitos casos mais crônicos que o meu que são tratados em consultórios psiquiátricos, com tarjas pretas a granel. Eu mesmo ja´me fartei de mim mesmo inúmeras vezes e já tentei me corrigir, sempre em vão. Não sei bem o que acontece, mas eu sempre, sempre estou pronto para o pior, e como disse ontem mesmo em minha aula, eu sou o cara que NÃO enxerga o copo meio vazio, mas sim meio cheio...de veneno. Ha, ha, ha.
Sim, sei que é de fato um porre aguentar alguém que só enxerga o lado negro das coisas, mas agora, graças aos avanços da geneca, posso afirmar que sou assim porque meus genes assim me ordenam! Sim, sei, sem graça, de fato.
Como sou também um dos indivíduos que mais briga consigo mesmo que tenho conhecimento, gostaria muito que tal descoberta tivesse um valor palpável em si. Se existisse uma maneira de amenizar ou mesmo desativar este sentimento, bioquimicamente falando, talvez isto significasse um melhoramento considerável na qualidade de vida dos portadores do pessimismo e daquels que os circundam.
Lado outro, creio que se todos fossem irredutivelmente otimistas, o dito "foda-se, é tudo festa!" dos brasileiros iria imperar e não sei bem se o produto final de tal coisa seria de fato agradável. O bom senso em si seria afetado, em minha opinião, pois há que se ter uma ponta de pessimismo e se preparar para o pior caso as coisas dêem errado. Pelo menos assim o penso. Como diz um outro refrão que costumo muito usar, "um otimista nunca tem uma surpresa agradável".
Enfim, esta é apenas a opinião de um pessimista. Creio que o conhecimento do genoma pode vir a desvendar muitas coisas, mas como já disse, genótipo e fenótipo não são necessariamente harmônicos e dependem muito de outros fatores para a dita "manifestação" em si. Em nota mais otimista, espero que tais pesquisas possam algum dia evitar que semi-cientistas-semi-desenhistas-semi-escritores(chorem de ódio, adoradores da reforma ortográfica. Vivam os hífens!!) como este que vos escreve apenas tenha algo a dizer acerca das coisas legais que o circundam, ao invés de se fixar nos detalhes ruins das coisas. Mas, creio que o "soma" de Aldous Huxley está ainda longe de ser idealizado...(Leia! "O admirável mundo novo")
Enfim, como já disse também anteriormente, viva a diversidade humana. Os Buriol's têm de existir, bem como as Pollyannas(argh) da vida, para que possamos ver a balança da harmonia em funcionamento; luz e sombra, alegria e tristeza, por assim dizer.