quinta-feira, 21 de maio de 2009

Alívio. Doce alívio.

A semana aproxima-se de seu fim, e mais uma vez cá estou eu a escrever, pelas manhãs, assim que aqui chego. Sendo minha primeira e de fato única obrigação, por assim dizer, que realmente me importa no meu dia a dia, não é de se espantar que ataques como o da terça feira desta semana aconteçam. Nãom, hoje não me encontro sedento do sangue alhei, mas desejo escrever sobre a aflição que me atormentou por dois meses, e mesmo ainda não estando sanada, caminha para isto.

Trata-se do fato que há aproximadamente dois meses atrás comecei a sentir uma sensação desconfortável no ombro esquerdo. Como praticante amador de exercícios caseiros por minha própria conta, quando senti a coisas pela primeira vez, presumi que tal coisa era decorrente da prática incorreta ou sobrecarregada de alguma modalidade de meu programa de exercitamento caseiro. Sim, de fato foi o caso, conforme verifiquei um mês depois de primeiro ter sentido o desconforto. Após ter passado por um médico que não me inspirou muita confiança e de ter feito quinze sessões de fisioterapia, a coisa não melhorava, de forma alguma. Au contraire, na verdade sentia que estava só piorando.

Como estamos todos sujeitos a termos com profissionais da saúde que não necessariamente acertam o diagnóstico, e por de fato não ter sentido muita confiança no ortopedista que me atendeu - ele me esticou o braço pra cá e pra lá, torceu e destorceu, mas não senti nada particularmente dolorido - resolvi procurar outro médico, outra opinião sobre o caso. Pois, apesar de que atualmente sempre que temos com médicos geralmente sigifica um breve exame local e a recomendação de um zilhão de outros exames, que nos toma tempo e dinheiro e ânimo, tal ortopedista não pediu nenhum exame mais detalhado da região afligida, e apenas recomendou a fisioterapia. Não sou médico, apenas entendo um pouco da fisiologia humana por ter feito um curso relacionado a uma área biólogica; além disso, como já disse várias vezes, sou o derrotista número um, que sempre acredita que a merda é maior do que aparenta ser. Junte-se a isto o fato que seus AMIGOS, muy amigos, te olham jocosamente afirmando, "É a idade, o senhor provavelmente terá que entrar na faca!" (O tema acerca da necessidade das pessoas em encher o saco, mesmo de seus amigos, será retomado em outra data).

Eu realmente fiquei achando que o pior aconteceria, que eu estaria com um problema mais sério na articulação, na cartilagem interna pelo que pude constatar em minhas leituras nesta moderna enciclópedia que é "as internétis", e já estava preparando-me para o pior. Marquei a consulta com o outro médico, e ontem na parte da tarde ali estava eu, preparando-me para o baque. Claro, eu sempre soube que não podemos levar TÃO a sério o que lemos na rede mundial, nem que o fato de não ser médico me prevenia de realizar um diagnóstico correto da situação em si, mas o espírito de Murphy, que a tudo comanda, me inspirava o terror de ter que apenas confirmar o pior em meu caso. Logo, láááááááá no fundo havia a esperança, esta sobrevivente de duras penas em minha pessoa.

Quando entrei na sala, o médico me inspirou mais confiança que o anterior. Um bom sinal, creio eu, mas raramente devemos levar a cabo tais impressões; não obstante isto, ele me perguntou se o outro médico nem ao menos havia requisitado outro exame, um raio X, qualquer outra coisa. Neguei, e ele prosseguiu em realizar o exame físico. Na primeira tentativa, ele segurou meu ombro apoiando seus dedos num ponto da articulação e me pediu para tentar levantar o mesmo. Imediatamente, senti o que ele estava esperando - dor. Ele fez outros exames e me disse que estava com tendinite na inseçaõ do bíceps ao ombro, mas mesmo assim requisitou uma ressonância magnética no local para ter certeza de que realmente era só isso.

Disse-me que o tratamento para tal coisa é apenas fisioterapia, e me passou ainda um anti-inflamatório, que comecei a tomar ontem e que fez com que a sensação bizarra se esvanecesse. Afirmo que após sair dali, sentia-me tremendamente aliviado. Sei que é cedo para cantar vitória - afinal, não fiz a ressonância ainda, mas sinto que estou no caminho certo. Se for de fato apenas isso, não terei que fazer operação nenhuma, o que me agrada deveras.

Somos todos seres incorretos, sujeitos a errar, mas é relamente complicado quando ficamos nesta corda bamba que é depender do diagnóstico de profissionais de saúde. Hoje mesmo ouvi relatos de casos semelhantes aqui no serviço, dúvidas eternas sobre o que fazer, se estamos sendo de fato corretamente diagnosticados e quejandos. Com esta correria que é a vida moderna, sei que é ruim ter de ficar caçando mais que um médico, que faz-nos repetir o calvário de tantos exames e tantas aporrinhações, mas às vezes é bom confiar no instinto. Eu tinha quase plena certeza que o diagnóstico do primeiro ortopedista estava errado, e agora parece-me que estou no caminho certo. Pelo menos assim espero.

Eita. Como é estranho escrever de supetão como eu faço; o tema inicial do problema ortopédico deveria ter-se ligado a outro fator que estava me deixando um tanto intranquilo, mas que depois de escrever tantas e tantas linhas, terei que deixar para amanhã para retomá-lo. Ficará aqui o famoso "cliffhanger" para amanhã então.

O importante é que não terei que esfrangalhar nenhuma obra de arte que sou mero suporte. Adianto apenas isso. Alguns já devem saber do que estou a falar, que tornarei a falar depois...

E agora, para algo completamente diferente, TRABALHO. Hu-há. Hasta mañana(blah).