Não demorou muito. Umas quarenta e tantas horas, mais, menos, desvio padrão da puta que o pariu. Pra merda com toda a matemática e os números, detesto números. Mas divago, pra variar. O que sucedeu foi que minha resolução de não sentir nada, como já era previsto, acertado, definido, não rendeu em nada. Melhor dizendo: a vã tentativa de nada sentir se converteu em extrema angústia, coisa que em mim tem um efeito maravilhindo, como diriam alguns colegas. Angústia, tristeza, estas coisas, em mim, geram paralisia. Ataques de pânico. Agorofobia, qualquer coisa do gênero. Se existir algum imbecil aí que denomine tais coisas como mera frescura, não irei desmenti-los, pois eu mesmo me canso de tal paralisia, me xingo e me agrido diante de toda esta merda, mas irei mandá-los terem à merda, alegremente. Se não querem ajudar, podem ir para a casa de vossas mães, seja lá onde elas morem, em meras casas de baixo meretrício ou em palacetes no Botafogo.
Tanto faz, tanto fez. A verdade é que, mais uma vez me identifico com o protagonista de um de meus preferidos livros, aquele que leio e releio pelo menos uma vez por ano - falo de "Sargento Getúlio", de João Ubaldo Ribeiro. E cito a frase que me define: "acho que careço de ter raiva."
Raiva. Enquanto o medo, a angústia, a tristeza, me paralisam, me fazem andar como uma lesma nas ruas infestadas de meras sombras de frangos, eternos obstáculos em meu caminho, a raiva me põe fogo nas vistas, me faz andar em velocidade lúdrica, me faz um "people dodger" mais eficiente. Me põe a tremer, de tanta adrenalina initerrupta em minhas veias. E me faz escrever aqui, resmungar, que seja, foda-se, com uma velocidade surpreendente. E bem sei que é por vezes deveras hilário observar pessoas como eu, eternos mau-humorados. É bom vê-los se fudendo, tendo crises nervosas, nos faz rir. Bem sei disso, sei que sou facilmente risível em todos meus devaneios raivosos do dia-a-dia. E, ainda que por dentro eu sinta vontade de matar todos que de mim riam, bem sei que ao menos para isto presto, para servir de mau exemplo, servir de comédia para outrem. "Ainda bem que não sou assim."
Me faz sentir, de certa forma, útil para algo, já que não presto para mais nada, já que me encontro em um estado latente de eterna panela de pressão, das mais fortes já inventadas, que não explode de maneira alguma. Deveriam me estudar para aperfeiçoarem tais utensílios. Imagino que nenhuma autoclave no planeta tenha mais resistência à pressão interna que eu. Me faz sentir orgulhoso, de forma doentia.
Ah, a insanidade. Ela se manifesta, por vezes, de maneira muito mais engraçada em uns que outros, não é mesmo. Sou muito mais ser louco desta forma que sair por aí matando crianças. Sim, bem sei que tenho meus devaneios assassinos, mas para isto me basta a imaginação. E bem sei que mais uma vez, o velho deitado é verdadeiro - cão que ladra não morde. Apenas fica puto pra caralho, com tudo e todos, com alguns amigos que exigem que eu saia de meu reduto apenas para nutrir mais ódio pelas sombras-obstáculo do mundo afora, apenas para que possam me analisar, dizer que eu não deveria ser assim.
Eu SOU assim. É diferente. E realmente, prefiro sentir toda esta raiva e continuar lúcido que sentir tristeza paralisante, humilhante, que me faz querer chorar em público, que me faz sentir ataques de pânico aflorarem sem motivo algum, no meio do centro da cidade, enquanto espero o leva-frangos para ir ter ao meu único local onde me sinto melhor.
Lado outro, bem sei que é difícil tolerar um ser tão repelente, e muito me espanto quando me repreendem severamente de não atender a locais púb(l)icos. Me surpreendo. Mas reconheço o motivo.
Eu não sou uma pessoa sã. Sou doente, sou mesmo. Mas este não é o tratamento de que careço.
Se algum dia serei uma pessoa normal? Não creio. Aliás, não creio mais em melhoras. E mais uma vez, me referindo a refêrencias como costumo fazer, ainda que me critiquem por isso fazer, cito aqui uma frase genial de música que considero genial,
"I don't try anymore,
'cause only booze improves with age."
Obrigado, senhores do Urge Overkill. E morram, por terem acabado, pulhas safados.
Como é bom reclamar. E que atire a primeira pedra quem não o faz. Atire a pedra, eu atirarei um tiro de bazuca. Mentiroso do inferno!
Tomem um triple goat de quebra:
Adoro este rabisco. Acho estranho que ainda existam imbecis que olhem para meu Bode e achem que ele é "dragão", "capetinha", etc. Mas como costumo dizer, "Inteligência tem limite. Burrice não."
Sim, está inacabado, para variar. No final, não consegui resolver os cascos do dito e me afastei do papel, antes que rasgasse tudo de ódio pela incompetência vitalícia. Mas, como diria alguns estudantes das artes flácidas por aí:
Tá vendo. A "faculdade" de "Belas" artes me ensinou algo. A ser picareta. Como 95% dos artistas d'hoje em dia.
Ah, como é bom reclamar!
Bem, podem usar este post como exemplo do que não deve ser dito caso se queira ter um bom dia. E aproveitem o final de semana...
Tanto faz, tanto fez. A verdade é que, mais uma vez me identifico com o protagonista de um de meus preferidos livros, aquele que leio e releio pelo menos uma vez por ano - falo de "Sargento Getúlio", de João Ubaldo Ribeiro. E cito a frase que me define: "acho que careço de ter raiva."
Raiva. Enquanto o medo, a angústia, a tristeza, me paralisam, me fazem andar como uma lesma nas ruas infestadas de meras sombras de frangos, eternos obstáculos em meu caminho, a raiva me põe fogo nas vistas, me faz andar em velocidade lúdrica, me faz um "people dodger" mais eficiente. Me põe a tremer, de tanta adrenalina initerrupta em minhas veias. E me faz escrever aqui, resmungar, que seja, foda-se, com uma velocidade surpreendente. E bem sei que é por vezes deveras hilário observar pessoas como eu, eternos mau-humorados. É bom vê-los se fudendo, tendo crises nervosas, nos faz rir. Bem sei disso, sei que sou facilmente risível em todos meus devaneios raivosos do dia-a-dia. E, ainda que por dentro eu sinta vontade de matar todos que de mim riam, bem sei que ao menos para isto presto, para servir de mau exemplo, servir de comédia para outrem. "Ainda bem que não sou assim."
Me faz sentir, de certa forma, útil para algo, já que não presto para mais nada, já que me encontro em um estado latente de eterna panela de pressão, das mais fortes já inventadas, que não explode de maneira alguma. Deveriam me estudar para aperfeiçoarem tais utensílios. Imagino que nenhuma autoclave no planeta tenha mais resistência à pressão interna que eu. Me faz sentir orgulhoso, de forma doentia.
Ah, a insanidade. Ela se manifesta, por vezes, de maneira muito mais engraçada em uns que outros, não é mesmo. Sou muito mais ser louco desta forma que sair por aí matando crianças. Sim, bem sei que tenho meus devaneios assassinos, mas para isto me basta a imaginação. E bem sei que mais uma vez, o velho deitado é verdadeiro - cão que ladra não morde. Apenas fica puto pra caralho, com tudo e todos, com alguns amigos que exigem que eu saia de meu reduto apenas para nutrir mais ódio pelas sombras-obstáculo do mundo afora, apenas para que possam me analisar, dizer que eu não deveria ser assim.
Eu SOU assim. É diferente. E realmente, prefiro sentir toda esta raiva e continuar lúcido que sentir tristeza paralisante, humilhante, que me faz querer chorar em público, que me faz sentir ataques de pânico aflorarem sem motivo algum, no meio do centro da cidade, enquanto espero o leva-frangos para ir ter ao meu único local onde me sinto melhor.
Lado outro, bem sei que é difícil tolerar um ser tão repelente, e muito me espanto quando me repreendem severamente de não atender a locais púb(l)icos. Me surpreendo. Mas reconheço o motivo.
Eu não sou uma pessoa sã. Sou doente, sou mesmo. Mas este não é o tratamento de que careço.
Se algum dia serei uma pessoa normal? Não creio. Aliás, não creio mais em melhoras. E mais uma vez, me referindo a refêrencias como costumo fazer, ainda que me critiquem por isso fazer, cito aqui uma frase genial de música que considero genial,
"I don't try anymore,
'cause only booze improves with age."
Obrigado, senhores do Urge Overkill. E morram, por terem acabado, pulhas safados.
Como é bom reclamar. E que atire a primeira pedra quem não o faz. Atire a pedra, eu atirarei um tiro de bazuca. Mentiroso do inferno!
Tomem um triple goat de quebra:
Adoro este rabisco. Acho estranho que ainda existam imbecis que olhem para meu Bode e achem que ele é "dragão", "capetinha", etc. Mas como costumo dizer, "Inteligência tem limite. Burrice não."
Sim, está inacabado, para variar. No final, não consegui resolver os cascos do dito e me afastei do papel, antes que rasgasse tudo de ódio pela incompetência vitalícia. Mas, como diria alguns estudantes das artes flácidas por aí:
Tá vendo. A "faculdade" de "Belas" artes me ensinou algo. A ser picareta. Como 95% dos artistas d'hoje em dia.
Ah, como é bom reclamar!
Bem, podem usar este post como exemplo do que não deve ser dito caso se queira ter um bom dia. E aproveitem o final de semana...