Checar, contagem. De números, inúmeros, folhas, coisas. Em cima da mesa, em cima das coisas, em cima so sofá do silêncio que jazia no meio da rua, no meio da expectativa de vida. A vida. Era como um sofá, poeirento sofá, coisa sobre coisa, um por cima do outro, uma por cima de si, coisa nenhuma, novez fora, zeros dentro.
Andar, andar, chegar. A lugar nenhum, a coisa nenhuma. Repetições, repetências, desistências. Onde estava? Em um deserto, sem astrolábio que fosse, sem nenhuma agulha imantada para lhe servir de norte, sem sul leste oeste nor nordeste.
Onde estava? em uma padaria, pedindo pães de queijo, em uma farmácia, tentando achar a droga, tentando achar algo que lhe devolvesse a vida, algo que lhe trouxesse o ânimo que ali não mais se encontrava...tentando achar o que lhe falhara, anos e anos, meses e meses, segundo a segundo. Em meio à multidão, todos eram sombras. Em meio à turba, jamais se sentira tão sozinho. Tão inquieto. Tão irresolutamente resoluto em não mais ali estar, mesmo que não tivesse sequer para onde ir, asas quebradas que tentavam dali sair, dali fugir.
Em meio a todo o anonimato, não havia sequer uma migalha de humanidade em si. Em meio à festa da vida, lá estava, num canto, segurando sua legalizada alforria, tentando fazer daquilo algum sentindo, falhando, falhando, caindo, se contorcendo em dores que não doíam per se, mas...que tanto paralisavam. A vida. A morte.
A vida, esta não fazia nada.
A morte, esta não chegava.
E diziam, diziam que jamais morríamos, que era tudo ensinamento, que havíamos escolhido trilhar isto ou aquilo, todos os caminhos. Arrepiava-se só de pensar que teria que novamente ser sem ser caso fosse verdade, caso fosse assim que lhe ditasse alguma ordem sarcástica celeste do universo, da vida e de tudo mais. Lembrou-se do número, quarenta e dois, para a resposta, mas jamais haviam lhe perguntado nada. Queria tudo, não conseguia nada; queria nada, conseguia nada igual ao nada que queria. Tudo. Sempre.
Queria não estar ali, não ser o que era, sequer saber quem era, queria o esquecimento, de tudo e de todos, dali e daqui, jamis entendido, jamais alcançado, jamais. Tudo e nada, como era tênue a linha diferencial entre estas duas realidades, coisas, seja lá o que for.
Sempre assim, sempre desta forma, disfuncional, atípico, anormal, amorfo, irrequieto, insensato, tudo que poderia ser e não foi, não seria, assim era, assim foi, assim será.
Segundas. Tantas segundas, todos dias, segundas. Sem primeiras, sem primevas, sem primaveras, sem verões. Segundas. De inverno polar. Caducifólias segundas. Neve por todos os lados, cinzas céus a lhe encarar, mesmo azuis, mesmo que o sol lhe cegasse as vistas. Segundas.
Até quando, segundas.
Andar, andar, chegar. A lugar nenhum, a coisa nenhuma. Repetições, repetências, desistências. Onde estava? Em um deserto, sem astrolábio que fosse, sem nenhuma agulha imantada para lhe servir de norte, sem sul leste oeste nor nordeste.
Onde estava? em uma padaria, pedindo pães de queijo, em uma farmácia, tentando achar a droga, tentando achar algo que lhe devolvesse a vida, algo que lhe trouxesse o ânimo que ali não mais se encontrava...tentando achar o que lhe falhara, anos e anos, meses e meses, segundo a segundo. Em meio à multidão, todos eram sombras. Em meio à turba, jamais se sentira tão sozinho. Tão inquieto. Tão irresolutamente resoluto em não mais ali estar, mesmo que não tivesse sequer para onde ir, asas quebradas que tentavam dali sair, dali fugir.
Em meio a todo o anonimato, não havia sequer uma migalha de humanidade em si. Em meio à festa da vida, lá estava, num canto, segurando sua legalizada alforria, tentando fazer daquilo algum sentindo, falhando, falhando, caindo, se contorcendo em dores que não doíam per se, mas...que tanto paralisavam. A vida. A morte.
A vida, esta não fazia nada.
A morte, esta não chegava.
E diziam, diziam que jamais morríamos, que era tudo ensinamento, que havíamos escolhido trilhar isto ou aquilo, todos os caminhos. Arrepiava-se só de pensar que teria que novamente ser sem ser caso fosse verdade, caso fosse assim que lhe ditasse alguma ordem sarcástica celeste do universo, da vida e de tudo mais. Lembrou-se do número, quarenta e dois, para a resposta, mas jamais haviam lhe perguntado nada. Queria tudo, não conseguia nada; queria nada, conseguia nada igual ao nada que queria. Tudo. Sempre.
Queria não estar ali, não ser o que era, sequer saber quem era, queria o esquecimento, de tudo e de todos, dali e daqui, jamis entendido, jamais alcançado, jamais. Tudo e nada, como era tênue a linha diferencial entre estas duas realidades, coisas, seja lá o que for.
Sempre assim, sempre desta forma, disfuncional, atípico, anormal, amorfo, irrequieto, insensato, tudo que poderia ser e não foi, não seria, assim era, assim foi, assim será.
Segundas. Tantas segundas, todos dias, segundas. Sem primeiras, sem primevas, sem primaveras, sem verões. Segundas. De inverno polar. Caducifólias segundas. Neve por todos os lados, cinzas céus a lhe encarar, mesmo azuis, mesmo que o sol lhe cegasse as vistas. Segundas.
Até quando, segundas.