terça-feira, 4 de agosto de 2009

Nada de novo...porém...

Dizem que as terças feiras podem ser consideradas continuações da segunda, mas creio que isto é muito variável, especialmente se formos levar em conta a psiquê humana, esta coisa tão aleatória. Hoje mesmo, aconteceram-me algumas bobaginhas logo pela manhã antes de chegar aqui, que normalemente me incitariam a fúria mortal que sinto quando alguém resolve travar a fila do supermerdado para averiguar o preço de uma merreca que sairia pela icomensurável fortuna de 0,75 R$ mas que alguém lá atrás informou que seria 0,50 R$. Eu teria ganas de enforcar a mulher que fez este infame pedido e atirá-la à sarjeta imunda, mas hoje nem liguei muito, ainda que tal manobra tenha me atrasado 10 minutos. Nada de demais, mas em se tratando da mente insana que digita estas mal traçadas linhas, poderia ser um sinal de raiva pelo restante do dia.

Mas enfim, nem tudo acontece do jeito que achamos que vai acontecer. Ontem, um dia normalíssimo, uma segunda como outra qualquer, tive uma noite tão agradável, como não vivenciava há muito tempo. E não aconteceu absolutamente nada fora do ordinário. Fui para casa, gastei meus dedos um pouco mais em Rúbia, tendo conseguido tocar até direitinho, conseguindo acompanhar partes que considero difíceis em músicas como Isle of the Cheetah, da ilustríssima desconhecida banda Hum. Mais tarde, rabisquei um pouco, e apesar de não ter feito nada de extraordinário, fiquei bem satisfeito com o rumo que os rabiscos tomaram.

E hoje pela manhã estava eu impertubávelmente sereno....da forma que eu mesmo pensei enquanto circulava pelo supermercado, "Por que não posso ser assim todos os dias?"

Alguém teria a resposta? Mais um de nossos famosos mistérios insolúveis chega à tona. Mesmo assim, nem podemos chegar a tanto, pois creio eu que não chega aser nenhum mistério, assim que paramos para pensar. Simplesmente não existe consenso para este tipo de coisas. Cada dia é de um jeito, cada momento traz inesperados acontecimentos, cada dia é único. Assim como cada pessoa...cada um reage do seu jeito, e nem sempre pode ser quantizado. Nem sempre? Nunca, seria mais acurado dizer.

Estas questões mesmo, que fazem tanto sentido, ou me incitam tanto a pôr meu carro de pensamento para funcionar, não significa nada ou quase nada para outras pessoas. E por que me dão tanto pano para manga para horas e horas de inúteis reflexões? Não saberia muito dizer ao certo, mas desconfio eu que realmente investigo para que...sei lá, para que possa encontrar uma maneira de me tornar mais...mais...er...talvez menos chato, menos turrão, mais aprazível, menos neurado, mais sociável, mais tolerável....não sei bem precisar.

Posso afirmar sim, que gostaria muito que minha disposição geral fosse sempre como fui hoje pela manhã. Que me deparasse com bobagens feito o lance da fila do caixa e nem me perturbasse com isso, pois não é nada de mais. Nenhum problema insolúvel, nenhum dilema, nenhum fato que irá me alijar da razão, ou me causar transtorno real, por assim dizer. É apenas uma bobagem.

Por mais que minha cabeça saiba desta teoria, a prática quase nunca sai. Eu gostaria mais mesmo de ser assim, mais adepto da "não-importação" em relação a coisas pequenas.

Não sei se todos pensam assim, nem mesmo se todos têm algo com que se "preocupar" feito as coisas que me preocupam, que me pôem pra pensar, ou que me afetam negativamente. Não sei se as pessoas têm este tipo de pensamento. Muitas vezes desmereço os outros, mas tento por vezes pensar como outras pessoas, ou no mínimo incitar um pouco o pensamento alheio acerca destas questões. Se serve para alguma coisa, não sei dizer. Mas sei dizer que assim o sou. Trabalho para que me torne um tanto mais humano por assim dizer, mas tudo depende desta coisa que carrego encerrada cuidadosamente nesta caixa craniana.

Ô treco dificil de se decifrar, viu. Vai entender...