Seja bem vindo de volta a mais esta bagaça! Eis que a semana recomeça, ergamo-nos pois e recomeçemos tudo, de novo, ao mesmo tempo. Agora.
Dias em que as coisas mesmo dando errado, dão certo no final, são dias bem-utilizados a meu ver. E estou a divagar demais, falando um monte de coisas sem falar nada ao certo. Bem, comecemos então contando um caso que me aconteceu na sexta, mas que teve suas raízes alguns dias antes. Conforme já dito aqui outras vezes, eu faço as vezes de baixista em uma banda com amigos, em que só nos preocupamos com a diversão. Não significa entretanto que somos terríveis, pois eu mesmo já me deparei com bandas mais avacalhadas que a nossa.
Mas, mesmo me preocupando mais com a diversão, não deixo de me preocupar em fazer minha parte da maneira mais certa o possível. Por mais que tocar musiquinhas dos Ramones não seja exatamente um desafio musical para quase ninguém, eu sempre tento tirar minha parte direitinho. Mas, como já disse outro dia, eu era obrigado a tocar com uma canguissa de baixo feito em casa, que cumpria seu dever, mas de maneira bem sofrível. A parte elétrica daquele baixo estava de mal a pior, as duas cordas mais agudas dele quase não soavam devido a paus no captador improvisado.
Eu faço uma política de poupar dinheiro compulsoriamente aqui no serviço, uma espécie de consorcio, e fui contemplado no mês de agosto. E dinheiro na mão, é vendaval, então eu sabuia que tinha que me organizar para gastar a grana com coisas realmente úteis. Desde que voltei a trabalhar, eu venho sendo meu principal presenteador de mim mesmo, todo ano estou me dando presentes muito bons, e este não foi exceção.
Com a grana em mãos, eu fiquei uns dias namorando uns baixos numas lojas por aí, bem caros, em sua imensa maioria. Era ou comprar isso, ou um barbeador elétrico, ou um par novo de botas(tá tudo caro, de fato.) Como disse um amigo meu, o baixo seria mais garantido na diversão, então...Sexta feira eu me refreei o mais possível, mas não teve jeito. Parti para a Savaca, entrei na Guitar Shop e saí de lá com um baixo novinho em folha.
Eu fiquei me refreando por temer que eu agiria da maneira que já fiz algumas vezes: gasto o que não posso em algo que não vou usar tanto, ou que era somente uma mera ilusão, um daqueles famosos sonhos de consumo.
Entretanto, ao chegar em casa e plugar o négocio no amplificador, eu senti que não havia feito mau negócio. Como me senti bem, ao tocar um instrumento de verdade e não um improviso musical, pobre coitado do Frank. Além de ter as cordas mais baixas e menos destrutivas para os dedos, a coisa FALA, de fato. Todas as cordas soam. Evidentemente, sendo o modelo mais barato de baixo zerado que achei, não é algo assim extremamente potente, mas é pelo menos 500% melhor que meu falecido baixo, que irá ocupar o cargo de relíquia em um canto do sótão. Não irei me desfazer dele, mesmo pelo fato de que eu gosto de olhar para as coisas e sentir que evoluí em algum sentido. E se lembrar dos apertos e improvisos que a gente passou é sempre bom, para não ficarmos arrogantes demais. Não sei.
Fico feliz de que meu impulso consumista não foi mau aproveitado. Por que de fato, por vezes corro em gastar com alguma coisa e depois fico me perguntando, "por quê eu fiz isso?". Já aconteceu com vocês? Comigo acontece mais do que gostaria, e mais do que meu dinheiro pode fazer.
Pelo menos não foi o caso desta vez. Fico feliz de estar com um baixo no mínimo mais de gente. E sinto que em alguma altura do campeonato, se as coisas continuarem assim, irei fazer um outro upgrade nas quatro cordas, pois sinto que dá pra evoluir ainda mais. Legal isto. Sou de fato um consumista, mas ao menos com coisas legais...
Outros pontos positivos do fim de semana incluiram a obtenção de uma distorção realmente legal em minha caixa de multi-efeitos para guitarra e descobrimento de alguns recursos digitais-artistícos relamente válidos, a serem explorados mais a fundo no decorrer dos acontecimentos.
Agora é esperar pelo próximo sonho de consumo chegar. E virá. Direi mais em seu oprtuno momento.
E já tá na hora de parar. Mais um café e que venha a segunda.
Ai. Meus dedos doem.