quarta-feira, 18 de novembro de 2009

Reporte. Nada extraordinário.

Nada de muito novo a declarar. Desde ontem, desde a derradeira conversa de ontem, estou completamente à deriva. Supostamente, tenho isto somente para reclamar, assim como todos que já leram e daqui vazaram afirmam. Assim como eu mesmo o sei, bem sei. De nada me adianta saber estas coisas, entretanto. A única dúvida que tenho de fato que pesa hoje é: quanto tempo uma pessoa consegue se manter na sanidade, sendo esta coisa que eu sou?

Alguém me responde? Cri cri cri cri. Alguém sabe? Cri cri cri cri.

Não sei. Gostaria de aqui escrever coisas mais amenas, menos chatas, mais palatáveis de se ler. Mas as coisa vão mal, aparentemente, para este que a ninguém escreve. Estou impressionado com o estado de prostração completa que me encontro desde ontem. A derradeira conversa foi a gota d'água, mas mesmo antes disso eu já estava em estado de desgraça.

Loucos são pessoas que falam sozinhas, e aqui estou fazendo-o de maneira escrita. Loucos supostamente não conseguem lidar com a realidade, e cá estou eu sem conseguir fazê-lo, por 33 anos. Loucos são aqueles que só enxergam o lado negativo das coisas e para mim "positivo" é uma ficção científica. Louco, louco.

Loucos são aqueles em que vivem em um mundo à parte do real, e cada vez mais me sinto neste mundo. Não é idealizado, entretanto. Apenas solitário, bastante solitário. Loucos são aqueles que se odeiam, virtualmente até a medula dos ossos, por serem o que são. Muito inteligentes, estes loucos, que se isolam do mundo por não entendê-lo, não o compreenderem.

Até quando se manterão vivos, os loucos?

Cri cri cri cri.