Nussa. Um momento, por favor. A manhã é estranha, por estar aqui diante deste monitor, deste computador, dentro destas quatro paredes, no dia de hoje. Eis que meu feriado foi interrompido pelos maus fígados de meus empregadores, e como sou apenas uma peça nada indispensável na máquina capitalista que faço parte, apenas meneio positivamente com a cabeça, lavanto-me sonolentamente de minha cama e venho aqui dar meu parecer sobre a emocionante experiência de vir aqui "trabalhar" neste dia. Por dez horas iremos todos "trabalhar", isto é, ficaremos todos vegetando aqui enquanto as horas escorrem lentamente pelos ponteiros dos digitais relógios de ponto.
Curiosamente, este dia também representa, comercialmente falando, uma ocasião muito especial de gastar nosso sofrido dinheiro para demonstrarmos que temos dinheiro o suficiente para provarmos à nossos "cônjuges" que os valorizamos, em especial neste dia especialmente designado pelos arquitetos do comércio como sendo o "dia dos namorados". Sim, isto vindo de minha parte pode soar como apenas um irado desabafo vindo de um...er, solteiro vitalício que vos escreve.
Mas que dia melhor para desabafos, para uma explosão de uma torrente de fúria incontrolável que um feriado interrompido? E melhor ainda, quando tal dia coincide com um dos dias mais 171 já criados pelo Clube dos Dirigentes Lojistas! Perfeito, perfeito.
Enfim, falemos então. Sim, de fato, acho de certa forma execrável que haja necessidade de haver um dia, comercialmente designado, para que possamos nos dirigir às pessoas ditas nossas "companheiras", "namoradas", concubinas, etc, com o intuito de provarmos nosso "amor" por elas ofertando alguma prenda comprada em algum estabelecimento comercial qualquer por aí.
Isto traz-me à tona a necessidade de tornar pública(por mais escassa que seja tal publicidade), a minha teoria sem nome que andei formulando durante toda minha vida. Frase prerrogativa, no mais puro inglês, "sex is overrated".
Sim, sim, tenho pleno conhecimento que este meu pensamento me torna ainda mais vulnerável aos vexatórios comentários alheios de que "você não tem a menor idéia sobre o que está falando" ou mais poeticamente falando, como uma ex-colega de meus tempos da biologia o diria, "você precisa amar alguém". Pois sim. Agradeço que tal pessoa seja apenas minha EX-colega. Cuz credo. Já vai tarde.
Mas enfim, o que me leva a dizer tal ultrajante proposição pode até ser derivado de meu insucesso na área-tema do dia de hoje, do dia dos namorados. Sim, não me esquivo de tal acusação; como diria um infame "chato preferido" de meu conhecimento, a solução para todos os meus problemas encontra-se no puteiro mais próximo. Discordo, mas não deixo de tirar toda a razão deste meu amigo(sim, a expressão anteriormente empregada, chato preferido, é excelente para definir nosso amigos, não? eheheheheh), pois eis que somos um mero acidente evolutivo, biologicamente falando, e como bom falido biólogo que o sou, juntamente com a lucrativa profissão de ser filósofo de sótãos e locais empoeirados per se, não pude deixar de formular tal teoria em minha idiótica existência, tal qual Nietzsche formulou teorias sobre relacionamentos, sendo um eterno fracassado em relação a este mesmo tema que estou a chatear, digo, discutir.
Pois sendo um ser pensante e chato que o sou, não deixo de admitir que a coisa em si é...bem, ninguém que já o tenha feito terá a coragem de falar que tal coisa é desprazeirosa. Se o fizer, estará mentindo deslavadamente. Todos que já experimentaram do "fruto proibido", por assim dizer, bem sabe do que estou falando.
Mas, novamente, recorrendo às minhas raízes amargas, sulcadas em cátedras biológicas, nunca consegui esquecer de uma aula, se não me engano sobre Evolução das espécies de fato, em que o professor disse algo a respeito de como seres humanos representam uma escassíssima(se é que tal adjetivo de fato existe) porção dos seres vivos em que o sexo representa algo a mais que simplesmente o ato de perpetuar a espécie em si. Vocês sabem do que eu estou falando. Não tentem me enganar.
Agora, tente realizar tal experimento mentalmente. Experimente tirar o prazer do ato sexual, e torne-o apenas um ato que fazemos para a obtenção de herdeiros genéticos.
Pronto? Quando a hedionda idéia se estabelecer em suas cabeças, tente ser o mais sincero possível ao responder a seguinte indagação - se assim o fosse, será que teríamos tantos problemas relacionados à miséria que envolve a busca por tal ato?
Será que alguém iria perder-se por conta de alguma mulher? Será que alguém iria gastar algum dinheiro com putas? Será que alguém iria ter necessidade de frequentar ambientes hediondos, com músicas ridículas, pessoas dubiamente vestidas e todos os etcoeteras relacionados, para conseguir alguma "foda"("amor"??) para a noite?
Podem me alcunhar do que quiserem. Não abro mão desta minha amarga certeza. Se assim o fosse, existiriam muito menos pessoas no planeta - logo, menos problemas - e haveria muito menos miséria em nossas vidas, isto em se tratando da miséria decorrente dos atos que fazemos para encontrarmos mais algum outro ser desgarrado à procura deste mesmo ato.
Como podem ver, ser obrigado a "trabalhar" em dias impróprios causa danos à saúde. E ser um pensante fracassado na obtenção da "coisa"("amor"??), faz com que pessoas aparentemente normais escrevam coisas hediondas sobre o "amor" que todos buscam. Lindo "amor" este.
E sei que algum dia menos mau-humorado lerei isto e terei vergonha. Ou não, foda-se também. Assim o é o bizarro mundo dos seres humanos, esta diversidade linda que destruirá este planeta em busca do "amor".
Enfim, calarei-me aqui e estarei a "trabalhar" enquanto espero este dia acabar.
Feliz dia dos solteiros fracassados a todos que compartilharem de minhas idéias malfadadas sobre estas coisas que tanto alegram as pessoas. E que tanto noiam os noiados. Ainda mais se estiverem em sótãos.
Curiosamente, este dia também representa, comercialmente falando, uma ocasião muito especial de gastar nosso sofrido dinheiro para demonstrarmos que temos dinheiro o suficiente para provarmos à nossos "cônjuges" que os valorizamos, em especial neste dia especialmente designado pelos arquitetos do comércio como sendo o "dia dos namorados". Sim, isto vindo de minha parte pode soar como apenas um irado desabafo vindo de um...er, solteiro vitalício que vos escreve.
Mas que dia melhor para desabafos, para uma explosão de uma torrente de fúria incontrolável que um feriado interrompido? E melhor ainda, quando tal dia coincide com um dos dias mais 171 já criados pelo Clube dos Dirigentes Lojistas! Perfeito, perfeito.
Enfim, falemos então. Sim, de fato, acho de certa forma execrável que haja necessidade de haver um dia, comercialmente designado, para que possamos nos dirigir às pessoas ditas nossas "companheiras", "namoradas", concubinas, etc, com o intuito de provarmos nosso "amor" por elas ofertando alguma prenda comprada em algum estabelecimento comercial qualquer por aí.
Isto traz-me à tona a necessidade de tornar pública(por mais escassa que seja tal publicidade), a minha teoria sem nome que andei formulando durante toda minha vida. Frase prerrogativa, no mais puro inglês, "sex is overrated".
Sim, sim, tenho pleno conhecimento que este meu pensamento me torna ainda mais vulnerável aos vexatórios comentários alheios de que "você não tem a menor idéia sobre o que está falando" ou mais poeticamente falando, como uma ex-colega de meus tempos da biologia o diria, "você precisa amar alguém". Pois sim. Agradeço que tal pessoa seja apenas minha EX-colega. Cuz credo. Já vai tarde.
Mas enfim, o que me leva a dizer tal ultrajante proposição pode até ser derivado de meu insucesso na área-tema do dia de hoje, do dia dos namorados. Sim, não me esquivo de tal acusação; como diria um infame "chato preferido" de meu conhecimento, a solução para todos os meus problemas encontra-se no puteiro mais próximo. Discordo, mas não deixo de tirar toda a razão deste meu amigo(sim, a expressão anteriormente empregada, chato preferido, é excelente para definir nosso amigos, não? eheheheheh), pois eis que somos um mero acidente evolutivo, biologicamente falando, e como bom falido biólogo que o sou, juntamente com a lucrativa profissão de ser filósofo de sótãos e locais empoeirados per se, não pude deixar de formular tal teoria em minha idiótica existência, tal qual Nietzsche formulou teorias sobre relacionamentos, sendo um eterno fracassado em relação a este mesmo tema que estou a chatear, digo, discutir.
Pois sendo um ser pensante e chato que o sou, não deixo de admitir que a coisa em si é...bem, ninguém que já o tenha feito terá a coragem de falar que tal coisa é desprazeirosa. Se o fizer, estará mentindo deslavadamente. Todos que já experimentaram do "fruto proibido", por assim dizer, bem sabe do que estou falando.
Mas, novamente, recorrendo às minhas raízes amargas, sulcadas em cátedras biológicas, nunca consegui esquecer de uma aula, se não me engano sobre Evolução das espécies de fato, em que o professor disse algo a respeito de como seres humanos representam uma escassíssima(se é que tal adjetivo de fato existe) porção dos seres vivos em que o sexo representa algo a mais que simplesmente o ato de perpetuar a espécie em si. Vocês sabem do que eu estou falando. Não tentem me enganar.
Agora, tente realizar tal experimento mentalmente. Experimente tirar o prazer do ato sexual, e torne-o apenas um ato que fazemos para a obtenção de herdeiros genéticos.
Pronto? Quando a hedionda idéia se estabelecer em suas cabeças, tente ser o mais sincero possível ao responder a seguinte indagação - se assim o fosse, será que teríamos tantos problemas relacionados à miséria que envolve a busca por tal ato?
Será que alguém iria perder-se por conta de alguma mulher? Será que alguém iria gastar algum dinheiro com putas? Será que alguém iria ter necessidade de frequentar ambientes hediondos, com músicas ridículas, pessoas dubiamente vestidas e todos os etcoeteras relacionados, para conseguir alguma "foda"("amor"??) para a noite?
Podem me alcunhar do que quiserem. Não abro mão desta minha amarga certeza. Se assim o fosse, existiriam muito menos pessoas no planeta - logo, menos problemas - e haveria muito menos miséria em nossas vidas, isto em se tratando da miséria decorrente dos atos que fazemos para encontrarmos mais algum outro ser desgarrado à procura deste mesmo ato.
Como podem ver, ser obrigado a "trabalhar" em dias impróprios causa danos à saúde. E ser um pensante fracassado na obtenção da "coisa"("amor"??), faz com que pessoas aparentemente normais escrevam coisas hediondas sobre o "amor" que todos buscam. Lindo "amor" este.
E sei que algum dia menos mau-humorado lerei isto e terei vergonha. Ou não, foda-se também. Assim o é o bizarro mundo dos seres humanos, esta diversidade linda que destruirá este planeta em busca do "amor".
Enfim, calarei-me aqui e estarei a "trabalhar" enquanto espero este dia acabar.
Feliz dia dos solteiros fracassados a todos que compartilharem de minhas idéias malfadadas sobre estas coisas que tanto alegram as pessoas. E que tanto noiam os noiados. Ainda mais se estiverem em sótãos.