Puta merda, esse nosso país de fato é um local de contrastes, e que contrastes. Até ontem a temperatura estava plenamente tolerável, mas veja bem o que aconteceu nesta madrugada em esta cidade - no meu bairro os termômetros indicavam a imensa temperatura de nada menos que...10 degraus. Não é à toa que o vento na manhã vespertina matinal d'hoje estava mais parecido com uma torrente de lâminas de barbear congeladas, bem dito.
E isto é apenas o começo de tudo. Antigamente, eu gostava mais de frio, época esta em que surgem os casacões e a boa comida de inverno, fondues, lareiras, vinhos e quejandos. Continuo gostando destas coisas - excetuando-se o vinho, que nunca gostei muito - mas recebo o inverno com uma certa impaciência na maioria das vezes, pois apesar de ser "quase um nórdico" como me dizem por aí, creio que não herdei de meus avós maternos a resistência ao frio. Tenho de fato, uma certa alergia a ele, ou melhor dizendo, não propriamente ao frio, mas às mudanças de temperatura bruscas; coisa boba, por assim dizer - sair da cama quente e ir no banheiro à noite por exemplo. É uma sessão gratuita e garantida de espirros e entupimento das vias aéreas superiores. Esta madrugada mesmo eu vivenciei tal situação. E não raro tal ataque alérgico me custa boas horas de sono ou uma insônia gratuita. Hu-há.
Nunca entendi este processo alérgico; já tratei anos a fio com diversos médicos, mas nunca consegui expurgar plenamente esta coisa, creio mesmo ser uma daquelas famosas condições em que os médicos nada podem fazer. Uma situação que você supostamente tem que se habituar. Irá te acompanhar para o resto da vida. Não sei se é bem assim, mas se tem uma coisa que aprendi no curso de biologia, mais especificamente na disciplina Imunologia é que...ninguém sabe quase porra nenhuma sobre isso. O livro em que tínhamos que estudar, além de ser a coisa mais monocromática - tons frios, azul, cinza e preto - e tediosa do universo, tinha como palavras-chave as expressões idiomáticas "não se sabe", "não temos certeza", "ninguém sabe", "pode ser", "talvez", "que saco"(não, não, não) e coisas do genêro. Teria sido melhor se não tivesse cursado tal matéria em absoluto.
Creio que tal estudo, acerca do sistema imune humano, esbarra em delicadas questôes de ética, pois sabemos que pessoas não podem, não devem ser tratadas como cobaias. Certo; não irei propor aqui nenhuma nazi-reforma sobre o uso de pessoas para melhor estudo da imunologia, mas bem sei que de fato, isto significa que eventuais avanços nesta área são decorrentes do acaso que se estenderá por anos e anos a fio. Com os animais, é um caso bem diferente, eis que somos o topo absoluto da cadeia alimentar e evolutiva desta joça de globo terrestre, e temos como exemplo claro disso vacinas óctuplas para gado. A ética para com os animais é bem diferente, pois não. "Olha, morreu. Ah, busca um outro boi. A gente faz um churrascão depois."
Novamente, não endosso nenhuma prática a la Josef Mengele aqui, apenas desejaria que houvesse uma forma de realmente avançar os estudos em tal área; não somente olhando para meu alérgico umbigo, mas pensando além - um dos motivos que mais temos problemas com os transplantes é que não sabemos controlar a reação de rejeição que o corpo disfere contra o órgão transplantado, fazendo-se necessária a supressão completa(ou quase completa, não me lembro) do sistema imune da pessoa transplantada. Isto para não falar das famosas - e fatais - doenças auto-imunes, onde o corpo vira inimigo de si mesmo. E muitos outros exemplos.
Enfim, enquanto não descobrimos uma maneira, aguentemos o Abbas(não a infame banda, mas o infame livro previamente citado sobre o assunto), e fiquemos hesitantes em levantarmo-nos da cama em frias madrugadas, com receio da reação alérgica, que existe e ninguém entende, muito menos eu.
Aproveitemos também os fondues, as lareiras, os cobertores e etcoetera. E se você curte um suco de uva estragado, beba um bom exemplar caríssimo de vinho, chileno, francês ou Canção! Sangue de boi! Vinhadas! Eita, o tempo e a memória não me deixam esquecer os episódios da universidade.
Pelo menos temos boas histórias para contar, não é mesmo?
E isto é apenas o começo de tudo. Antigamente, eu gostava mais de frio, época esta em que surgem os casacões e a boa comida de inverno, fondues, lareiras, vinhos e quejandos. Continuo gostando destas coisas - excetuando-se o vinho, que nunca gostei muito - mas recebo o inverno com uma certa impaciência na maioria das vezes, pois apesar de ser "quase um nórdico" como me dizem por aí, creio que não herdei de meus avós maternos a resistência ao frio. Tenho de fato, uma certa alergia a ele, ou melhor dizendo, não propriamente ao frio, mas às mudanças de temperatura bruscas; coisa boba, por assim dizer - sair da cama quente e ir no banheiro à noite por exemplo. É uma sessão gratuita e garantida de espirros e entupimento das vias aéreas superiores. Esta madrugada mesmo eu vivenciei tal situação. E não raro tal ataque alérgico me custa boas horas de sono ou uma insônia gratuita. Hu-há.
Nunca entendi este processo alérgico; já tratei anos a fio com diversos médicos, mas nunca consegui expurgar plenamente esta coisa, creio mesmo ser uma daquelas famosas condições em que os médicos nada podem fazer. Uma situação que você supostamente tem que se habituar. Irá te acompanhar para o resto da vida. Não sei se é bem assim, mas se tem uma coisa que aprendi no curso de biologia, mais especificamente na disciplina Imunologia é que...ninguém sabe quase porra nenhuma sobre isso. O livro em que tínhamos que estudar, além de ser a coisa mais monocromática - tons frios, azul, cinza e preto - e tediosa do universo, tinha como palavras-chave as expressões idiomáticas "não se sabe", "não temos certeza", "ninguém sabe", "pode ser", "talvez", "que saco"(não, não, não) e coisas do genêro. Teria sido melhor se não tivesse cursado tal matéria em absoluto.
Creio que tal estudo, acerca do sistema imune humano, esbarra em delicadas questôes de ética, pois sabemos que pessoas não podem, não devem ser tratadas como cobaias. Certo; não irei propor aqui nenhuma nazi-reforma sobre o uso de pessoas para melhor estudo da imunologia, mas bem sei que de fato, isto significa que eventuais avanços nesta área são decorrentes do acaso que se estenderá por anos e anos a fio. Com os animais, é um caso bem diferente, eis que somos o topo absoluto da cadeia alimentar e evolutiva desta joça de globo terrestre, e temos como exemplo claro disso vacinas óctuplas para gado. A ética para com os animais é bem diferente, pois não. "Olha, morreu. Ah, busca um outro boi. A gente faz um churrascão depois."
Novamente, não endosso nenhuma prática a la Josef Mengele aqui, apenas desejaria que houvesse uma forma de realmente avançar os estudos em tal área; não somente olhando para meu alérgico umbigo, mas pensando além - um dos motivos que mais temos problemas com os transplantes é que não sabemos controlar a reação de rejeição que o corpo disfere contra o órgão transplantado, fazendo-se necessária a supressão completa(ou quase completa, não me lembro) do sistema imune da pessoa transplantada. Isto para não falar das famosas - e fatais - doenças auto-imunes, onde o corpo vira inimigo de si mesmo. E muitos outros exemplos.
Enfim, enquanto não descobrimos uma maneira, aguentemos o Abbas(não a infame banda, mas o infame livro previamente citado sobre o assunto), e fiquemos hesitantes em levantarmo-nos da cama em frias madrugadas, com receio da reação alérgica, que existe e ninguém entende, muito menos eu.
Aproveitemos também os fondues, as lareiras, os cobertores e etcoetera. E se você curte um suco de uva estragado, beba um bom exemplar caríssimo de vinho, chileno, francês ou Canção! Sangue de boi! Vinhadas! Eita, o tempo e a memória não me deixam esquecer os episódios da universidade.
Pelo menos temos boas histórias para contar, não é mesmo?