segunda-feira, 13 de setembro de 2010

Velcro.

O que fazer, o que fazer.

Certos dias são mais irrequietos que outros. Certas vidas são mais complicadas que outras. Como diria - e como aqui já citei - Albert Camus, "Ah, mon cher, for anyone who is alone, without God and without a master, the weight of days is dreadful." De fato, eu diria.

Meses e meses de desinspiração absoluta, e uma misantropia cada vez mais crescente, estão a deteriorar cada vez mais este Noiado, que tanto fala sozinho consigo mesmo dentrodesta realidade que só ele entende. Minto: nem mesmo ele entende, uma vez que lhe faz mal e mesmo assim tornou-se imperativa diante de todo o resto.

Distorceu todo o resto.

Enfim, é a vida. Inda mais numa segunda feira. Ao menos tenho uma fontezinha de renda, e um lugar onde posso me acabar sem encher o saco de ninguém, a não ser o meu próprio. É a vida.

E enquanto durar esta má fase, creio que nada muito brilhante surgirá. É estranho isto: dizem que certas pessoas têm seus lampejos mais rentáveis de inspiração e produtividade enquanto estão passando por más fases. Não está acontecendo comigo, entretanto.

Talvez seja apenas um reflexo da realidade a qual não estou enxergando: achando tudo ruim, enquanto em verdade não está tão fudido assim. Como diria Tyler, o Durden, "Where you are now, you have no idea what the bottom will feel like."

Tudo bem, se for para aumentar minha produtividade, se for para me tirar deste marasmo, que venha, que seja.

Contemplemos o hipócrito dizer, sempre existe gente pior que você. Fiquemos de boa sabendo isso, não. Sim. Não?

Talvez.

Como as coisas ficam estranhas às segundas feiras.