(Chega o Neurado no serviço. A secretária do Chefe o recebe com aquele sorriso de nota de três reais.)
-Bom dia.
-Bom dia é o caralho. Vá pra merda.
-Mas o que é isso.
-Isso sou eu de saco cheio.
-Coimo ousa falar assim comigo! Exijo respeito!!
-Respeito de cu é rola. Pra merda, já disse.
-Senhor Neurado!!
-Senhor é a puta que o pariu. Senhor é o corno do seu chefe, que trai a mulher dele com você e é chifrado pelo Antunes da contabilidade. Chifrudo dos infernos. E você é uma bela duma pistoleira, sua puta.
(A secretária entra em desespero e começa a chorar. Entra Fagundes, e novamente a formatação muda de rumo.)
-Bom dia.
-Bom dia é o caralho. Vá pra merda.
-Mas o que é isso.
-Isso sou eu de saco cheio.
-Coimo ousa falar assim comigo! Exijo respeito!!
-Respeito de cu é rola. Pra merda, já disse.
-Senhor Neurado!!
-Senhor é a puta que o pariu. Senhor é o corno do seu chefe, que trai a mulher dele com você e é chifrado pelo Antunes da contabilidade. Chifrudo dos infernos. E você é uma bela duma pistoleira, sua puta.
(A secretária entra em desespero e começa a chorar. Entra Fagundes, e novamente a formatação muda de rumo.)
FAGUNDES
Dona Secretária! Mas o que foi que aconteceu!
SECRETÁRIA
Esse pilantra me chamou de puta.
NEURADO
Puta é pouco pra você, sua vagabunda dos infernos. Dá sem dó pra qualquer figurão aí, só pra subir no conceito deles, e nem se importa com o que está fazendo, com a família que está arruinando, com a vida que está destruindo, só pra se fazer valer, pra dar um pingo de valor a sua existência inexistencial. Vadia, vaca, puta!
FAGUNDES
Mas o que é isso, senhor Neurado! Controle-se!
NEURADO
Controlo porra nenhuma, seu biltre. E você é outro, um puxa-saco de primeira, um lambe-botas miserável, capacho dos grandes, baba ovo pra caramba desses cretinos todos no poder e fica aí se achando, crente que é amigo deles. Porra nenhuma, mané! Eles não estão nem aí pra um merda feito você. Te usam como espião, pra saber do que falam a respeito deles. E você, um bosta completo, dedura todo mundo que fala mal desse filhos da puta donos dessa empresinha de merda do caralho da puta que o pariu.
FAGUNDES
(Fica boquiaberto. Não sabe como reagir, pois acaba de ouvir uma pá de verdades)
(A Secretária continua chorando numa cadeira, aos gritos. O tumulto chama a atenção de mais empregados, que se acotovelam para ver o circo pegar fogo, atividade preferida deles. Nisso, entra o Sub-chefe.)
SUB-CHEFE
Mas o que diabos está acontecendo aqui?
NEURADO
Lavação de roupa suja, senhor filho da puta.
SUB-CHEFE
O quê?? DO QUE FOI QUE VOCÊ ME CHAMOU??
NEURADO
Filho duma puta, filho de puta com gambé, sem-mãe, enjeitado sub-chefe de merda. Isso e mais nove. Quer ouvir mais?
FAGUNDES
Vamos juntar nesse cretino, senhor Sub-chefe!
(O sub-chefe e Fagundes avançam para o Neurado, que calmamente retira de sua maleta um Uzi e metralha os dois, que tombam irremediavelmente mortos. A secretária começa a berrar como nunca se ouviu antes. Os demais bisbilhoteiros, digo, funcionários, fogem em disparada)
NEURADO
Alguém mais vai querer umas azeitonas? Tenho muitas aqui! É só pedir. Bando de covardes filhos de cabritas enjeitadas.
(A Secretária continua berrando. O Neurado nem olha para ela enquanto descarrega o resto das balas do clipe nela)
NEURADO
Cale a boca, piranha. Agora sim você não frita mais ninguém.
(Lá de fora o X-9 grita:)
Neurado! Chamei a polícia! Eles estarão aqui em instantes! Se renda agora e talvez eles sejam misericordiosos!!
(O Neurado simplesmente suspira, enfia a mão em sua valise e retira uma granada, que tira o pino e arremessa na direção da voz.)
X-9
---puta que o pa--
(BOU! A sala adjacente vai pelos ares, juntamente com o bisbilhoteiro X-9, cujos pedaços ensaguentados decoram toda a sala de forma grotesca.)
NEURADO
Agora sim, isto é o que eu chamo de decoração de natal! Veja só, que tom vivo de vermelho. Se bem que o tom é mais morto que vivo, ha ha ha! Feliz natal!
(Lá fora, os agentes da polícia começam a chegar. Um deles empunha um megafone e começa a anunciar:)
PULIÇA
Neurado! O senhor está cercado! Largue as armas e saia com as mãos atrás da cabeça!
NEURADO
Quanto mais eu rezo, mais assombração me aparece.
(Ele apanha um bloco de C-4, 2kg, em sua maleta e conecta despreocupadamente um detonador ao mesmo. Feito isso, calmamente arremessa-o pela janela.)
PULIÇA
--Mas o quê--
(O barulho da explosão de 2 kg de C-4 é meio que inexpressável em onomatopéias. Mesmo assim, o exterior do prédio é obliterador instantaneamente. E, com a onda de choque, a estrutura do prédio do Neurado começa a ceder também.)
NEURADO
Que maneira mais grandiosa de ser demitido de um emprego de merda!
(ele tira mais uma pá de granadas e explosivos e sai correndo pelo prédio desmoronante, gritando alegremente e disparando tiros contra quem quer que fosse que ainda estivesse por ali. Ri como um maníaco desenfreado.)
SECRETÁRIA
Eu disse bom dia!
NEURADO
Ahn? Ah, desculpe(sorriso de nota de três reais.) Estava distraído aqui.
SECRETÁRIA
Já pensando no final de semana? Pelo seu sorriso, deve ser, não é?
NEURADO
...mais ou menos.
(Nisso chega o Sub-chefe e já vai passando a mão na bunda da secretária, que ri como uma cadela no cio, e o acompanha até sua sala. O Neurado assite a tudo e suspira. E assim continua mais um dia normal no escritório.)
NEURADO
É o fim, mesmo.
Dona Secretária! Mas o que foi que aconteceu!
SECRETÁRIA
Esse pilantra me chamou de puta.
NEURADO
Puta é pouco pra você, sua vagabunda dos infernos. Dá sem dó pra qualquer figurão aí, só pra subir no conceito deles, e nem se importa com o que está fazendo, com a família que está arruinando, com a vida que está destruindo, só pra se fazer valer, pra dar um pingo de valor a sua existência inexistencial. Vadia, vaca, puta!
FAGUNDES
Mas o que é isso, senhor Neurado! Controle-se!
NEURADO
Controlo porra nenhuma, seu biltre. E você é outro, um puxa-saco de primeira, um lambe-botas miserável, capacho dos grandes, baba ovo pra caramba desses cretinos todos no poder e fica aí se achando, crente que é amigo deles. Porra nenhuma, mané! Eles não estão nem aí pra um merda feito você. Te usam como espião, pra saber do que falam a respeito deles. E você, um bosta completo, dedura todo mundo que fala mal desse filhos da puta donos dessa empresinha de merda do caralho da puta que o pariu.
FAGUNDES
(Fica boquiaberto. Não sabe como reagir, pois acaba de ouvir uma pá de verdades)
(A Secretária continua chorando numa cadeira, aos gritos. O tumulto chama a atenção de mais empregados, que se acotovelam para ver o circo pegar fogo, atividade preferida deles. Nisso, entra o Sub-chefe.)
SUB-CHEFE
Mas o que diabos está acontecendo aqui?
NEURADO
Lavação de roupa suja, senhor filho da puta.
SUB-CHEFE
O quê?? DO QUE FOI QUE VOCÊ ME CHAMOU??
NEURADO
Filho duma puta, filho de puta com gambé, sem-mãe, enjeitado sub-chefe de merda. Isso e mais nove. Quer ouvir mais?
FAGUNDES
Vamos juntar nesse cretino, senhor Sub-chefe!
(O sub-chefe e Fagundes avançam para o Neurado, que calmamente retira de sua maleta um Uzi e metralha os dois, que tombam irremediavelmente mortos. A secretária começa a berrar como nunca se ouviu antes. Os demais bisbilhoteiros, digo, funcionários, fogem em disparada)
NEURADO
Alguém mais vai querer umas azeitonas? Tenho muitas aqui! É só pedir. Bando de covardes filhos de cabritas enjeitadas.
(A Secretária continua berrando. O Neurado nem olha para ela enquanto descarrega o resto das balas do clipe nela)
NEURADO
Cale a boca, piranha. Agora sim você não frita mais ninguém.
(Lá de fora o X-9 grita:)
Neurado! Chamei a polícia! Eles estarão aqui em instantes! Se renda agora e talvez eles sejam misericordiosos!!
(O Neurado simplesmente suspira, enfia a mão em sua valise e retira uma granada, que tira o pino e arremessa na direção da voz.)
X-9
---puta que o pa--
(BOU! A sala adjacente vai pelos ares, juntamente com o bisbilhoteiro X-9, cujos pedaços ensaguentados decoram toda a sala de forma grotesca.)
NEURADO
Agora sim, isto é o que eu chamo de decoração de natal! Veja só, que tom vivo de vermelho. Se bem que o tom é mais morto que vivo, ha ha ha! Feliz natal!
(Lá fora, os agentes da polícia começam a chegar. Um deles empunha um megafone e começa a anunciar:)
PULIÇA
Neurado! O senhor está cercado! Largue as armas e saia com as mãos atrás da cabeça!
NEURADO
Quanto mais eu rezo, mais assombração me aparece.
(Ele apanha um bloco de C-4, 2kg, em sua maleta e conecta despreocupadamente um detonador ao mesmo. Feito isso, calmamente arremessa-o pela janela.)
PULIÇA
--Mas o quê--
(O barulho da explosão de 2 kg de C-4 é meio que inexpressável em onomatopéias. Mesmo assim, o exterior do prédio é obliterador instantaneamente. E, com a onda de choque, a estrutura do prédio do Neurado começa a ceder também.)
NEURADO
Que maneira mais grandiosa de ser demitido de um emprego de merda!
(ele tira mais uma pá de granadas e explosivos e sai correndo pelo prédio desmoronante, gritando alegremente e disparando tiros contra quem quer que fosse que ainda estivesse por ali. Ri como um maníaco desenfreado.)
SECRETÁRIA
Eu disse bom dia!
NEURADO
Ahn? Ah, desculpe(sorriso de nota de três reais.) Estava distraído aqui.
SECRETÁRIA
Já pensando no final de semana? Pelo seu sorriso, deve ser, não é?
NEURADO
...mais ou menos.
(Nisso chega o Sub-chefe e já vai passando a mão na bunda da secretária, que ri como uma cadela no cio, e o acompanha até sua sala. O Neurado assite a tudo e suspira. E assim continua mais um dia normal no escritório.)
NEURADO
É o fim, mesmo.