domingo, 15 de fevereiro de 2015

Alguém.

Alguém,
é ninguém.
Alguém,
perdeu o que tinha,
e o que restou,
nada.
Nada.
Alguém não vive,
dura.
E como é duro!
viver,
durar
de
tal maneira.
Alguém
não crê
em ninguém,
muito menos
em si.
Alguém
é objeto,
é elogiado
feito objeto,
abjeto seja.
Abjeto seja!
Vida?
Isto?
Vida?
Alguém
dormiu
no ponto,
perdeu
o ônibus,
perdeu
a passagem,
a viagem,
agora
passa,
como alguém
que não sabe
de nada,
nada!
Não sabe de
nada.
Nunca foi
nada.
Nunca será
nada.
Alguém
é
ninguém.