domingo, 31 de janeiro de 2016

Modern - idade.

Existem coisas a aprender. Sempre, sempre. Ainda mais em tempos como estes, onde as pessoas não são mais pessoas.

São "usuários", "users", "members", todos sujeitos a um "disclaimer" de dez ou mais páginas que ninguém lê. Sim, sim, sim, aceito, estou de acordo. Alguém sabe, de verdade, o que está escrito ali?

Nem nos promórdios da computação, instalar sistemas operacionais, browsers e afins, bastava dar um "scroll down", aceitar. Concordo. Concordo que em usar seu site, lhe devo um rim. Lhe devo meus órgãos internos. Lhe devo o que não possuo, crédito, dinheiro, meu carro, que não possuo, minha casa, que não a tenho.

Concordo.

E agora, a coisa evoluiu aos relacionamentos. Não existe mais "discutir relacionamentos", "It's complicated" seria um indicador, em outros casos, não é. Simplesmente bloqueie, exclua a pessoa do rol de "amigos" do Facebook. Do Twitter. Do Tmblr. Do Reddit.

Agora, faça-o em um dia que você está chapado de entorpecentes, pois tudo que quer é dormir. Tudo que quer é que o dia termine rapidamente. Faça-o. Poof. Você foi excluído também.

Você foi deletado.

Não sou a melhor pessoa para dizer que é um absurdo, mas foi o que me aconteceu. De um mês para cá. Senti falta imensa de alguém. Certo domingo, me entupi de soníferos, e sei bem qual é o resultado disso. Ou deveria saber. Pois não me lembro direito o que aconteceu, a certa altura, eu fiz uma brincadeira imbecil com Ela, depois a coisa foi evoluinod até excluir Ela. Movimento errado! Excluir TODO o Facebook.

Mas nunca me lembrar de retirar o bloqueio sobre Ela.

Ela, impôs a regra, ano passado - me bloqueie mais uma vez e estamos acabados. No dia seguinta, com a cabeça mais limpa, restaurei o Facebook, mas não me lembrei em nenhum momento, de retirar o bloqueio Dela.

Resultado?

Acabou. Estou de mal, para sempre. Te bloqueei no Face, no Zapzap, em todo o resto. Acabou. Nenhuma palavra, nenhum direito a defesa.

Defesa? de um usuário profissional de drogas?

Não há.

Segundo o Segredo, é melhor se afastar para sempre. Mesmo por conta de um deslize idiota como este. Delete-o, bloqueie-o.

Faça-o tornar a ser o que sempre foi, o Sozinho no Sótão.

Deletado. Inexistente, existindo.

História de minha vida.

Bola pra frente, dirão os adeptos do "viva e deixe viver", ainda que gerido por estranhas leis.

Assim o é, assim o foi.

Assim foi, lembro-me bem, com um ex-amigo meu, que cá foi deletado.

Deletado. Inexistente, sem o ser. Inexistente aos olhos da internet. Ou seja, ainda mais que deletado. Ainda mais que inexistente. Nenhum dado adicional a respeito.

Que assim seja, amém.

E assim sou.

Amém.